TÃO
LONGE
tão
longe a quietude das águas
na
eternidade das mãos que as adentram
ser
o rio debaixo da neblina
que
cinge o olhar em remoinhos
tão
longe a face dos dias
a
saltitar nas memórias polidas pelo tempo
faltaram-nos
dedos de fôlego
no
balanço de chegar à outra margem
tão
longe a brancura da pele
revestida
da ondulação do silêncio
nudez
da ferrugem agora
à
deriva sobre o corpo do passado.
HELDER
MAGALHÃES
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