Portugal tem um novo
presidente. Marcelo Rebelo de Sousa recebeu mandato dos portugueses para ocupar
a mais alta magistratura na nação Portuguesa.
Com 52% dos votos nas eleições
presidenciais de domingo, dispensou uma segunda volta, que lhe poderia ter
comprometido as aspirações.
O discurso de vitória foi
proferido na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que considera a
sua “segunda casa”, sede da Justiça e de todos os princípios e ensinamentos
democráticos em Portugal.
"Fiz questão de me dirigir
ao país esta noite a partir da Faculdade de Direito de Lisboa, casa de
liberdade, de pluralismo, de abertura de espírito. Não foi uma opção política,
foi uma escolha de natureza afetiva. Ao longo de 50 anos, primeiro como aluno e
depois como professor, esta casa fez de mim muito daquilo que sou",
justificou.
Marcelo disse ter recebido dos
pais e da sua formação inicial "os valores personalistas, a distinção
entre o bem e o mal, a preocupação pelo país, o gosto pela simplicidade e o
apego aos serviços dos outros".
"A Faculdade de Direito
deu-me quase tudo o resto, e deu-me muito: a convicção da importância da
educação e da investigação, a ideia do serviço público, a noção de que o futuro
se constrói a aprender, a ensinar, a conviver, a partilhar o conhecimento",
acrescentou.
“Nesta noite desejo saudar, em primeiro lugar,
o povo português. É o povo quem mais ordena e foi o povo que me quis dar a
honra de me eleger Presidente da República. Não há vencidos nestas eleições. Todos
me merecem o mesmo respeito. Todos fazem parte da pátria que somos, cá dentro e
lá fora"”, declarou.
E acrescentou: “Serei um
Presidente da República livre e isento e o primeiro a querer que o Governo
governe com eficácia e sucesso”
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou
que quer uma governação "com eficácia e com sucesso" e uma oposição
"ativa e representativa", em nome do interesse nacional e da
qualidade da democracia portuguesa. Manifestou a intenção de "fomentar a
unidade nacional", "promover as convergências políticas" e
"incentivar o frutuoso relacionamento entre órgãos de soberania e agentes
políticos, económicos, sociais e culturais" enquanto chefe de Estado.
Marcelo sublinhou que será
«empenhado e atuante, olhando para os mais pobres e desprotegidos, que vivem na
periferia da sociedade, de que fala o Papa Francisco»
NÚMEROS TOTAIS NACIONAIS
Marcelo Rebelo de Sousa conseguiu ser o candidato mais votado em todos os distritos nacionais, um facto inédito.
Sampaio da Nóvoa surge em
segundo lugar com quase 23% dos votos, seguido de Marisa Matias, a candidata
apoiada pelo Bloco de Esquerda que é a grande surpresa da noite ao colocar-se
em terceiro lugar com mais de 10%.
A ex-ministra socialista Maria
de Belém ficou no quarto lugar com pouco mais de 4%, seguida de Edgar Silva.
A abstenção ficou nos 51%.
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