segunda-feira, janeiro 25, 2016

É o povo quem mais ordena e foi o povo que me quis dar a honra de me eleger Presidente da República - Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República Portuguesa







Portugal tem um novo presidente. Marcelo Rebelo de Sousa recebeu mandato dos portugueses para ocupar a mais alta magistratura na nação Portuguesa.
Com 52% dos votos nas eleições presidenciais de domingo, dispensou uma segunda volta, que lhe poderia ter comprometido as aspirações.

O discurso de vitória foi proferido na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que considera a sua “segunda casa”, sede da Justiça e de todos os princípios e ensinamentos democráticos em Portugal.

"Fiz questão de me dirigir ao país esta noite a partir da Faculdade de Direito de Lisboa, casa de liberdade, de pluralismo, de abertura de espírito. Não foi uma opção política, foi uma escolha de natureza afetiva. Ao longo de 50 anos, primeiro como aluno e depois como professor, esta casa fez de mim muito daquilo que sou", justificou.
Marcelo disse ter recebido dos pais e da sua formação inicial "os valores personalistas, a distinção entre o bem e o mal, a preocupação pelo país, o gosto pela simplicidade e o apego aos serviços dos outros".


"A Faculdade de Direito deu-me quase tudo o resto, e deu-me muito: a convicção da importância da educação e da investigação, a ideia do serviço público, a noção de que o futuro se constrói a aprender, a ensinar, a conviver, a partilhar o conhecimento", acrescentou.

“Nesta noite desejo saudar, em primeiro lugar, o povo português. É o povo quem mais ordena e foi o povo que me quis dar a honra de me eleger Presidente da República. Não há vencidos nestas eleições. Todos me merecem o mesmo respeito. Todos fazem parte da pátria que somos, cá dentro e lá fora"”, declarou.
E acrescentou: “Serei um Presidente da República livre e isento e o primeiro a querer que o Governo governe com eficácia e sucesso”
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que quer uma governação "com eficácia e com sucesso" e uma oposição "ativa e representativa", em nome do interesse nacional e da qualidade da democracia portuguesa. Manifestou a intenção de "fomentar a unidade nacional", "promover as convergências políticas" e "incentivar o frutuoso relacionamento entre órgãos de soberania e agentes políticos, económicos, sociais e culturais" enquanto chefe de Estado.

Marcelo sublinhou que será «empenhado e atuante, olhando para os mais pobres e desprotegidos, que vivem na periferia da sociedade, de que fala o Papa Francisco»

NÚMEROS TOTAIS NACIONAIS

Marcelo Rebelo de Sousa conseguiu ser o candidato mais votado em todos os distritos nacionais, um facto inédito.
Sampaio da Nóvoa surge em segundo lugar com quase 23% dos votos, seguido de Marisa Matias, a candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda que é a grande surpresa da noite ao colocar-se em terceiro lugar com mais de 10%.
A ex-ministra socialista Maria de Belém ficou no quarto lugar com pouco mais de 4%, seguida de Edgar Silva.

A abstenção ficou nos 51%.







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