quarta-feira, junho 10, 2015

HOJE, DIA DE PORTUGAL, DE CAMÕES E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS É TAMBÉM O DIA DO SANTO ANJO DE PORTUGAL - 10 de Junho de 2015









O que hoje celebramos:

O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, 10 de junho, é o dia feriado nacional em que se assinala a morte de Luís Vaz de Camões em 1580, sendo também este o dia também dedicado ao Santo Anjo da Guarda de Portugal, protetor do país.
Durante o Estado Novo, de 1933 até à Revolução dos Cravos de 25 de abril de 1974, foi celebrado como o Dia da Raça: a raça portuguesa ou os portugueses.


Luís de Camões representava o génio da pátria na sua dimensão mais esplendorosa, significado que os republicanos atribuíam ao 10 de Junho, apesar de nos primeiros anos da república ser um feriado exclusivamente municipal. 

Com o 10 de Junho, os republicanos de Lisboa tentaram invocar a glória das comemorações camonianas de 1880, uma das primeiras manifestações das massas republicanas em plena monarquia.
O 10 de Junho começou a ser particularmente exaltado com o Estado Novo, o regime instituído em Portugal em 1933 sob a direção de António de Oliveira Salazar. Foi a partir desta época que o dia de Camões passou a ser festejado a nível nacional. A generalização dessas comemorações deveu-se bastante à cobertura dos meios de comunicação social.

Até ao 25 de Abril de 1974, o 10 de Junho foi conhecido como o Dia de Camões, de Portugal e da Raça, este último epíteto criado por Salazar na inauguração do Estádio Nacional do Jamor em 1944.  A partir de 1963, o 10 de Junho tornou-se numa homenagem às Forças Armadas Portuguesas, numa exaltação da guerra e do poder colonial.
Com uma filosofia diferente, a Terceira República converteu-o no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em 1978. Desde o ano 2013 a comunidade autónoma da Extremadura espanhola festeja também este dia.


A devoção ao Anjo da Guarda de Portugal, igualmente hoje celebrado, é ignorada por muitas pessoas. Todavia ela partilha oficialmente as celebrações deste Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas e também do Santo Anjo de Portugal.
Esta devoção surgiu de um pedido do rei D. Manuel I de Portugal. Foi o Papa Júlio II que, em 1504, instituiu a festa do «Anjo Custódio do Reino» cujo culto já seria antigo em Portugal. O pedido terá sido feito ao papa Leão X e este autorizou a sua realização no terceiro Domingo de Julho.

A sua devoção quase desapareceu depois do séc. XVII, mas foi restaurada mais tarde por Pio XII , em 1952, quando mandou inserir esta devoção no Calendário Litúrgico português, conjuntamente com as comemorações do Dia de Portugal a 10 de junho.
Foi invocada pela primeira vez na Batalha de Ourique, e a mesma deu uma tal vitória às forças de D. Afonso Henriques sobre os invasores muçulmanos, que proporcionou a D. Afonso Henriques o facto de se autoproclamar Rei de Portugal.

Nas suas Memórias, a Irmã Lúcia deixou escrito que, entre Abril e outubro de 1916, nas Aparições de Fátima, teria já aparecido um anjo aos três pastorinhos, por três vezes, duas na Loca do Cabeço e outra junto ao poço do quintal da sua casa em Fátima (Ourém), convidando-os à oração e penitência, e afirmando ser o "Anjo de Portugal".







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