segunda-feira, março 25, 2013

JEREMY IRONS REGRESSA A LISBOA - "Comboio Noturno para Lisboa"








Jeremy Irons regressa a Lisboa, agora para assistir à estreia do filme que protagonizou "Comboio Noturno para Lisboa" (Night Train to Lisbon), com Lisboa como cenário de fundo, e que estreou no dia 21 nas salas de cinema.

As filmagens desta longa-metragem começaram em março de 2012 em Berna, e mais tarde na capital portuguesa. Conta no elenco com nomes como Jeremy Irons, Charlotte Rampling, Christopher Lee, Mélanie Laurent, Bruno Ganz, Jack Huston, Nicolau Breyner, Adriano Luz, Beatriz Batarda, Filipe Vargas e Joaquim Leitão. É uma co-produção entre Portugal, Alemanha e Suíça.
Realizado por Billie August ("A Casa dos Espíritos", "Aos Miseráveis", "Na linha da morte"), o filme é a adaptação cinematográfica do "best-seller" homónimo, escrito em 2004 pelo suíço Peter Bieri, sob o pseudónimo Pascal Mercier. 

1- Amadeo Prado (Jack Huston)                                  2- Raimund Gregorius (Jeremy Irons)                          3- Jeremy Irons em Lisboa


Numa tarde chuvosa, uma mulher vestida com um casaco vermelho prepara-se para se atirar da ponte de Kirchenfeld, em Berna, Suíça, para se suicidar. Raymond Gregorius um professor de latim, grego e hebreu, convence-a a não o fazer. Subitamente a mulher desaparece, deixando o casaco atrás de si. Tudo o que ele sabe é que ela é portuguesa. Mas, no bolso do casaco abandonado, encontra um livro de um autor português Amadeo do Prado, médico, poeta, e resistente durante o salazarismo, e um bilhete de comboio para Lisboa com data desse mesmo dia. E é então que aquele professor antiquado, habituado a uma vida regrada e monótona, toma uma decisão inusitada: mete-se no comboio e viaja para Lisboa, a cidade que será o lugar de todas as revelações: dos mistérios da vida humana, da coragem, do amor e da morte... 


Mistérios que desde há muito o assombram...












sábado, março 23, 2013

BEBO VALDÉS (1918-2013) - O "Gigante da Música Cubana", Deixou-nos hoje







Ramón Emilio Valdés Amaro Dionísio, nascido em Cuba a 9 de outubro de 1918, mais conhecido como Bebo Valdés, deixou-nos na passada sexta feira 22 de março, aos 94 anos, vítima de Alzeimer. Considerado como o Gigante da Música Cubana e do Jazz Afro-Cubano, além de pianista famoso, foi também compositor e maestro.

Foi também o pai do conhecido pianista do jazz afro-cubano Cucho Valdés, nascido em 1941, premiado com diversos Prémios Grammy.

A partir dos anos quarenta, tocou em Havana com as orquestras Ulacia, Curbelo Garcia, Julio Cueva e a famosa Orquestra Tropicana, sempre na vertente do jazz afro-cubano, do qual gravou diversos álbuns.

Em família, era conhecido como El Caballón, em virtude da sua considerável altura. Compôs os primeiros mambos, considerados a novidade do século, adotando o género recém-produzido pelo compositor Perez Prado, e dando assim um novo impulso à música cubana. Em 1952, o produtor Norman Granz, entusiasmado com o sucesso do jazz afro-cubano em Nova Iorque, reconheceu Valdés, conjuntamente com o vocalista Beny Moré,  como o pioneiro do momento do jazz afro-cubano.

Após a doação da sua orquestra bate Sabor em 1960, mudou-se consecutivamente para o México, Estados Unidos, Espanha e Suécia, onde se estabeleceu oficialmente e onde veio a falecer. Quando deixou Cuba em 1960, devido a divergências com o regime de Fidel de Castro, Bebo abandonou também a sua família, a esposa Pilar e os cinco filhos, para voltar a casar, em 1963, e constituir nova família.


Descanse em paz.


Bebo Valdés








terça-feira, março 19, 2013

PARABÉNS A TODOS OS PAIS - Dia do Pai 2013 (19 de Março, Portugal)











O Dia do Pai ou Dia dos Pais, celebra-se em Portugal no dia 19 de março, seguindo a tradição da Igreja Católica, que celebra neste dia São José, marido de Maria, a mãe de Jesus Cristo. É a data em que se homenageia a figura paterna.


A origem desta comemoração é suposta ser originária da Babilónia onde, há mais de quatro mil anos, um jovem chamado Elmesu teria moldado em argila o primeiro cartão comemorativo. Desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai. 

Entretanto, a institucionalização dessa data é bem mais recente. Em 1909, nos Estados Unidos, Sonora Luise resolveu criar um dia dedicado aos pais, motivada pela admiração que sentia pelo seu pai, William Jackson Smart

O interesse por esta data difundiu-se pela cidade de Spokane e por todo o Estado de Washington e a partir dessa altura tornou-se uma festa nacional. 

Em 1972, o presidente americano Richard Nixon oficializou o "Dia do Pai" (Father's Day)Segundo a tradição, nos Estados Unidos este dia comemora-se no terceiro domingo de Junho. 

No Brasil, a data foi criada pelo jornalista Roberto Marinho que implementou com o objetivo de incentivar as vendas do comércio e, por conseguinte, o faturamento do seu jornal, "O Globo". 

Neste país, Brasil, a data é comemorada no segundo domingo de agosto. 

É ainda conhecido o facto do publicitário Sylvio Behring ter proposto a celebração do "Dia dos Pais" para o dia 14 de agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família Behring



E como estamos no nosso Portugal, deixamos aqui um abraço de saudação a todos os Pais portugueses, ausentes ou não!






quinta-feira, março 14, 2013

HABEMUS PAPAM! - PAPA FRANCISCO I (13-3-2013)













O Fumo branco saiu da chaminé do Vaticano e os sinos tocaram como manda a tradição.
A Igreja Católica tem um novo Papa: Francisco.
O cardeal-arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, foi hoje eleito papa pelos 115 cardeais reunidos em Roma, assumindo o nome de Francisco.
Na sucessão de Bento XVI, a escolha do jesuíta de 76 anos acabou por surpreender os especialistas, já que não era dos mais novos do colégio cardinalício e será o primeiro papa latino-americano.
Francisco I sucede a Bento XVI e será o 266º. papa da Igreja Católica.














terça-feira, março 05, 2013

EXUMAÇÃO DA FAMÍLIA IMPERIAL DO BRASIL - Tecnologia revela os Primeiros Segredos da sua História













Cientistas brasileiros exumaram pela primeira vez para pesquisa, os restos mortais de D. Pedro I, o primeiro imperador brasileiro, além das suas duas mulheres, as imperatrizes Dona Leopoldina e Dona Amélia.


1-D. Pedro I, primeiro imperador do Brasil, 2-Imperatriz Dona Leopoldina, 3-Imperatriz Dona Amélia          

A exumação fez parte do trabalho de mestrado da arqueóloga e historiadora Valdirene do Carmo Ambiel, do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (USP).

De acordo com Valdirene, os exames foram realizados em 2012, entre fevereiro e setembro. Afirma ainda que obteve autorização dos descendentes da família real brasileira para exumar os restos mortais em 2010. No entanto, as negociações para que isto ocorresse iniciaram-se anos antes. "Oficialmente, este trabalho iniciou-se em 2010, mas na realidade começou há oito anos", explicou Valdirene aos jornalistas.

Os exames foram realizados nas Clínicas de São Paulo e contaram com a ajuda de especialistas da Faculdade de Medicina da USP.

Segundo informações do site do jornal "O Estado de São Paulo", foi montado um esquema de segurança para transportar as urnas funerárias durante a madrugada, desde a cripta imperial, no Parque da Independência, no bairro do Ipiranga, até ao local dos exames, em Cerqueira César onde, sob sigilo, os esqueletos foram submetidos a ultrossonografias e tomografias.

Esqueleto de D.Pedro I

O site do jornal informa ainda que as análises revelaram que D. Pedro I fraturou quatro costelas do lado esquerdo, ao longo da sua vida, em consequência de dois acidentes - uma queda do cavalo e um acidente de carruagem. Isto teria prejudicado um dos seus pulmões e, consequentemente, agravado uma tuberculose que lhe causou a morte aos 36 anos, em 1834. Tinha entre 1,66 m e 1,73 m e foi enterrado com a farda de general.

No caso da segunda mulher do primeiro imperador do país, Dona Amélia, segundo noticia o jornal "Estado", os cientistas ficaram surpreendidos ao verificar que a imperatriz foi mumificada e mantinha partes do corpo preservadas, como o cabelo, as unhas e cílios. Conjuntamente com ela, foi enterrado um crucifixo de madeira.

Segundo Astolfo Gomes de Mello Araújo, professor de Arqueolgia do MAE/USP e um dos orientadores do trabalho da arqueóloga Valdirene, a exumação dos corpos de parte da família real brasileira é importante para entender melhor o período imperial que o país viveu, e que, segundo ele, não é tratado com a devida importância.


Múmia da Imperatriz Dona Amélia

"O Brasil, de uma maneira geral, tem uma memória histórica curta. O trabalho mostrou-nos que havia ali dados importantes, além de acabar com a dúvida de que ali pudessem não estar enterrados os restos mortais", disse Astolfo Araújo, referindo-se ao Monumento da Independência, cripta imperial localizada em São Paulo, onde estão as urnas funerárias.

Astolfo Araújo informou ainda que as medalhas e comendas que foram enterradas com D. Pedro I foram recuperadas durante a análise das urnas funerárias. Segundo o professor, esses materiais passam por restauração e estão atualmente na posse do Departamento do Património Histórico da Prefeitura de São Paulo. "Esse material foi recolhido e deve ser exposto", explica.

O orientador sublinhou ainda a importância da obtenção das autirizações para a exumação, tanto da parte dos membros da família real brasileira, como do Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

"Que isto sirva de exemplo para outros países, onde há cada vez mais restrições em relação ao estudo de restos humanos. As pessoas entendem que os restos mortais não podem ser manipulados. É um retrocesso total, porque há ali informações importantes. Os restos humanos são tratados com respeito", confirmou.


Múmia da Imperatriz Dona Leopoldina

Dom Bertrand de Orleans afirmou à comunicação social que a família não pensou duas vezes ao autorizar a abertura dos caixões dos três personagens históricos, assinada oficialmente pelo irmão Dom Luís, que, dentro da hierarquia ainda seguida pela família, e de acordo com as normas dos tempos do Império, é o chefe da Casa Imperial do Brasil (Dom Bertrand é o príncipe imperial).

A pesquisadora, amiga da família há anos, alegou que estava reocupada com o estado dos restos mortais. Além do local ser muito húmido, "várias inundações já tinham atingido a cripta no Ipiranga, com água praticamente à altura do sarcófago", afirmou o príncipe.

Parte das curiosidades descobertas pelo estudo, foi recebida com surpresa pela família.

"O mais impressionante foi o caso de Dona Amélia, cujo corpo estava muito bem conservado: pele, unhas, pelos,  pestanas...Nós não sabíamos da mumificação, descobrimos ao abrir o caixão". Dom Bertrand afirmou ainda que não conhecia qual a roupa com que a tetravó, Dona Leopoldina, tinha sido enterrada: exatamente a mesma que usou na coroação do marido, D. Pedro I, em 1822. 

Por outro lado, houve uma confirmação do que já era defendido pela família. Valdirene descobriu, com a ajuda das análises realizadas no Instituto de Radiologia da USP, que Leopoldina não tinha nenhuma fratura nos ossos, contrariando a versão histórica de que a primeira mulher de D. Pedro I teria sido empurrada pelo marido para uma escada, na então residência da família real. "Historiadores inventam versões sem fundamento, e os outros repetem. Nós contestávamos o facto, sempre", declarou Dom Bertrand.

A versão, de facto propagada por alguns historiadores, defendia que a imperatriz teria morrido em consequência da queda, com fratura do fémur e teria também sofrido um aborto. "O facto foi desmentido pelos cientistas, que realizaram diversos exames de alta qualidade, comprovando que não foi uma suposta violência a causa da sua morte", confirmou. "Ela realmente sofreu um aborto, mas foi numa época em que D. Pedro I estava no Rio Grande do Sul. Assim, não existe qualquer relação entre os dois acontecimentos da vida da imperatriz".


1-Dom Bertrand de Orleans                                         3-Arqueóloga Valdirene, exibindo o crâneo de D. Pedro I

Medalhas, botões e fragmentos de vestes foram recolhidos do caixão do imperador e das suas mulheres, e deverão brevemente ser expostos ao público. Segundo Dom Bertrand, os pertences foram confiados pela família ao Departamento do Património Histórico de São Paulo. A intenção da Secretaria Municipal da Cultura é expor as peças em vitrines blindadas dentro do Monumento à Independência, na capital paulista, o mesmo local onde estão depositados os restos mortais.

Alguns fragmentos dos trajes com que os imperadores foram enterrados serão doados ao Museu Imperial. Assim anunciou a historiadora e arqueóloga Valdirene Ambiel na passada sexta feira, dia 1 de março, durante uma entrevista coletiva no Museu Imperial.






domingo, março 03, 2013

39 ANOS DEPOIS, PORTUGAL VOLTA A CANTAR "GRÂNDOLA, VILA MORENA" - 2 de Março de 2013










A organização "Que se lixe a troika" apelou a um protesto pacífico e transversal. O mote tem sido dado por "Grândola, Vila Morena", senha do 25 de abril.
Mais de 40 cidades, em Portugal e no estrangeiro, aderiram este sábado às manifestações convocadas por este movimento "Que se lixe a troika, o povo é quem mais ordena", para pedir o fim das políticas de austeridade.


Em Lisboa, no Terreiro do Paço, foi montado um palco para, às 18h30, se entoar "Grândola, Vila Morena". A canção de José Afonso foi também cantada à mesma hora nas restantes cidades que acolhem as manifestações, que tiveram início marcado para as 16h00 locais.
No estrangeiro, a "Grândola, Vila Morena" também se ouviu em Barcelona, Boston, Budapeste, Estocolmo, Londres, Madrid e Paris.


"Maré cheia" de gente em todo o país para protestar contra a política do Governo e contra a troika. A organização da manifestação do movimento "Que se lixe a troika" fala em 1,5 milhões de pessoas em todo o país. 

Só em Lisboa estima 800 mil, o que a ser verdade é mais do que na manifestação de 15 de Setembro último. Em Lisboa, as principais avenidas encheram-se de gente e vários movimentos, a que se chamou "marés", caminharam em direção ao Terreiro do Paço onde foi cantado “Grândola, Vila Morena”.


 A imprensa estrangeira comentou largamente os acontecimentos em Portugal:

El País - “Centenas de milhares de portugueses saem à rua contra os cortes. Uma massa humana percorre Lisboa, convocada pelo movimento ‘Que se lixe a Troika’”.
The Wall Street Journal - “Milhares de pessoas saíram hoje às ruas de cidades portuguesas, para pressionar o Governo a parar as medidas de austeridade que ajudaram a prolongar uma recessão que está já no seu terceiro ano, e a empurrar o desemprego para níveis quase recorde”.
Associated Press - “uma canção revolucionária portuguesa de há 40 anos está a perseguir o Governo do país resgatado”.
Washington Post - “cantando alto em eventos públicos para calar governantes, e usando o número de contribuinte do primeiro-ministro em faturas, para aumentar a sua declaração de impostos”.
Nouvel Observateur - “grandes manifestações contra a austeridade em Portugal”.
RTS - “grande matéria humana” nos protestos de hoje.
Al Jazeera - “Protestos massivos em Portugal contra medidas de austeridade”.
BBC News – “Enormes multidões reunidas na capital Lisboa para exigir a demissão do governo”.
EFE - “O maior protesto, na capital portuguesa, terminou com o hino da revolução de 1974, cantado por centenas de milhares de pessoas na Praça do Comércio em desafio ao governo, cuja demissão foi reivindicada repetidamente”.
Reuters - “Centenas de milhares de portugueses foram para as ruas de Lisboa e outras cidades no sábado para exigir o fim da austeridade, ditada pelo plano de financiamento internacional, e a demissão do governo de centro-direita”.


AFP - “Uma maré humana varreu este sábado Portugal, Lisboa, em particular, mediante a convocatória de um movimento apartidário de cidadãos que conseguiu uma mobilização excecional contra as medidas de austeridade exigidas pelos credores do país, no âmbito da assistência financeira”.
La Repubblica - “Portugal contra a austeridade: 'Devolvam as nossas vidas'''
Globo News - “Protesto contra medidas de austeridade enchem as ruas de Lisboa, em Portugal”
Público espanhol – “A 'maré cidadã' lusa ocupa as ruas contra as imposições da troika”. “Centenas de milhares de pessoas preencheram hoje o centro da capital no início das manifestações convocadas nas principais cidades lusas para protestar contra a política de austeridade do governo conservador e da troika”.
El Mundo – “Centenas de milhares de pessoas pedem a demissão do governo” é o tíhttp://www.esquerda.net/node/26925/edittulo do artigo que abre a página eletrónica do El Mundo.
Spiegel online - "Centenas de milhares exigem a renúncia do governo e o fim da austeridade".


Mas... Chegará a mensagem onde deve???










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