sábado, maio 20, 2017

É JÁ NA SEGUNDA FEIRA QUE PLÁCIDO DOMINGO ESTARÁ ENTRE NÓS...




É já na próxima segunda feira dia 22 de Maio, que Plácido Domingo regressa a Portugal para um concerto único que vai contar com a participação especial da fadista Katia Guerreiro.


Para o tenor “o fado cantado da maneira como os portugueses o sentem é fantástico. Há um jeito na voz, uma elegância... A verdade é que é um género muito especial.”

Kátia Guerreiro é uma das mais importantes representantes do Fado em todo o mundo. Além de ser uma intérprete consagrada e reconhecida como uma notável embaixadora da música portuguesa, é também Membro do Parlamento Europeu da Cultura, desde 2005 e em 2015 foi condecorada pela Presidência da República com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, pelo seu inestimável contributo na divulgação da cultura portuguesa e projeção de Portugal no mundo.

O concerto de Plácido Domingo em Portugal será acompanhado pela Orquestra Sinfonietta de Lisboa, que, desde a sua fundação, em 1995, já trabalhou com grandes nomes da música.

Álbum "Amore Infinito"
Em palco, o famoso artista contará também com a presença da soprano Micaëla Oeste, elogiada pela sua voz cristalina e ainda com a participação especial de Rita Marques uma jovem soprano do Centre de Perfeccionament Plácido Domingo, em Valência.

Além de diretor do Scala de Milão, em 1993 Plácido Domingo fundou a Operalia, uma competição anual internacional de voz, que ajuda a iniciar as carreiras de muitos cantores de poucas posses a tornaram-se figuras importantes nos palcos mundiais. Contam-se, entre outros, Nina Stemme, Joyce DiDonato, José Cura, Rolando Villazon, Erwin Schrott, Pretty Yende, Eric Owens, Susanna Phillips e Anthony Roth Costanzo. O concurso Operalia é realizado uma vez por ano, sempre num país diferente.

De entre os seus numerosos álbuns de música, Plácido Domingo olha com especial carinho o álbum que contém as músicas baseadas em 20 poemas de São João Paulo II, que refletem a sua mensagem sobre o amor: “Eu vi um santo. O mundo precisa se lembrar deste homem incrível”.

Encantado pela pessoa e os poemas de João Paulo II, o tenor Plácido decidiu homenageá-lo. Dedicou quatro anos ao projeto musical do álbum Amore Infinito, em que transforma em música os 20 poemas de João Paulo II.

Uma vez mais, recordo a história, famosa já, referente à rivalidade que em tempos envolveu Plácido Domingo e José Carreras, prova inequívoca da generosidade do primeiro para com o segundo. Foram dois dos Três Tenores — Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras — que emocionaram o mundo cantando juntos.

Plácido Domingo e José Carreras

Mesmo aqueles que nunca visitaram Espanha, conhecem a rivalidade existente entre catalães e madrilenos, já que os catalães lutam pela sua autonomia numa Espanha dominada por Madrid.

Pois bem, Plácido Domingo é madrileno e José Carreras é catalão e, por questões políticas, em 1984, Carreras e Domingo tornaram-se adversários. Sempre muito solicitados em todas as partes do mundo, ambos faziam constar nos seus contratos que só se apresentariam em determinado espetáculo se o adversário não fosse convidado.

Em 1987, surgiu a Carreras um inimigo muito mais implacável do que o seu rival Plácido Domingo. Foi surpreendido por um diagnóstico terrível: leucemia.
A sua luta contra o cancro foi muito dolorosa, submeteu-se a vários tratamentos, o transplante da medula óssea e uma transfusão de sangue que o obrigava a viajar uma vez por mês aos Estados Unidos.
Nestas condições não podia trabalhar e apesar de ser dono de uma razoável fortuna, os altos custos das viagens e o tratamento debilitaram as suas finanças.

Quando não teve mais condições financeiras, tomou conhecimento da existência de uma fundação em Madrid, cuja finalidade única era apoiar o tratamento de doentes de leucemia.
Graças ao apoio da Fundação “Hermosa”, Carreras venceu a doença e voltou a cantar, recebeu novamente os altos cachets que merecia e tratou de se associar à fundação.
Ao ler os estatutos da fundação, descobriu que o fundador, maior colaborador e presidente da associação era Plácido Domingo.
Soube, então, que este criou a fundação, em princípio, para o atender e que se manteve no anonimato para que não se sentisse humilhado por aceitar auxílio do seu “inimigo”.

Os Três Tenores

O mais comovedor foi o encontro dos dois...

Surpreendendo Plácido numa de suas apresentações em Madrid, Carreras interrompeu o evento e humildemente, ajoelhando-se a seus pés, pediu-lhe desculpas e agradeceu-lhe publicamente.

Plácido ajudou-o a levantar-se e com um forte abraço selaram o início de uma grande amizade.

Numa entrevista a Plácido Domingo, uma jornalista perguntou-lhe porque tinha criado a Fundação “Hermosa” num momento em que, além de beneficiar um inimigo, tinha ajudado o único artista que poderia fazer-lhe concorrência. A resposta de Domingo foi curta e definitiva:

— Porque não se pode perder uma voz como esta...






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