domingo, fevereiro 27, 2011

É CARNAVAL!...NINGUÉM LEVA A MAL!







Já é do conhecimento de todos nós que o Carnaval foi um tempo de festividade inicialmente concedido  aos cristãos, pela igreja Católica, como tempo de preparação para a Quaresma, que se prolonga pelo período de quarenta dias, em memória dos quarenta dias de jejum e oração que Jesus Cristo passou no deserto.


Carnaval no Funchal
Todavia a origem do nome Carnaval é disputada. Italianos sugerem que  o nome vem do italiano "carne levare", que significa "retirar a carne", já que a carne é proibida durante a Quaresma. Outros afirmam que vem da expressão latina "carne vale", que significa adeus à carne, enfim, ainda outras explicações haverá, certamente, mas estas parece serem aceites como as mais prováveis.

Embora  parte integrante do calendário cristão, especialmente nas regiões católicas, algumas tradições do Carnaval parecem datar de tempos pré-cristãos: os antigos festivais romanos Saturnália e  Bacanais, parece terem sido absorvidas pelo Carnaval italiano. Muitos costumes carnavalescos locais são baseados em rituais locais pré-cristãos , como se verifica no carnaval germanico.


Sabe-se também, que na Itália medieval, durante o Carnaval, já se realizavam desfiles e bailes de máscaras. O Carnaval de Veneza foi durante muito tempo o carnaval mais famoso, difundindo-se  posteriormente para as nações católicas de Portugal, Espanha e França. De França, espalhou-se para a Alemanha, França e América do Norte. De Espanha e Portugal, com a colonização católica, chegou ao Caribe e América Latina.

Os carnavais mais conhecidos são em França, o Carnaval de Nice, em Itália, o de Viareggio e de Veneza, entre nós os Carnavais de Loulé, Torres Vedras e Funchal. Mas o rei dos carnavais é, sem dúvida, o Carnaval Brasileiro que ocorre no Rio, na cidade da Baía, Pernambuco, S. Paulo e no Recife.


Carnaval de Veneza

O Carnaval no Brasil é uma grande parte da cultura brasileira e é referido pelos brasileiros como o "Greatest Show on Earth". O espectáculo carnavalesco que ocorre no Sambódromo, com o desfile das Escolas de Samba, é considerado o maior do tipo, no mundo. Conhecido por  "Um dos maiores espectáculos da Terra", todos os anos atrai milhões de turistas de todo o mundo, que vêm participar  e apreciar o grande "show".

As Escolas de Samba são grandes, entidades sociais com milhares de membros e um tema para a sua música e desfile de cada ano. Os turistas podem participar do desfile e da dança de qualquer das Escolas no Sambódromo, tendo para isso que comprar o fato e pagar uma participação. O preço pago é utilizado para o turista e para as pessoas que não podem pagar.

Carnaval do Rio de Janeiro



Além das Escolas de Samba existem ainda os Blocos, que são geralmente pequenos grupos também com um tema definido no seu samba,  usualmente sobre a situação política actual. Existem mais de 200  Blocos no Rio de Janeiro. Restam ainda as Bandas de samba, que são bandas musicais, com características próprias de cada bairro.

Para terminar, adicionei à mensagem imagens que procurei serem elucidativas dos Carnavais mais emblemáticos. Não sei se o consegui, mas como é Carnaval...Ninguém  leva a mal!...










E façam o favor de fazer a vontade ao Rei Momo: divirtam-se!



quinta-feira, fevereiro 24, 2011

MONA LISA - Um Sorriso, Um Rosto...O Eterno Enigma






"Mona Lisa" é um quadro pintado por Leonardo da Vinci, que retrata uma mulher sentada, cuja expressão do rosto é descrita como enigmática. As incertezas sobre a identidade do retrato (a maioria das opiniões apontam para que se trate de Lisa del Giocondo), a  monumentalidade da composição, os contornos subtis das formas e o ilusionismo têm contribuído para o contínuo fascínio da obra.
Leonardo Da Vinci - auto-retrato

"Mona lisa", também conhecida pela designação de "Gioconda", é tão amplamente conhecida, caricaturada, procurada pelos  pelos visitantes do Museu do Louvre, que é considerada a pintura mais famosa do mundo. Leonardo Da Vinci começou a pintar "Mona Lisa" em 1503 ou 1504, em Florença, Itália.

Contemporâneos de Da Vinci testemunharam que ele demorou mais de quatro anos a pintar este quadro, findos os quais o deixou inacabado. Aliás, sabe-se hoje  que este comportamento era comum das obras de Leonardo Da Vinci, que no fim da sua vida, lamentou não ter acabado uma única obra.

Quando interrompeu a pintura de "Mona Lisa", três anos depois, mudou-se para França em 1516, onde veio a morrer em 1519. Foi em França, para onde levara a pintura, que terminou o quadro, pouco antes de falecer. O então rei de França Francisco I, havia convidado Da Vinci para trabalhar no Clos Lucé, perto do castelo real de Amboise. Consta que o rei comprou o quadro ao herdeiro e assistente de Leonardo, Salai, pela quantia de 4.000 écus e manteve-o no Castelo de Fontainebleau, onde permaneceu  até ser dado ao rei Luís XIV.
"Mona Lisa" caricaturada por Duchamp

Com Luís XV, a pintura mudou-se para Versailles, depois e após a Revolução Francesa foi transferida para o Museu do Louvre. O imperador Napoleão I levou-a para o seu quarto no Palácio das Tulherias, mas mais tarde o quadro retornou ao Louvre.

Mais uma vez "Mona Lisa" foi enfatizada, quando em 22 de Agosto de 1911, foi roubada ao Museu do Louvre: do lugar que durante cinco anos ocupara no salão Carré, não  restaram senão quatro cavilhas de ferro.

O Louvre encerrou durante uma semana, para investigações. Foi um empregado do próprio Museu, assumindo-se como patriota italiano quem, sob o casaco, levou o quadro roubado, com o pretexto de  que a pintura deveria ser exibida em Itália. Posteriormente o ladrão de nome Vincenzo Peruggia, cumpriu uma pena prisional de seis meses.
Roubo da "Gioconda", do Museu do Louvre

Tem havido muita especulação sobre a pintura do modelo e da paisagem. Por exemplo, especialistas reconhecem como pouco convincente a beleza do modelo e argumentam que a paisagem de fundo da pintura foi influenciada pela  pintura chinesa, mas nada foi provado. Mona Lisa, tem sido apontada como Lisa del Giocondo, esposa do rico comerciante florentino Francesco del Giocondo.

Mas também a mãe de Leonardo foi considerada entre as diversas possibilidades para a figurante do quadro, como o auto-retrato do próprio Leonardo da Vinci e ainda o hipotético e inspirado retrato de um amante e acompanhante de Leonardo, ou ainda Isabel de Aragão, duquesa de Milão, para quem o pintor trabalhou.
Pormenor de "Mona Lisa"


Toda esta polémica tem envolvido "Mona Lisa" em grande misticismo, por demais patente na sua expressão e no enigmático sorriso. Uma teoria recente, vem afirmar que este mistério parece ter sido desvendado.

Pelo menos, é esta a convicção da neurobióloga e professora da Harvard Medical School, Margaret Livingstone. No Congresso Europeu de Percepção Visual que decorreu na Corunha (Galiza), esta investigadora explicou que o sorriso misterioso de Gioconda não passa de uma ilusão de óptica.

A enigmática expressão parece desaparecer quando fixamos o quadro de frente e reaparece quando o olhar se fixa noutras partes do quadro. Por esta razão, só conseguimos visualizar o sorriso desde que os lábios da "musa" inspiradora de Da Vinci fiquem no nosso campo de visão periférica.

A teoria de Livingstone apoia-se numa prova científica: o olho humano tem uma visão central excelente para reconhecer pormenores, ao passo que a visão periférica é menos precisa, mas mais adequada à percepção de outros dados, como as sombras.
Pormenor do mesmo quadro

No famoso quadro renascentista, Leonardo Da Vinci conseguiu criar a ilusão, a partir deste facto científico. Conhecedor profundo do corpo humano, o mestre italiano da Renascença conseguiu, em pleno século XVI, utilizar este truque de óptica, ainda que "intuitivamente".

Para Margaret Livingstone, a expressão enigmática de Mona Lisa está relacionada intimamente com o facto de a nossa visão central ter mais resolução do que a periférica. Este estudo levou a investigadora a estudar outro facto - alguns génios da pintura tiveram deficiências visuais: por exemplo Rembrandt, conhecido pintor alemão do séc. XVII, sofria de um estrabismo que acabou por ser benéfico para a sua arte.

Teoria de Livingstone








Resumindo, não podemos deixar de admitir que, ao longo dos séculos, a discussão em torno dos quadros mais apreciados da Renascença italiana tem sido infindável.



Será que agora "Mona Lisa" deixará de sorrir?






segunda-feira, fevereiro 21, 2011

A CIÊNCIA IMITA DEUS - Americanos criam a Célula Sintética


Cientistas norte americanos anunciaram o desenvolvimento de uma célula de bactéria com genoma produzido em laboratório. Uma célula de bactéria criada em laboratório.

A façanha foi anunciada ontem por por cientistas do instituto criado pelo biólogo norte-americano J. Craig Venter. Estes cientistas publicaram na revista especializada Science, os passos do estudo que consumiu 15 anos de trabalho e resultou no micro-organismo denominado Mycroplasma mycoides JVCI-syn1.0.
DNA artificial

Segundo a equipa dos cientistas, a experiência provou pela primeira vez que é possível planear um genoma num computador, produzi-lo quimicamente em laboratório e depois transplantá-lo para uma célula, que se replica totalmente sob o controle do genoma artificial.

Isso significa que os cientistas não produziram uma célula inteira no laboratório, mas o seu genoma. E o recipiente de célula que recebeu o DNA artificial passou a criar outras células semelhantes, repetindo a informação genética inventada pelos cientistas. Para a equipa, as aplicações possíveis deste método, são inúmeras. O autor principal do estudo, Daniel G. Gibson, explica que a pesquisa serviu apenas para mostrar o que é possível fazer. Passada essa etapa, novas células, desenhadas para resolver os mais diversos problemas, poderão ser desenvolvidas.
Processo de vida artficial

"No futuro, esperamos produzir células com propriedades extraordinárias. São células que podem resolver o problema da energia do mundo, produzir compostos industriais para limpar a água e o carbono da atmosfera e fabricar produtos farmacêuticos", enumerou Gibson, durante uma entrevista.

Os cientistas do J. Craig Venter Institute (JCVI) já haviam conseguido sintetizar quimicamente o genoma de uma bactéria e feito o transplante do genoma de um célula para outra. Foi a união das duas técnicas que permitiu a criação da célula sintética. Em resumo, os pesquisadores recriaram em laboratório as várias sequências do genoma da M. mycoides, adicionando-lhes espécies de "marcas d'água", que permitiram à equipe diferenciá-lo do genoma natural.

A descoberta desta sucessão de procedimentos que permitu a multiplicação de células de DNA artificial é apontada como uma das mais importantes do mundo, que deve revolucionar a biotecnologia. "O mais im pressionante da nossa célula sintética é que o seu genoma foi elaborado em computador e trazido à vida por meio de sínteses químicas, sem termos utilizado um único pedaço de DNA natural", resume Clyde Hutchison, um dos componentes da equipa, em comunicado divulgado pelo JCVI.

Clyde Hutchison

"Uma verdadeira revolução", é assim que o coordenador de Genética da FCM, professor Adriano Azevedo de Mello avalia a recente descoberta feita pelos cientistas americanos. "O estudo permite pensarmos na produção futura de células com propriedades extraordinárias, que podem resolver o problema da energia no mundo, por exemplo, através da produção de combustível, o que gerará um impacto positivo na economia. Visualizo, ainda, grandes avanços no tratamento de doenças como o cancro e diabetes", declarou o professor da FCM, bastante optimista.

Apesar de reconhecer que a descoberta é uma das mais importantes do mundo e tal como o próprio Venter já havia antes admitido, o coordenador de genética da FCM avalia que a possibilidade de criar células artificiais com funções definidas dará início a uma delicada discussão sobre o uso ético da tecnologia. "O perigo é que os experimentos fujam do controle dos cientistas, podendo gerar vários impactos negativos para a humanidade, como por exemplo, a criação de armas biológicas", concluiu Adriano Azevedo de Mello.

Presidente Obama  entrega condecoração ao
biólogo J. Craig Venter




Nada que infelizmente não tivessemos considerado, dada a natural tendência do ser humano de por vezes reverter o lado positivo que estas descobertas possam trazer para a humanidade...

sábado, fevereiro 19, 2011

GABRIELLE CHANEL (1883-1971) - Uma Mulher que amou a Moda e a Vida







Nestes tempos cinzentos que atravessamos e porque também decorrem as diversas semanas da Moda em cidades como Paris, Milão, Nova Iorque, Tóquio, achei pertinente falar de algo mais colorido e alegre como a Moda, na figura de uma das mais representativas estilistas da sua história: Gabrielle Chanel, também conhecida como Coco Chanel.


Logotipo Chanel


Gabrielle Chanel, simplesmente Chanel, nasceu em 19 de Agosto de 1883, em Saumur, França. Chanel, com a sua marca, criou desenhos intemporais que ainda hoje são populares, como os seus vestidos pretos e e os seus tailleurs, tão característicos como elegantes.


Chanel tornou-se num ícone de uma moda simples mas sofisticada, combinada com acessórios grandes, como os colares de pérolas de múltiplas voltas. Uma vez, Chanel disse: "o luxo deve ser confortável, senão não é luxo".


Há quem afirme que o nome vem de uma das músicas que ela cantou e que a própria Chanel disse ser uma "encurtada versão de cocotte", palavra francesa para designar "mulher  mantida".

Primeiro Perfume Chanel

Com cerca de 20 anos de idade, Chanel envolveu-se numa relação com Etienne Balsan, que se ofereceu para a ajudar a montar um negócio de chapéus, em Paris. Mas Chanel rapidamente o trocou por um dos seus amigos, o milionário Arthur "Boy" Chapel. Estes dois homens foram fundamentais para a futura empresa de moda Chanel.


Coco Chanel, usando um dos seus tailleurs
Abrindo a sua primeira loja em Paris, na Rue de Cambon, em 1910, Chanel começou a vender chapéus. Mas em curto espaço de tempo abriu outras lojas em Deauville e Biarritz, onde começou a comercializar as sua roupas. O seu primeiro vestido de sucesso, teve como inspiração, segundo a própria  Chanel, uma camisa velha que Chanel usava em Deauville, devido ao frio que ali se fazia sentir.

Na década de 1920, Chanel expandiu o negócio para novos patamares de prosperidade. Foi nesta altura que lançou o seu primeiro perfume, Chanel n.º5. "Perfume é o invisível, inesquecível, último acessório de moda...que anuncia a sua chegada e prolonga a sua partida", dizia Chanel.



Coco Chanel e Igor Stravinsky
Foi também nesta década que Chanel iniciou um romance intenso e longo com o rico duque de Westminster que conheceu a bordo do seu iate, por volta de 1923.

Como resposta à proposta de casamento do duque, Chanel terá dito "Houve várias duquesas de Westminster, mas há apenas uma Chanel!".

Em 1925, ela apresentou o lendário tailleur Chanel, agora com uma jaqueta com gola e uma saia, bem sofisticado. Chanel ajudou as mulheres a dizer adeus ao espartilho e a outras peças de vestuário, que considerou incómodas. Modificou o conceito de luto da cor preta, para a usar como cor de cerimónia nos seus vestidos de toilette. Além da moda, Chanel tornou-se também figura do mundo literário e artístico de Paris: desenhou figurinos para os Ballets Russes e de Jean Cocteau, que figurou entre os seus amigos, ao lado de Pablo Picasso. Por esta altura, Chanel teve, também, um breve e escaldante relacionamento com o compositor Igor Stravinsky.



Chanel e o seu vestido preto
A depressão económica internacional da década de 1930 teve um impacto negativo sobre a sua empresa, mas foi a eclosão da II Guerra Mundial que levou Gabrielle Chanel a fechar o seu negócio, a demitir trabalhadores e a fechar as suas lojas.


Durante a ocupação alemã da França, Chanel envolveu-se com um oficial militar alemão, Hans Gunther von Dincklage, com o qual, com permissão especial, viveu num apartamento do Hotel Ritz. Com o fim da guerra, Chanel chegou a ser interrogada por causa do seu relacionamento com von Dinklage, mas não foi acusada de colaboracionista.

Mesmo assim, mesmo não acusada, Chanel sofreu no tribunal da opinião pública. O seu relacionamento com um oficial nazi foi considerado, por alguns, como uma traição ao seu país. Chanel deixou Paris, para passar alguns anos na Suíça, como que em exílio.

Carteiras Chanel







Na idade de 70 anos, Chanel fez um retorno triunfal ao mundo da moda. Primeiro recebeu críticas contundentes, mas a sua moda feminina e de fácil montagem, conquistou clientes em todo o mundo.


Coco Chanel morreu em 10 de Janeiro de 1971, no seu apartamento do Hotel Ritz. Nunca se casou, depois de ter dito "Eu nunca quis pesar a um homem, mais do que um pássaro".


Pouco mais do que uma década após a sua morte, o estilista Karl Lagerfeld assumiu as rédeas da empresa, para continuar o legado Chanel, cuja história de vida ainda hoje continua a cativar a tenção dos romancistas, dos cineastas e guionistas da Broadway, do mundo inteiro.












quinta-feira, fevereiro 17, 2011

UMA MENSAGEM DO CÉU...





Bebês



...Que eu dedico aos meus filhos.







GERAÇÃO À RASCA - GERAÇÃO DEOLINDA


Uma música, "Parva que sou", dos Deolinda, acordou Portugal para uma verdade abandonada: o desemprego, a precariedade e os baixos salários da juventude, que se consumam na sua desesperança. Estamos a falar de economia, numa linguagem que finalmente se universaliza porque não é de economistas, nem de sindicalistas, nem de políticos. É a voz de Ana Bacalhau e de centenas de milhares de pessoas através dela.

Jovens desempregados
Nos últimos dez anos, mais que duplicou o número de diplomados que trabalham em condições precárias. Dos 83 mil no ano 2000, o número subiu para os 190 mil em Setembro do ano passado. É a dura realidade das novas gerações, que frequentam ou já terminaram a sua formação superior e a quem o mercado laboral português não consegue dar resposta. 

São a geração dos nossos filhos e talvez ainda dos netos. São a geração semelhante à de trinta anos atrás, que levou os seus pais a abandonarem este país. Será que este Portugal de idosos, está condenado a ficar ainda mais velho?
Que perspectivas de futuro têm estes jovens, sempre com mais qualificações, no mercado laboral? Abandonar este país?
Jovens empresários

Só os melhores, e cada vez menos, têm colocação com bons salários e perspectivas de carreira: na banca de investimento, nas consultoras de gestão ou nas multinacionais. Mas o País não é apenas para os génios. Até porque mesmo estes estão a abandonar Portugal, em busca da não-crise!...

Junto um vídeo que retirei da Comunicação Social , que me pareceu muito bem feito e mais elucidativo do que as palavras, sobre a situação dos jovens perante o panorama da realidade do País que agora temos! 


sábado, fevereiro 12, 2011

UM PRÉMIO IMPRESSIONANTE - The World Press Photo of the Year 2010




O retrato de uma mulher afegã, mutilada do nariz, valeu à repórter sul-africana, Jodi Bieber, o grande prémio do concurso internacional World Press Photo 2010.  
Violência - lapidação

O vencedor foi anunciado ontem, em Amesterdão.

A foto, tirada num refúgio para mulheres em Cabul, foi capa da revista "Time", em 1 de Agosto de 2010, revela uma jovem afegã de 18 anos, Bibi Aisha, a quem o marido cortou o nariz e as orelhas por ela ter voltado para a família, depois de o acusar de maus tratos. Bibi Aisha voltou depois a fugir do marido que a maltratava e contou a sua história.
Violência- prostituição



A jovem foi ajudada por uma organização de apoio a mulheres vítimas de violência e enviada para os Estados Unidos, onde mais tarde foi operada e ficou a residir, depois de ter sido submetida a cirurgias de reconstrução facial que lhe devolveram o seu nariz e as suas orelhas.

Para o júri da World Press Photo, o retrato demonstra a dignidade da jovem afegã perante um caso de violência contra as mulheres. "Esta é uma daquelas fotografias que nos marcam para a vida", disse David Burnett, presidente do júri da World Press Photo.

Trata-se, efectivamente de uma fotografia assustadora, porque passa uma mensagem muito poderosa para o mundo onde cerca de 50 por cento da população são mulheres e muitas delas vivem em condições miseráveis, sofrendo uma violência constante.

Violência doméstica






Recordamos, entre tantas outras, Sakineh Astiani, condenada à lapidação, sentença aprovada pelo islamismo, e todas as  mulheres de todas as culturas espalhadas pelo resto do globo, silenciosas ou não, que perecem vítimas deste monstruoso flagelo social.



É hora de dizer: 
BASTA!!!



quinta-feira, fevereiro 10, 2011

PARA OS NAMORADOS - DIA DE S.VALENTIM


Dia dos Namorados


O Dia de S.Valentim, hoje associado ao Dia dos Namorados, 14 de Fevereiro, parece ter origem na história do bispo Valentim, que contrariou as ordens do imperador Cláudio II. Este imperador romano havia proibido o casamento durante o período de guerras, porque acreditava que os solteiros eram melhores combatentes.
São Valentim

Mas o bispo Valentim, além de continuar a celebrar casamentos, casou-se secretamente, apesar da proibição do imperador. Valentim foi descoberto, preso e condenado à morte. Enquanto esteve preso, muitos jovens enviaram-lhe flores e bilhetes nos quais diziam que os jovens ainda acreditavam no amor.

Enquanto aguardava, na prisão, o cumprimento da sua sentença,Valentim apaixonou-se pela filha cega de um carcereiro e milagrosamente devolveu-lhe a visão. Antes de morrer, Valentim escreveu uma mensagem  de adeus para a sua amada, na qual assinava como "Seu Namorado" ou "De seu Valentim".

Considerado mártir, pela Igreja Católica, a data da sua morte, 14 de Fevereiro, assinala também a véspera das Lupercais, festas anuais celebradas na Roma antiga em honra de Juno (deusa da mulher e do  matrimónio) e de Pan (deus da natureza). Um dos rituais desse festival era a Passeata da Fertilidade em que os sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fertilidade.  (...Que bela passeata!...)



No século XVII, os ingleses e franceses passaram a celebrar o Dia de S.Valentim como a união do Dia dos Namorados. Um século mais tarde, os Estados Unidos adoptaram esta data e chamaram-na "Valentine's Day". E na Idade Média dizia-se que o dia 14 de Fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros. Por isso, os namorados da Idade Média usavam esta ocasião para deixar mensagens de amor na soleira da porta da amada.  (...Muito mais bonito!)


Infelizmente hoje em dia o consumismo transformou o ritual característico deste dia, a troca mútua de recados e símbolos de amor, num comércio de troca de prendas por vezes absurdamente extravagantes e  dispendiosas.

Amor

A festa do Dia de S.Valentim difundiu-se por um largo número de países, com a particularidade de, no Brasil, ser comemorada no dia 12 de Fevereiro.


PARABÉNS PARA TODOS OS NAMORADOS! 

terça-feira, fevereiro 08, 2011

JÚLIO VERNE (1828 -1905) FARIA HOJE 183 ANOS...







Hoje reparei, quando abri o computador, que o Google na sua página inicial, nos recordava com um engraçado e engenhoso logotipo o aniversário de Júlio Verne, que faria hoje 183 anos, se fosse vivo. Suponho que não haverá, nas gerações jovens dos finais do século XIX e nas de hoje, quem não se tenha encantado com as obras literárias de Júlio Verne, dado que elas realmente povoaram os nossos imaginários juvenis.

Júlio Verne e as suas obras





Filho mais velho dos cinco filhos de Pierre Verne, advogado, e Sophie Allote de la Fuÿe, Júlio Verne pertenceu a uma família burguesa de Nantes. Considerado pelos críticos como precussor do género literário de ficção científica, fez, nos seus livros, predições sobre  o aparecimento de novos avanços científicos, como os submarinos, máquina voadora e viagem à Lua.
Casa de Júlio Verne em Amiens








Júlio Verne viveu 20 anos em Nantes, 23 em Paris e 34 em Amiens. 

A lenda familiar dos Vernes relata que Júlio, com a idade de 11 anos, fugiu de casa clandestinamente a bordo de um navio de três mastros La Coralie, que partia para as Índias.

A autenticidade desse acidente está longe de ser confirmada, mas parece justificar a paixão de Júlio Verne pelo mar, que inspirou grande parte dos seus romances, com relatos de viagens e aventuras extraordinárias.

Júlio Verne e a sua Ficção


Ao descobrir os fantásticos contos de Edgard Allan Poe, através das traduções em francês de Baudelaire, Verne decidiu consagrar-lhe um grande estudo no "Musée de Familles". Essa monografia foi publicada em 1864. Na realidade, Poe constituiu o sinal que permitiu a Júlio Verne encontrar o seu próprio género literário totalmente pessoal, embora outras influências tenham contribuído para a série "Voyages Extraordinaires", como o escritor Daniel Defoe, com a sua obra "Robinson Crusoé".

O entusiasmo do editor Hetzel, mais tarde conselheiro e amigo de Júlio Verne, deu lugar à publicação de "Cinco Semanas em Balão". O contrato deste primeiro livro de Verne foi assinado em 23 de Outubro de 1862 e o romance apareceu em 31 de Janeiro de 1863. Com uma tiragem inicial de 2.000 exemplares, teve, ainda em vida do autor, uma venda de cerca de 76.000 exemplares.

Edições das obras de Júlio Verne








Assim surgiu o romance científico e mesmo geográfico, acompanhado de alguma sátira social. Júlio Verne possuiu três iates. Uma parte das "20.000 léguas submarinas" foi escrita a bordo de um dos seus barcos. De Inglaterra escreveu a Hentzel: "acabo de escrever o primeiro volume das 20.000 léguas submarinas, tudo como se estivesse no meu gabinete da Rua de Sèvres!".

Nove anos mais tarde é a morte da sua alma: vendeu esse magnífico barco, provavelmente por razões financeiras, em Fevereiro de 1886. Inicia-se então o período mais negro da sua vida. Em 9 de Março o seu sobrinho Gaston atingiu-o com duas balas de revólver,  por razões que permaneceram misteriosas até hoje. Desde então ficou coxo para o resto da vida. Em 17 de Março morreu o seu editor Hetzel, que considerava como pai e amigo.
Viagem à Lua

No mesmo ano, o seu único filho, Michel, pai de duas crianças, endividado, divorciou-se, casando de novo. Após a morte de sua mãe e tendo mudado para uma residência menos sumptuosa, Júlio Verne sofreu um longo período de enfermidade, após o qual veio a falecer em 24 de Março de 1905. Os seus restos mortais repousam no cemitério de Madeleine.

Júlio Verne manteve uma relação com a educação e por isso escreveu para jovens. O seu interesse documental fez dele um autor de romances científicos, geográficos e a sua antecipação tornou-o um escritor de ficção científica.

Monumento a Júlio Verne, em Vigo


Visões de Júlio Verne:

Avião, mais pesado que o ar



Nautilus, o escafandro para os mergulhadores e o uso da energia eléctrica como fonte de luz e de movimento

Adolfo Hitler

 Bomba nuclear

Tanque de guerra

 Cerca eléctrica

 Conquista da Lua

Computador

Internet

 Chegada do homem aos polos

Do conjunto das obras de Júlio Verne, trinta e três foram levadas ao cinema, dando lugar a um total de noventa e cinco filmes, sem contar com as adaptações para séries de televisão.
Algumas das mais conhecidas  são:

Edição de Hetzel





1902, Viagem à Lua

1951, A Ilha Misteriosa

1956, Michel Strogoff

1954, 20.000 Léguas Submarinas

 1956, A Volta ao Mundo em 80 Dias

1958, Da Terra à Lua

 1962, Os Filhos do Capitão Grant

1959, Viagem ao Centro da Terra,,etc.














segunda-feira, fevereiro 07, 2011

IL DIVO - Os Quatro Pecados Originais...


Il Divo é o nome do quarteto musical que tem como componentes o suíço Urs Bühler (tenor), o norte- americano David Miller (tenor), o francês Sebastien Izambard (voz popular) e o espanhol Carlos Marín (barítono).
Urs

Idealizado pelo britânico Simon Cowell, o quarteto de pop-ópera Il Divo formou-se no ano de 2004, integrando componentes de consolidadas carreiras a solo. David havia actuado em mais de 40 óperas e trabalhava na ópera "La Bohème" de Puccini, na Brodway. Carlos cantava em musicais e óperas. Urs cantava na Ópera dos Países Baixos desde há sete anos e Sebastien era um cantor popular em França. Foi quando começaram as audições para a formação do grupo que os quatro escolhidos iniciaram as suas actuações como um novo quarteto.

O primeiro CD foi um verdadeiro sucesso, vendendo mais de 5 milhões de cópias em menos de um ano, ultrapassando a marca de cantores mais conhecidos. Possuidores de uma qualidade vocal impressionante, harmonia e emoção, o quarteto conquistou multidões de fãs por onde passaram e actualmente consolidam-se como um grande sucesso da música internacional.
Carlos

Conhecidos por cantarem novas versões de clássicos da música internacional, o grupo já gravou quatro CDs.
No Brasil, a música "Regressa a Mi" (versão espanhola de "Unbreak My Heart", cantada por Toni Braxton) tornou o grupo bastante conhecido, por ter sido incluída na banda sonora da novela América, da Rede Globo. Cantaram conjuntamente com Celine Dion, em "I Believe", com Toni Braxton em "Times of our Lives", tema do Campeonato Mundial de Futebol 2006 e foram convidados para 20 shows da tournée  de Barbra Streisand.
David

Com o lançamento do novo CD "The Promise" no final de 2008, Il Divo iniciou em Fevereiro de 2009 a sua nova tournée pelo mundo, totalmente renovada: novo palco, um show muito mais extenso com aproximadamente 24 músicas e dois intervalos, figurino de alta classe e totalmente refeito pelo estilista Giorgio Armani, isto tudo para atender os fãs apaixonados em 81 shows por todos os continentes, incluindo países de estreia como o Brasil, que foi presenteado com um show fantástico, no Credicard, São Paulo.
Sebastien









Em Portugal, continuamos expectantes pela presença e actuação dos Il Divo, que certamente não perderemos e que, com ou sem Armani, constituirão sempre uma benesse para os nossos olhos e para os os nossos ouvidos... 












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