quinta-feira, abril 26, 2012

MUSEU DO PÃO ( SEIA ) - Um Museu Único, na Serra da Estrela














1- Diversos tipo de pão; 2- Biblioteca,; 3-Fabrico do pão
4- Mercearia; 5- Transporte alternativo; 6- O Mundo
das Crianças; 7-Veículo de distribuição do pão;
8- Restaurante


É de dificuldade extrema definir a origem da cidade de Seia e ainda mais dificuldade agravada devida à ausência de referências documentais que, em regra geral assistem o nascimento das povoações. 


Para tal é necessário que nos socorramos das lendas e dos rumores e que aprendamos com as incertezas a que as tradições nos conduzem, de forma que as origens de Seia possam ser desvendadas. 


A maior parte dos historiadores assume como turdulense a origem mais provável e como data de nascimento as primeiras invasões ibéricas.


Devido à sua localização, distante das principais cidades do centro do país, Seia torna-se a "porta" natural e principal da Serra da Estrela, cujo turismo se assume como uma atividade em crescimento e procura contínua. 


Mas sobre esta Serra maravilhosa, que nos surge resplandecente ora no verde intenso da sua flora, ora na brancura da neve que cobre as suas zonas mais elevadas, falarei mais tarde. 


São muitos e diversos os laços que a ela me ligam. É nela que se inserem a maior parte das minhas raízes familiares.


Precisamente aqui, nesta linda cidade de montanha, Seia, o Museu do Pão ocupa um edifício construído de raiz com os materiais da região, inserido num conjunto monumental e paisagisticamente harmonioso, que integra alguns moinhos e padarias tradicionais recuperados. 


Trata-se do único museu do género da Península Ibérica e um dos poucos da Europa, possuindo cerca de 3.500 m2 de área coberta por três pisos de exposição com percurso semi-orientado, que o visitante poderá percorrer a bordo de um curioso comboio de três carruagens, do início do século XX.


O espaço pretende ser muito mais do que uma simples mostra de objetos ligados à história e ao fabrico do pão, procurando também afirmar-se como um espaço vivo de preservação dessa memória fundamental da região e do país, feita de saberes e de ofícios, que de outro modo se poderiam perder. 


É por isso que aqui o visitante pode descobrir as técnicas de fabrico e até fazer o seu próprio pão.


Dos objetos já recuperados para o museu destaca-se, por exemplo, uma das primeiras enfardadeiras mecânicas nacionais. 


O espólio, distribuído por quatro salas, inclui a reconstituição de uma antiga padaria tradicional, com mobiliário e objetos do início do século XX, a mostra de alfaias, cerâmica, numismática e iconografia.


Quem visitar o museu poderá ainda saborear as iguarias servidas no restaurante, que ocupa uma bonita sala de pedra. 


Aqui impera a gastronomia da região, com destaque para os pratos que têm o pão como base. Por um preço fixo, é possível saborear um buffet que inclui entradas, pratos quentes, de carne e peixe e sobremesas.


O visitante poderá ainda usufruir de uma excelente e acolhedora biblioteca e adquirir os produtos tradicionais da região da Serra da Estrela na mercearia, espaço que recria a atmosfera das mercearias antigas. 


As crianças têm uma sala só para elas, o Mundo das Crianças.



Mas, melhor do que as palavras, as imagens que se seguem poderão mostrar toda a originalidade e realidade deste nosso Museu do Pão, que aguarda a vossa visita...


Vista panorâmica de uma freguesia da cidade de Seia, Loriga

Até ao final do mês de maio, o Museu do Pão vai distribuir 25 toneladas de Pão São a cinco Bancos Alimentares Contra a Fome, de acordo com as necessidades apuradas. Lisboa receberá 11 toneladas, o Porto receberá seis, Setúbal terá direito a quatro e por fim, Aveiro e Faro serão contemplados com duas toneladas cada.


"São exemplos destes, inspiradores, motivadores e responsáveis, que nos mostram que a solidariedade dos portugueses está ativa e manifesta-se mesmo em tempos difíceis", palavras de Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.


CONTACTOS:
 Museu do Pão
Quinta Fonte do Marrão
6270 Seia
Serra da Estrela - Portugal
Telefone:+351 238 310 760
Fax:+351 238 310 769
E-mail: info@museudopao.pt
E-mail: museu@museudopao.pt

HORÁRIO:
De terça a domingo das 10h às 18h.
Sextas e sábados até ás 22 horas.
Encerra às segundas feiras.






domingo, abril 22, 2012

FESTA DA FLOR 2012 - Ilha da Madeira














A festa da Flor, que ocorre na primavera e quando as flores estão no seu melhor, é já há muitos anos, um dos maiores atrativos tanto para os turistas, como para os próprios madeirenses. Esta festa exuberante composta por carros alegóricos que desfilam no centro da cidade do Funchal, perfuma o ar com enorme multiplicidade de perfumes florais, espalhando assim uma atmosfera quase saída de um conto de fadas pelas ruas da Capital. As diferentes troupes que participam no desfile apresentam, todos os anos, as suas propostas acompanhadas de danças que compõem uma nova coreografia.

Recentemente acrescentou-se mais um elemento a esta festa. No Largo do Colégio foi erguido o chamado "Muro da Esperança" - um muro onde as crianças colocam as suas flores para construir um gigantesco muro de flores que simboliza a esperança de um mundo melhor.

Cidade do Funchal vista do mar

A Festa da Flor engloba ainda outras atividades tais como a conceção de tapetes de flores nas ruas, atribuição de prémios para a melhor montra, atuações de grupos de música tradicional, uma exposição de flores no Ateneu Comercial, concertos de música clássica e outros espetáculos.

Este evento mágico que teve início no passado dia 19 de abril, de manhã, com o Cortejo Infantil no qual centenas de crianças, vestidas a preceito desfilaram até à Praça do Município para ali comporem o belíssimo mural simbolicamente denominado "Muro da Esperança", encerrou-se hoje com o Grande Cortejo Alegórico, cujo desfile de carros alegóricos serão visíveis já no segundo vídeo que inseri no final desta publicação.


Afortunadamente tive já ocasião de assistir a esta Festa da Flor por mais de uma vez, e o seu deslumbramento de cores, alegria e perfumes, repete-se sempre de modos diferentes... 
São um encanto.







quarta-feira, abril 18, 2012

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE (1902-1987) - Apontamento de Poesia Contemporânea (Parte IX)




O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar...




Poeta, cronista, contista e tradutor brasileiro, Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, Minas Gerais, no dia 31 de outubro de 1902. A sua obra traduz a visão de um individualista comprometido com a realidade social.


Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Morais, Manuel Bandeira,
Mario Quintana  e Paulo Mendes Campos
Na obra poética de Carlos Drummond de Andrade, a expressão pessoal evolui numa linha em que a originalidade e a unidade do projeto  confirmam-se a cada passo. Ao mesmo tempo, também se assiste à construção de uma obra fiel à tradição literária que liga a paisagem brasileira à poesia culta ibérica e europeia.

Oriundo de uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade natal, em Belo Horizonte, e no Rio de Janeiro com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

Cartaz de uma entrevista de Julieta Drummond de Andrade a seu pai,
o escritor Carlos Drummond de Andrade

Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em Farmácia na cidade de Ouro Preto, em 1925. Com outros escritores fundou "A Revista" que, apesar de uma vida breve, tornou-se num importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e em 1934 transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Excelente funcionário, passou depois a trabalhar no Serviço de Património Histórico e Artístico Nacional, aposentando-se em 1962. A partir de 1954, colaborou como cronista no Correio da Manhã e, no início de 1969, no Jornal Brasil.

A obra poética de Drummond de Andrade é caracterizada pelo predomínio da individualidade. O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, "Alguma Poesia" (1930) e "Brejo das Almas" (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A característica dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. 
Monumento a Drummond de Andrade em Copacabana, Rio de Janeiro

Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, detem-se num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do percurso dos homens, sob um ponto de vista melancólico e cético. Mas, quando ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.

Daí surge o rigor, que toca a obsessão. O poeta trabalha sobretudo com o tempo, no seu brilho do quotidiano e subjetivo, no que destila do corrosivo, no que desmonta, dispersa, desarruma, do berço ao túmulo - do indivíduo ou de uma cultura.

Notícia da morte do escritor no Jornal do Brasil
Em "Sentimento do Mundo" (1940), em "José" (1942) e sobretudo com "A Rosa do Povo" (1945), Drummond  lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação da sua apreensão mais íntima para com a vida como um todo. A sucessão surpreendente das obras-primas, indica a maturidade plena do poeta, sempre presente em cada uma delas.

Alvo de uma admiração ilimitada, quer pela sua obra poética como pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte da sua única filha, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.


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Poemas de Drummond de Andrade:

1- Mãe; 2- José;  3-Memória; 4-O que se passa
na cama; 5-Confronto

Mãe

Por que é que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não se apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto do seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.



Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.



O que se passa na cama

(O que se passa na cama
é segredo de quem ama.)
É segredo de quem ama
não conhecer pela rama
gozo que seja profundo,
elaborado na terra
e tão fora deste mundo
que o corpo, encontrando o corpo,
e por ele navegando,
atinge a paz do outro horto,
noutro mundo: paz de morto,
nirvana, sono do pênis.

Ai, cama canção de cuna,
dorme, menina, nanana,
dorme onça suçuarana,
dorme cândida vagina,
dorme a última sirena
ou a penúltima...O pênis
dorme, puma, americana
fera exausta. Dorme, fulva
grinalda de tua vulva.

E silenciam os que amam,
entre lençol e cortina
ainda úmidos de sêmen,
estes segredos de cama.



Confronto

Bateu, Amor à porta da Loucura.
"Deixe-me entrar, pediu, sou teu irmão.
Só tu me limparás da lama escura
a que me conduziu a paixão"

A Loucura desdenha recebê-lo,
sabendo quanto o Amor vive de engano,
mas estarrece de surpresa ao vê-lo, de humano que era,
assim tão inumano.

E exclama: "Entra correndo, o pouso é teu".
Mais que ninguém mereces habitar
minha casa infernal, feita de breu.
Enquanto me retiro, sem destino,
pois não sei de mais triste desatino
que este mal sem perdão, o mal de Amor".












terça-feira, abril 17, 2012

PIERMARIO MOROSINI (1987-2012) - O Mundo Inteiro Chorou...









O Mundo chorou esta estória triste, do jovem de vida triste...
Um enorme louvor aos companheiros e amigos, que de modo exemplarmente generoso,
souberam contribuir para o seu sossego eterno.
Descanse em paz.







segunda-feira, abril 16, 2012

A MAGIA DA DANÇA (PARTE VII) - El Flamenco, Património Oral e Imaterial da Humanidade (UNESCO)











O Flamenco é um género de música, canto e dança da Andaluzia, no sul de Espanha, famoso pelo seu estilo enérgico e muito marcado (staccato). Oriundo da Andaluzia, aqui cresceu nos seus diversos estilos de dança e cantares, influenciado pela música e dança dos ciganos, um dos povos que primeiro habitaram  a Andaluzia, a par com os mouros.

Andaluzia, Espanha

O cante (canto), toque (violão), dança (baile) e palmas (palmas), são as principais facetas do Flamenco. Mais recentemente introduziram-se outros instrumentos  como o cajón (adufe, em português) e as castanholas. Nos últimos anos, o Flamenco tornou-se popular em todo o mundo e é ensinado em muitos países. No Japão, o Flamenco é tão popular que ali existem mais academias do que em toda a Espanha.

Dançarinos de Flamenco

Em 16 de novembro de 2010, a Unesco classificou o Flamenco como uma das "Obras-Primas do Património Oral e Imaterial da Humanidade".

Discutem-se não só as origens do Flamenco, mas também as origens do próprio nome. As teorias são muitas, mas nenhuma apresenta evidências sólidas. Sabe-se que a palavra Flamenco só foi registada em finais do século XVIII, e que em espanhol significa flamingo. A sua dança, semelhante à forma do elegante pássaro, nativo não só do sul de Espanha como também  encontrado ao longo das rotas migratórias do povo cigano por todo o norte de África até à sua origem na Índia, pode muito bem ter sido originada ou influenciada pelo expressivo Khatak, dança ritual do noroeste da Índia. O termo flamenco teria sido eventualmente  um rótulo espanhol para definir esta dança. 

O Flamenco não foi considerado uma forma de arte, sobre a qual valesse a pena escrever, durante muito tempo. Durante a sua existência, esteve dentro e fora de moda muitas vezes. 

Após a queda de Granada, em 1492, tomada pelos exércitos de Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela (os Reis Católicos), os judeus e mouros coagidos pela inquisição a tornarem-se católicos, num número de cerca de 50.000, recusaram batizar-se, dando origem a uma revolta que os levou a serem deportados para África, ou simplesmente eliminados. Em consequência desta situação, assistiu-se à fuga de mouros, ciganos e judeus para as montanhas e regiões rurais.

Tocador de Guitarra de Flamenco

Foi nesta situação económica e socialmente difícil que as culturas musicais destes povos se começaram a fundir, dado origem ao que seria a forma básica do Flamenco: o cantar dos mouros, expressava a sua vida difícil, as danças, os diversos compas (estilos rítmicos), e palmas ritmadas marcavam os movimentos de dança básicos.

Durante a chamada época de ouro do Flamenco, entre 1869 e 1910, o Flamenco desenvolveu-se rapidamente nos chamados "cafés cantantes". Os dançarinos tornaram-se também na principal atração para o público destes cafés. Ao mesmo tempo, os guitarristas que acompanhavam os dançarinos, foram-se tornando famosos e assim nasceu um arte própria, a guitarra do flamenco.

Tocador de Guitarra (Manet) e Bailarina de Flamenco

A guitarra flamenca é muito semelhante à guitarra cássica, são ambas descendentes do alaúde. Calcula-se que teriam aparecido em Espanha pela primeira vez no século XV. A guitarra de flamenco tradicional é feita de madeira de cipreste e abeto, é mais leve e mais pequena do que a guitarra clássica, com o objetivo de produzir um som mais agudo.

O Flamenco é atualmente dividido em três categorias:
  • Flamenco Jondo ou flamenco antigo, é a forma mais tradicional do Flamenco.
  • Flamenco Clássico, tocado de forma mais moderna e que utiliza técnicas novas tanto para a guitarra como para a dança.
  • Flamenco Contemporâneo, que se trata da junção do flamenco jondo e clássico com o jazz e o fusion.
As categorias do Flamenco ainda se subdividem em palos. Palos são as estruturas rítmicas características do Flamenco. Alguns exemplos: Soleá, Malagueña, Bulerias, Bolero, Calliano, Rumbas, Sevillanas, Jondo, Tientos e Tarantas.
Tablao de Flamenco

Uma tradição permanece firme no seu lugar: os cantaores (cantores) são a alma e o coração do desempenho.


A Peña Flamenca é um local de encontro e reunião de um agrupamento de músicos ou artistas de Flamenco.


Existem ainda os Tablao, que são estabelecimentos que se desenvolveram na década de 1960 em toda a Espanha, para substituir o "café cantante".

Os tablaos podem ter companhias de artistas próprias para cada show. Muitos dos artistas de renome mundial começaram as suas carreiras em "tablaos flamencos", como o famoso cantor Miguel Poveda, que começou em "El Cordobés", em Barcelona.

O Flamenco, hoje, é ainda apresentado em concertos profissionais, mais formais, apenas com um cantor e guitarra. Os shows de dança, incluem geralmente duas ou três guitarras, um ou mais cantores e um ou mais dançarinos. O chamado Nuevo Flamenco, pode incluir flautas ou saxofones, piano e outros teclados, ou mesmo a guitarra baixo e a guitarra elétrica. Camarón De La Isla, foi um artista que popularizou este estilo.

Manuel Falla

Finalmente. há ainda a apresentação teatral do flamenco. Este Flamenco é agora fruto de um desempenho sofisticado e prolongado, semelhante à apresentação de uma companhia de ballet, como o "Pagès Maria Company".


Em 1922, um dos maiores escritores espanhóis, Frederico Garcia Lorca e o compositor de renome Manuel de Falla, organizaram "Fiesta del cante jondo", dedicada ao Flamenco numa altura em que este se encontrava fora de moda.

Dois dos poemas mais importantes de Lorca, "Poema del cante jondo" e "Romancero gitano", mostram a fascinação que este tinha pelo Flamenco.


Na atualidade, os autores de Flamenco mais conhecidos, são: Paco de Lucia, Camerón De La Isla, Vicente Amigo, Tomatito, Niña Pastori, Paco peña, José Mercé e Rocio Márquez, nas diversas variantes de estilo do Flamenco.


Café Cantante em Sevilla, Espanha


Procurei inserir alguns vídeos, exemplos do Flamenco, das sua danças e cantares, da sua evolução. Confesso que não foi tarefa fácil. Espero que gostem...






CARMEN AMAYA ( Anos 30):

JOAQUIN CORTES (Atual):

PACO DE LUCIA(Atual):




terça-feira, abril 10, 2012

TITANIC (1912) - A Viagem Memorial dos 100 Anos (2012)















O navio que no passado dia 8, domingo de Páscoa, partiu de Southampton, não se chama "Titanic", mas "Balmoral". Quanto ao resto tudo foi planeado segundo a memória da viagem de há 100 anos - a data da partida, o número de passageiros a bordo, a rota será a mesma, o destino é Nova Iorque. E para a hora em que o acidente ocorreu, pelas 15h45 do próximo domingo (hora de Lisboa), está prevista uma cerimónia de homenagem a bordo.

O "Balmoral já se encontra em alto-mar, a percorrer o trajeto previsto para o colossal "Titanic", afundado há 100 anos após a colisão com um iceberg. A bordo, seguem familiares das vítimas do naufrágio.

Não faltam os trajes a rigor, enquadrados por todo um ambiente do século passado. A 15 de abril de 1912, aquele que foi considerado o navio mais imponente do mundo, colidiu com um iceberg e afundou-se durante a viagem inaugural, tendo morrido mais de 1500 pessoas, entre passageiros e tripulantes, como foi largamente divulgado. Agora, decorrido um século e em memória da monstruosa tragédia, muitos quiseram recordar o que então aconteceu.

Eram 15h45 do dia 8 de abril quando o "Balmoral" partiu do sul de Inglaterra, e entre os passageiros houve quem trouxesse coroas de flores e outros objetos que pertenceram aos familiares desaparecidos na tagédia. Para essas pessoas, esta viagem é também um encontro com a sua história, a história de familiares que, em busca do sonho americano ou de uma viagem de sonho, embarcaram no luxuoso "Titanic".

A bordo do "Balmoral" estão agora pessoas oriundas de mais de 20 países, entre familiares de vítimas, historiadores, escritores e outras pessoas que se deixaram fascinar pela história do "Titanic". Irão comer refeições preparadas a partir do menu original, terão palestras sobre a viagem. "Estou certo que o meu avô, que viajava na primeira classe, estaria orgulhoso pelo facto de a sua história ser partilhada nesta viagem histórica", declarou à BBC Philip Littlejohn, neto do passageiro do "Titanic", Alexander James Littlejohn, que sobreviveu por ter conseguido embarcar no salva-vidas número 13.

A viagem irá incluir uma visita ao local onde se encontram os destroços do malogrado navio. "Será um momento muito especial", afirmou Philip Littlejohn. Deste Local o "Balmoral" seguirá para a Nova Escócia, onde foram sepultadas algumas vítimas do "Titanic", e depois para Nova Iorque. Durante a viagem, os passageiros serão brindados com a presença de uma orquestra que interpretará os temas que igualmente se ouviram no "Titanic".


Também Jane Allen, sobrinha-neta de uma das vítimas, quis participar nesta viagem, por isso comprou o bilhete que lhe custou 6000 libras (cerca de 7270 euros). "Não penso que esta seja uma viagem macabra", disse à estação britânica. "Estive em cemitérios da Primeira Guerra Mundial e da Segunda, e penso que recordar é sempre importante".


Igualmente Peter Hill, de 61 anos, que embarcou com a mulher Lynda, confessou ter uma ligação especial ao "Titanic" e a esta viagem: "O meu avô era um financiador e perdeu muito dinheiro quando o navio se afundou. Era um homem muito rico, mas teve que vender duas quintas para pagar os prejuízos". Confessou ainda, ter na estante de sua casa, 38 livros só sobre o"Titanic".


No site dedicado a esta viagem, a norte-americana Sharon Willing escreveu: "Quero poder lançar flores no sítio onde o meu avô morreu".


Um dos organizadores do cruzeiro, Miles Morgan, declarou, à comunicação social, que demorou cinco anos a preparar a viagem, "para que fosse o mais autêntica possível e uma homenagem aos que nela perderam a vida".












domingo, abril 08, 2012

"PIB" OU "FIB"? - Butão, o Reino da Felicidade












Ignorada pelos roteiros turísticos tradicionais, Paro é a entrada para o Butão, pequeno reino do Himalaia, localizado entre os gigantes China e Índia, na Ásia. Paro não é a capital - a sede administrativa é Thimphu -mas a única cidade que tem aeroporto. A 2.250 metros acima do nível do mar, o vale é também um dos principais pontos de partida para algumas montanhas mais altas do mundo, como Gangkar Puensum (7541 metros acima do nível do mar) e a Jumolhari (7314).

Reino do Butão

Uma das nações mais pobres do globo, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), o Butão também figura entre as dez mais felizes, segundo pesquisa da University of Leicester, no Reino Unido. O país tem fome zero, analfabetismo zero, índices de violência insignificantes e nenhum mendigo nas ruas. Não há registo de corrupção administrativa e o povo adora o rei, Jigme Khesar Namgyal Wangchuck, o quinto em cem anos de monarquia (1907-2007).

A Felicidade é levada a sério no país - único no mundo a ter Gross National Happiness (Felicidade Interna Bruta, FIB, tradução para o português) como política pública. Cabe ao Estado prover as condições necessárias para que a população possa concentrar-se na busca da felicidade, por meio dos ensinamentos do Budismo, religião oficial do país.

Mosteiro de Cheri

O Butão tem uma população de 2,3 milhões de habitantes, segundo o último censo, abrigados nos 38,4 mil quilómetros quadrados da superfície do seu território. Os butaneses são simples, hospitaleiros e muito gentis. Não apresentam os sinais de stresse, pressa e impaciência, tão comuns na cultura ocidental. A uma pergunta do tipo: "posso fazer isto?", eles respondem invariavelmente o mesmo: "se isso te faz feliz,sim". O salário mínimo no Butão é de 100 euros mensais.

A arquitetura e o artesanato são das maiores atrações no Butão. Em cada distrito (20.000 no total), existe um "Dzong", antigos fortes usados hoje como sedes administrativas, assim como os "Chortens", pequenos templos construídos para abrigar imagens do Buda e relíquias religiosas. O artesanato e o vestuário têm  também tradição milenar. Peças de prata e cobre, tecidos criados no tear, bordados feitos à mão, pinturas em madeira, de fundo religioso, enfeitam todas as casas e estão à venda nas lojas do país.

Cidade de Paro

Mas foi neste minúsculo Butão, país encravado na Ásia e aos pés da cordilheira do Himalaia, que este conceito de Felicidade Interna Bruta surgiu há mais de trinta anos e que engloba não só o crescimento económico, mas também as dimensões sociais, ambientais espirituais e culturais do desenvolvimento.

Na Conferência Nacional sobre o FIB, realizada no final de outubro em São Paulo, Brasil, o coordenador das pesquisas sobre o FIB no Butão, Karma Dasho Ura, explicou como é composto este índice: "Analisamos as 73 variáveis que mais contribuem para a meta de atingir o bem-estar e a satisfação com a vida". Essas variáveis estão contempladas em nove itens gerais:

Família butanesa

  1. Bom padrão de vida económico
  2. Gestão equilibrada do tempo
  3. Bons critério de governança
  4. Educação de qualidade
  5. Boa saúde
  6. Vitalidade comunitária
  7. Proteção ambiental 
  8. Acesso à cultura
  9. Bem-estar psicológico.
Para Dasho Ura, a "felicidade das pessoas deve ser o objetivo das políticas públicas do governo". Outro convidado do evento, entre outros, foi Michael Pennock, diretor do Observatório para Saúde Pública em Vancouver, no Canadá, que expôs uma situação semelhante no seu país: " Ficamos mais prósperos, mas perdemos a sensação de vida em comunidade.

Festival no Butão


Não somos mais felizes e estamos a destruir o planeta", afirmou.


Ao informar que está em desenvolvimento o índice Canadense de Bem-Estar, baseado na estrutura da FIB, Pennock afirmou: "Precisamos repensar as nossas noções básicas de progresso, pois, a partir de certo ponto, a prosperidade não traz o aumento da felicidade nem do bem-estar".


Quanto ao historial do Reino do Butão, não se lhe conhece qualquer registo até ao século VII. Acredita-se que o país era inabitado até ao ano 2000 a.C. No século VII, o rei do Tibete Songtsen Gambo, construiu os dois primeiros mosteiros do país o Kyichu Lhkhang, em Paro, e o Jambay Lakhang, na cidade de de Bhumtang. Os templos colocaram o Butão no mapa do Budismo. Até ao século XX, o Butão foi regido pela filosofia budista, pelas suas diretrizes administrativas, sociais, morais e legais. Somente em 1907 o país coroou o primeiro rei, Jigme Thinley, em março de 2008. Quatro meses depois o país promulgou a sua primeira Constituição.

Família real do Butão


Presentemente o rei só se pronuncia quanto às questões de segurança nacional. As demais decisões cabem ao primeiro-ministro.

Mesmo assim a figura do rei, mais precisamente a família real, está presente em todas as casas, festividades e comemorações públicas do país, com grande simpatia por parte da população.

        

Poderão os políticos deste mundo conturbado, seguir o exemplo?...PIB ou FIB?










terça-feira, abril 03, 2012

BOM FILHO A CASA TORNA - ROCK IN RIO LISBOA 2012 (Lisboa)









O festival Rock in Rio Lisboa vai decorrer este ano nos dias 25 e 26 de maio e de 1 a 3 de junho, no já habitual Parque da Bela Vista e após uma pausa de dois anos.

Cidade do Rock - Parque da Bela Vista, Lisboa
O Rock in Rio é o maior evento de música e entretenimento de todos os tempos,contando já com 10 edições realizadas no Brasil, Portugal e Espanha que reuniram  perto de 6 milhões de pessoas.

Utilizando a música como linguagem universal que une as pessoas em todo o mundo, o Rock in Rio é um veículo de comunicação de emoções e causas. Um dos seus pilares é é o Projeto Social, que em Portugal tem como parceira a SIC Esperança. 

Lançado em 2001, no Rio de Janeiro, o Projeto POR UM MUNDO MELHOR nasceu para, através da música, chamar a atenção das pessoas e sensibilizá-las para que ajudem a melhorar as condições sociais através das mais simples atitudes quotidianas.

Street Rock

A partir da edição de 2006 a organização considerou que as questões ambientais eram urgentes e promoveu várias ações sobre as Alterações Climáticas e a Sustentabilidade.

Ao longo dos últimos 10 anos, o Rock in Rio gerou 5.103.354,43 euros para diversas ações socio-ambientais. Essa é a prova de que decisão e compromisso com pequenas ações no dia a dia podem efetivamente fazer do mundo um lugar melhor para todos.


Até 2013 o objetivo passa por expandir o evento para mais um país da América Latina e tornar o Rock in Rio uma das principais marcas mundiais de música, criando subprodutos da marca que possam estar presentes nos vários mercados onde o evento já se encontra.


O Rock in Rio foi internacionalizado em 2004 com a primeira edição do Rock in Rio Lisboa, em Lisboa, Portugal. A organização foi similar à edição de 2001 no Brasil, tendo sido distribuído pelos 200 mil metros quadrados do Parque da Bela Vista, o "Palco do Mundo" (palco principal), a "Tenda Raízes", "Tenda Mundo Melhor" e a "Tenda Eletrónica".


Participaram mais de 70 artistas ao longo de cinco dias de festival, e o evento foi um sucesso, recebendo mais de 385 mil espectadores. Entretanto os mídia brasileiros e o público foram totalmente contra a realização do festival no país, mas também foram totalmente ignorados por parte de Roberto Medina e seus projetos ambiciosos.


Em 2006, foi realizada a segunda edição do Rock in Rio Lisboa, no mesmo local, entre 26 e 27 de maio e 2, 3 e 4 de junho.

O Rock in Rio Lisboa foi realizado pela terceira vez no Parque da Bela Vista em Lisboa, entre 30 e 31 de maio e 1, 5 e 6 de junho de 2008. Nos dias 27 e 28 de junho e entre 4 e 6 de julho do mesmo ano, foi ralizado em Aranda del Rey, Madrid, Espanha, com o Rock in Rio Madrid. 

No caso da edição portuguesa, o palco Hot Stage foi substituído pelo palco Sunset Rock in Rio, um espaço dedicado a apresentações conjuntas de artistas e bandas, na maioria portugueses, de vários estilos musicais, em formato de jam sessions. 

No cartaz do festival, em Lisboa, estão confirmados os nomes de Metallica, Evanescence, Mastodon, Sepultura (25 de maio), Smashing Pumpkins, Linkin Park, The Offpsring, Limp Bizkit (26 de maio), Lenny Kravitz, Maroon 5, Ivete Sangalo, Expensive Soul (1 de junho), Bruce Springsteen, Xutos e Pontapés e James (3 de junho).

Para o cartaz ficar completo, falta ainda anunciar o nome dos artistas que pisarão o Palco do Mundo (palco principal do festival) no dia 2 de junho. Contudo, no site oficial do Rock in Rio, já se apontam nomes para a cabeça de cartaz desse dia: Shakira, Justin Bieber, Rhianna ou Stevie Wonder.

Pelo Rock in Rio Lisboa vão também passar disc-jokeys portugueses, britânicos, norte-americanos e brasileiros.

A grande novidade do Rock in Rio Lisboa 2012, é a "Rock Street", uma rua cenográfica com um ambiente inspirado em Nova Orleães, que vai levar à cidade do Rock concertos de vários tipos de música como jazz e blues. Os artistas? Músicos de rua.

A organização quer criar na "Rock Street" um ambiente espontâneo, com músicos a tocar na rua e outros artistas com vários e diferentes talentos. Querem malabaristas, acrobatas, mágicos, homens estátua, cartomantes, caricaturistas, entre outros. Para encontrar estes talentos está a decorrer, no site oficial do festival, um passatempo que dá oportunidade a qualquer pessoa de participar no casting que vai selecionar os artistas de rua que irão atuar na "Rock Street".

Mais duas edições do Rock in Rio no Brasil já foram confirmadas: o Rock in Rio 5, que acontecerá em 2013, e o Rock in Rio 6, que acontecerá no ano de 2015.



Como chegar:
Avião
No Aeroporto Internacional de Lisboa, a 7 kms do centro da cidade, chegam e partem diariamente voos para as maiores cidades da Europa e do resto do mundo. As companhias aéreas portuguesas, TAP Portugal e Portugália Airlines, bem como as mais prestigiadas companhias internacionais, voam de e para Lisboa.



Comboio
Comboios nacionais e internacionais chegam diariamente a Lisboa. Para além do terminal ferroviário de Santa Apolónia, Lisboa conta com outro terminal adjacente ao Parque das Nações, a Gare do Oriente. Ambos os terminais têm ligações diretas de autocarros ou metropolitano para a Cidade do Rock - Metro Bela Vista.



Barco
O Porto de Lisboa é o porto mais ativo da costa atlântica europeia. Está equipado com três cais para navios-cruzeiro: Alcântara, Rocha do Conde de Óbidos e Santa Apolónia. Por outro lado, a cidade tem várias marinas para barcos de recreio nas docas de Belém, Santo Amaro, Bom Sucesso, Alcântara e Olivais.


Um evento que orgulha Portugal, e que ninguém deve perder. Lá estarei...









domingo, abril 01, 2012

HOJE, SÓ HOJE, PODEMOS "MENTIR"... - 1 de Abril de 2012










Hoje, só hoje, podemos "mentir"...
"Mentira".Todos os dias  mentimos, os amigos mentem, o comerciante ou o funcionário também o fazem, uns mais outros menos e de maneiras diversas. A encabeçar esta lista, claro, os políticos. Esses mentem, e de que maneira...Ossos do ofício.

Postais de "Poissons d'avril"

Mas não é sobre esta espécie de mentira que gostaria de dissertar um pouco, mas sim sobre a "mentira" ou "peta" com que usualmente e por brincadeira, enganamos os nossos amigos e conhecidos, e que nos permite apelidá-los de tolos. E que hoje comemora o seu dia.

Segundo as regras, a mentira neste dia deve ser pregada por diversão, sem qualquer intuito de maldade. É o dia de se pregarem "partidas". E estas "partidas" têm regras:


  1. Não se pode magoar ou fazer mal à pessoa, alvo da partida.
  2. A vítima tem de acreditar ( ou não estar à espera).
  3. A vítima, quando descobre, tem pelo menos de sorrir.
  4. Nessa altura deve-se gritar: "1.º de abril!".
Carlos IX de França

A origem deste "dia da mentira, dia das petas, dia dos tolos ou dia dos bobos", parece confusa e com diversas explicações. Uma delas diz-nos que a "brincadeira" surgiu em França, primeiramente. Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado no dia 25 de março, data que assinalava a chegada da primavera. Estas festas duravam uma semana e terminavam no dia 1 de abril.

Em 1564, com a adoção do Calendário Gregoriano, o rei Carlos IX de França, determinou que o Ano Novo seria comemorado no dia 1 de janeiro. Alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o ano se iniciaria em 1 de abril. Os gozadores passaram então a ridicularizá-los, a enviar presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. Estas brincadeiras ficaram conhecidas como plaisanteries.

Uma outra explicação francesa, diz também que este dia é conhecido como poisson d'avril, dia em que dantes fechava a época da pesca e era a última hipótese para os pescadores que não tinham pescado nada. Então atiravam-se peixes aos rios para os livrarem da vergonha de não levarem nada para casa. Neste dia, as crianças fazem um jogo típico que consiste em colar ou pregar um peixe recortado em papel nas costas de alguém, sem essa pessoa dar por isso. Quando ela descobre, gritam: "Poisson d'avril! Poisson d'avril!".

Árvore produtora de "spaghetti"

Nos países de língua inglesa o dia da mentira costuma ser conhecido como April Fool's Day. No Brasil, o primeiro de abril começou a ser difundido em Minas Gerais, onde circulou "A Mentira", um jornal de curta duração, lançado em 1.º de abril de 1828, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. "A Mentira" saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1.º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.

Alinhamento dos planetas Júpiter e Plutão

Como consequência deste dia da mentira, surgiram partidas que se tornaram famosas em todo o mundo. Algumas destas partidas incluem:
  • Em 1957, a BBC emitiu uma peça jornalística sobre uma árvore que dava spaghetti, na Suíça.
  • Em 1976, Patrick Moore, astrónomo, anunciou que um alinhamento gravitacional entre Júpiter e Plutão às 9h47 reduziria a gravidade terrestre e seria possível flutuar.
  • A rede de restaurantes fast-food Burguer King publicou em 1998 um anúncio a promover um novo "hambúrguer para canhotos".
  • O diário britânico "The Independent" anunciou em 2011 que Portugal havia vendido Cristiano Ronaldo a Espanha por 160 milhões de euros.

Suposta venda de Ronaldo a Espanha, por 160 milhões



Junto a esta publicação dois vídeos, exemplos de partidas deste dia da mentira.


O primeiro referente ao noticiário da televisão portuguesa  e o segundo portador de uma "mensagem" do Google, emitida por ocasião do 1 de abril de 2011.

Divirtam-se hoje, mas só isso...














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