sábado, abril 25, 2015

ESTA É A HISTÓRIA DO CRAVO VERMELHO DA REVOLUÇÃO DE ABRIL - Dia 25 de Abril de 2015










Celeste Martins Caeiro, nascida no dia 2 de Maio de 1933,  foi a mulher que, no dia 25 de Abril de 1974, distribuiu cravos pelos militares que levavam a cargo o golpe de estado para derrubar o regime ditatorial liderado por Marcelo Caetano, movimento este que ficou conhecido pela Revolução dos Cravos ou ainda Revolução 25 de Abril.

Celeste Caeiro trabalhava, à altura da Revolução, num restaurante na Rua Braancamp em Lisboa. O restaurante, inaugurado a 25 de Abril de 1973, fazia um ano de abertura nesse dia, e a gerência planeava oferecer flores para dar às senhoras clientes, e um Porto aos cavalheiros. 

Nesse dia, todavia, como estava a decorrer o golpe de estado, o restaurante não abriu. O gerente disse ao funcionários para voltarem para casa, e deu-lhes os cravos para levarem consigo, já que não poderiam ser distribuidos pelas clientes. Cada um levou um molhe de cravos vermelhos e brancos que se encontravam no armazém.



Ao regressar a casa, Celeste apanhou o metro para o Rossio e dirigiu-se ao Chiado, onde se deparou imediatamente com os tanques dos revolucionários. Aproximando-se de um dos tanques, perguntou o que se passava, ao que um soldado lhe respondeu "Nós vamos para o Carmo para deter o Marcelo Caetano. Isto é uma revolução!". 

O soldado pediu-lhe, ainda, um cigarro, mas Celeste não tinha nenhum. Celeste queria comprar-lhes qualquer coisa para comer, mas as lojas estavam todas fechadas. Assim, deu-lhes as únicas coisas que tinha e que lhes podia oferecer: os molhos de cravos, dizendo "Se quiser tome, um cravo oferece-se a qualquer pessoa". 

O soldado aceitou e pôs a flor no cano da espingarda. 

Celeste foi dando cravos aos soldados que ia encontrando, desde o Chiado até ao pé da Igreja dos Mártires...







Sem comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...