sábado, abril 30, 2011

UM LUGAR DO EDEN - Quinta da Regaleira






A história da Quinta da Regaleira, hoje Casa Museu Quinta da Regaleira e património da Unesco, remete-nos a 1697, quando José Leite era dono e senhor de uma vasta propriedade nos arrebaldes da serra de Sintra, perto da Vila de Sintra. Cerca de dois séculos mais tarde, por volta de 1892, os barões da Regaleira,  donos à época desta propriedade, venderam esta herdade a António Augusto Carvalho Monteiro, conhecido pela alcunha de o "Monteiro dos Milhões", pela quantia de 25 contos de réis.
Mapa da Quinta
A - Entrada dos Guardiães e Terraço Celeste.
B - Poço iniciático, uma galeria subterrânea em espiral, por
onde se descem nove patamares até às profundezas da terra.
C - Capela da Santíssima Trindade, com uma riquissima
fachada.
D - Lago dos Cisnes e Banco 515, na Gruta da Catedral.
E - Torre da Regaleira, construída para dar a quem sobe a
ilusão de se encontrar no eixo do mundo

Nascido no Brasil, herdou de seus pais, emigrantes afortunados pelas benesses do café, da borracha e de pedras preciosas, uma enorme fortuna. Muito novo, embarcou para Portugal para estudar, licenciando-se em leis pela Universidade de Coimbra. Fez-se um homem de grande cultura, muito bom conhecedor das artes mais ou menos esotéricas, tornou-se também coleccionador e foi-lhe atribuída a posse da maior colecção camoniana jamais reunida em Portugal, ao tempo.

Altruísta e excêntrico, contratou e influenciou o arquitecto italiano Luigi Manini a quem encomendou o que hoje se pode observar: luxuriantes jardins, lagos, grutas e construções enigmáticas que ocultam significados alquímicos. Vários hectares, cheios de simbologia isotérica, de braço dado com estilos que vão do Romântico, Gótico, ao Renascentista e Manuelino, sentindo-se também muita influência Maçónica, Templária e Rosa-Cruz. Enfim, um lugar todo ele mágico, único no género em todo o mundo, aqui à nossa beira, no Monte da Lua, designação esotérica dada à serra de Sintra.

Escultura  do Patamar dos Deuses

Cinquenta anos mais tarde, já com as características actuais, a quinta foi vendida a Waldemar d'Orey que, por sua vez, em 1987, a voltou a vender a uma empresa japonesa Aoki Corporation, que manteve esta propriedade inactiva por um período de dez anos. Em 1997, e depois de Sintra ter sido classificada Património Mundial, pela UNESCO em 2002, a Câmara Municipal adquiriu este valioso património, fez-lhe exaustivas obras de recuperação, findas as quais a quinta foi finalmente aberta ao público, como centro de actividades culturais.

A visita a todo este universo começa junto ao chamado Patamar dos Deuses, terraço onde estátuas de vários seres divinos estão alinhadas ao longo do caminho. Daqui parte-se para uma visita ao interior dos jardins onde a cada momento o visitante é surpreendido por lagos, fontes, torres, terraços, grutas e muito elementos simbólicos.

Românticos de concepção, os Jardins da Regaleira são constituídos por uma mistura de plantas e árvores, trazidas das mais variadas partes do globo: o passeio pelos jardins e pelo bosque faz-se  quase exclusivamente por caminhos de ascensão. A certa altura do percurso surge, num dos lugares mais bonitos da mata, um aglomerado de pedras  que esconde uma porta de pedra, disfarçada. Essa porta transporta-nos para um dos lugares mais impressionantes da quinta - o fantástico poço iniciático, que, como se fosse uma torre invertida, nos leva ao interior da terra.

Poço iniciático

De quinze em quinze degraus descem-se os nove patamares circulares do poço, recriando o ritual em que se descia ao abismo da terra ou se subia em direcção ao céu, consoante a natureza do percurso iniciático escolhido. Os nove patamares aludem aos nove círculos do Inferno, às nove secções do Purgatório e aos nove céus do Paraíso, que Dante consagrou na Divina Comédia. Lá no fundo, a carga dramática acentua-se.

Gravada em embutidos de mármore em tons rosa, sobressai a grande cruz da ordem dos Templários, aliada a uma estrela de oito pontas, afinal o emblema heráldico de Carvalho Monteiro. É neste último patamar que entramos num conjunto de grutas que nos conduzem ao exterior, em autênticos labirintos, pelo mundo subterrâneo, aqui e além porventura povoado de morcegos. De construção artificial, na sua maioria, estas galerias aproveitam, no entanto, as características geológicas da mancha granítica da serra de Sintra. Uma vez cá fora, espera-nos a luz e um cenário habitado por animais fantásticos, cascatas de água e passagens de pedra que parecem flutuar à superfície dos lagos.

Lago da Cascata

Depois desta experiência tão marcante misticamente, o passeio continua, cada vez mais deslumbrante até chegar à Capela da Santíssima Trindade. Com uma única nave, este templo segue a mesma linha decorativa que reveste o palácio, assentando, sobretudo no revivalismo do gótico e do manuelino. Foi aqui que, durante alguns dias, repousaram os restos mortais do próprio Carvalho Monteiro, em câmara ardente, quando do seu falecimento.

Mas a Capela revela uma outra surpresa, escondida de olhares menos atentos: umas escadas estreitas situadas à entrada do lado direito, descem em espiral até à cripta. Trata-se, na verdade, de outro templo, de decoração despojada, com pavimento revestido de mosaico, em xadres preto e branco, completamente mergulhado na escuridão, propício à meditação e à comunhão com os mortos.

Capela da Santíssima Trindade

Muito perto e um pouco mais acima, encontra-se finalmente o palácio, de onde se tem uma vista soberba do vale onde se estendem os jardins, da serra e do Palácio da Pena. O monograma de Carvalho Monteiro destaca-se na fachada do edifício, todo ele ligado por cordas, nós, laçadas e frisos, num manifesto recurso ao uso do estilo manuelino.

A arte gótica convida-nos a olhar para cima: o edifício desafia as leis da gravidade, e prolonga-se em direcção ao céu, numa sucessão de capitéis, gárgulas e pináculos ogivais, muitos deles quase imperceptíveis.

Torre da Regaleira














A visita a esta estranha quinta, tão intrigante como maravilhosa, termina no interior do palácio onde se destaca o lindíssimo pavimento polícromo de mosaico veneziano.


Riquíssimo nos seus ornamentos, este palácio actualmente alberga exposições das mais variadas formas de arte.



Quando a visita termina, fica-nos a sensação de que ainda teremos que voltar, porque algo ficou por ver...











sexta-feira, abril 29, 2011

CASAMENTO REAL - Príncipe William e Kate Middleton













Muitas felicidades para o real casal Kate e William. Sejam felizes para sempre...
Parabéns!







quinta-feira, abril 28, 2011

sábado, abril 23, 2011

CASAMENTO REAL - Convite






A Casa Real Britânica convida qualquer pessoa para assistir ao casamento do príncipe William e Catherine Middleton, no próximo dia 29 de Abril, pelas 10 horas da manhã, hora de Londres. Ao vivo pelo Canal Real, que mantém no Youtube, Livestream.

Transmissão do Royal Channel

Quanto aos convidados oficiais deverão ser cerca de 1. 900 e englobam desde chefes de estado e casas reais, aos amigos pessoais do príncipe, colegas do tempo de serviço militar.

A contagem final para a realização do grande evento já começou, e os preparativos e entusiasmos britânicos atingem níveis como há muito não se viam em Inglaterra. Quase todos os pormenores teem sido divulgados, com excepção dos que respeitam ao vestido de noiva. Sigilo absoluto. 

Mesmo, ao que parece, extensivo ao próprio noivo, príncipe William. Total e absoluto respeito pelas velhas tradições.
William e Kate

Claro, as especulações amontoam-se, sobre qual será o ou a  estilista preferido. Segundo o jornal "Daily Mail", terá sido a própria Kate a criadora do seu vestido, tendo entregue a sua execução à estilista Sophie Cranston que o deverá confeccionar no Palácio de Buckingham, a fim de que toda a privacidade seja mantida.
Vestido de Noiva eventual, atribuído pelo "Daily Mail"









Os amigos também revelaram que a noiva pretende usar, no grande dia, brincos de diamantes e pérolas, assim como uma tiara deslumbrante, emprestada pela rainha Isabel II.

Cá estaremos para ver e comentar, tal como o fizemos quando do anúncio do noivado do futuro casal real.







Nota:
Para ver esta mensagem ou qualquer outra do blog, no seu idioma, basta clicar na bandeira escolhida, do tradutor da barra lateral.





terça-feira, abril 19, 2011

PAIXÃO DE CRISTO






Narração da Paixão Segundo São Mateus:

Agonia no Horto:
"...Então Jesus chegou com eles a um lugar chamado Getsemani e disse aos seus discípulos: «Ficai aqui enquanto Eu vou além orar». E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-Se e a angustiar-Se. Disse-lhes então: «A minha Alma está numa tristeza de morte; ficai aqui e vigiai Comigo». E, adiantando-se um pouco mais caíu com a face por terra, orando e dizendo. «Meu Pai, se é possível passe de Mim este cálice. todavia, não seja como Eu quero, mas como Tu queres». Voltando para junto dos discípulos, encontrou-os a dormir, e disse a Pedro. «Nem sequer pudeste vigiar uma hora comigo! Vigiai e orai para não cairdes em tentação.

Agonia no Jardim das Oliveiras-
por Heinrich Hofman

O espírito está pronto, mas a carne é fraca». De novo, pela segunda vez foi orar, dizendo: «Meu Pai se este cálice não pode passar sem que eu o beba, faça-se a Tua vontade!». Voltou depis e novamente os encontrou a dormir, pois os seus olhos estavam pesados. Deixou-os e foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. reunindo-Se finalmente aos discípulos, disse-lhes «Dormi agora e descansai! Já se aproxima a hora e o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. Levantai-vos, vamos: já se aproxima aquele que vai entregar».

Prisão de Jesus:
Ainda Ele falava, quando apareceu Judas, um dos doze, e com ele uma grande multidão com espadas e varapaus, enviada pelos príncipes dos dos sacerdotes e pelos anciãos do povo. O traidor tinha-lhes dado este sinal : «Aquele que eu beijar é Esse mesmo. Prendei-O». Aproximou-se imediatamente de Jesus e disse: «Salve, Rabbi!» e beijou-O. Jesus respondeu-lhe. «Amigo. a que vieste?» Então avançaram, deitaram as mãos a Jesus e prenderam-nO. Um dos doze que estavam com Jesus, levou a mão à espada, desembaínhou-a, feriu um servo do sumo sacerdote, cortando-lhe uma orelha.

Beijo de Judas- por Alessandro Mantovani

Jesus disse-lhe: «Mete a tua espada na baínha, pois todos quantos se servirem da espada, à espada morrerão. Julgas que não posso rogar a Meu Pai que, imediatamente Me enviaria mais de doze legiões de Anjos? Como se cumpririam então as Escrituras que dizem que tudo deve acontecer assim?» Voltando-Se depois para a multidão, disse: «Viestes prender-Me com espadas e varapaus como se fosse um ladrão! Eu estava todos os dias sentado no templo, a ensinar, e não Me prendestes. Mas tudo isto aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas». Então todos os discípulos O abandonaram e fugiram.

Jesus perante o tribunal judaico:
Os que tinham prendido Jesus conduziram-nO a casa do sumo sacerdote Caifás onde os escribas e os anciãos do povo se tinham reunido. Pedro segui-O de longe até ao palácio do sumo sacerdote. Aproximando-se, entrou e sentou-se entre os criados para ver o desfecho de tudo aquilo. Os príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um depoimento falso contra Jesus, a afim de o condenarem à morte, mas não o encontraram, embora se tivessem apresentado muitas falsas testemunhas.

Jesus na presença do sumo sacerdote-
por Alessandro Mantovsni

Apresentaram-se, por fim, duas que declaram: «Este homem disse: Posso destruir o templo de Deus e reedificá-lo em três dias». Ergueu-se então o sumo sacerdote e disse-Lhe: «Não respondes nada? Que dizes aos que depõem contra Ti?» Mas Jesus continuava calado. O sumo sacerdote disse-Lhe: «Intimo-Te pelo Deus vivo que nos digas se és o Cristo, o Filho de Deus». Jesus respondeu-lhe: «Tu o disseste. E Eu digo-vos: Vereis um dia o Filho do Homem sentado à direita do Poder e vindo sobre as nuvens do céu». Então o sumo sacerdote rasgou as vestes, dizendo: «Blasfemou! Que necessidade temos ainda de testemunhas? A cabais de ouvir a blasfemia. que vos parece?» Eles responderam: «É réu de morte». Cuspiram-Lhe depois no rosto e deram-Lhe socos. Outros esbofetearam-nO, dizendo: «Adivinha, ó Cristo, quem foi que Te bateu?»

As três negações de Pedro:
Entretanto Pedro estava sentado no pátio. Uma criada aproximou-se dele e disse-lhe: «Também tu estavas com Jesus. o Galileu». Mas ele negou diante de todos, dizendo «Não sei o que dizes». dirigindo-se para a porta, foi visto por outra criada que disse aos que ali estavam: «Este também estava com Jesus, o Nazareno». E de novo negou com juramento: «Não conheço esse homem».

Negação de Pedro- por Carl Bloch

Um momento depois. aproximaram-se os que ali estavam e disseram a Pedro: «Com certeza tu és um dos Seus, pois a tua maneira de falar denuncia-te». Começou então a dizer imprecações e a jurar: «Não conheço esse homem». No mesmo instante, o galo cantou. E Pedro lembrou-se das palavras de Jesus: «Antes do galo cantar, Me negarás três vezes». E saindo para fora, chorou amargamente.

Chegada a manhã, todos os príncipes dos sacerdotes e anciãos do povo reuniram-se em concelho contra Jesus, para O matarem. E, manietando-O, levaram-nO ao governador Pilatos.

Remorso de Judas:
Então Judas, que O entregara, vendo que Ele tinha sido condenado, foi tocado pelo remorso e devolveu as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, dizendo: «Pequei, entregando sangue inocente». Eles replicaram: «Que nos importa? Isso é lá contigo». Atirando as moedas para o santuário, eler saiu e foi-se enforcar. Os princípes dos sacerdotes, apanhando as moedas, disseram: «Não é lícito lançá-las no tesouro, pois são preço de sangue».

Judas devolve a moeda- Alessandro Mantovani

Depois de terem deliberado, compraram com elas o «campo do oleiro» para servir de cemitério aos estrangeiros. Por tal razão, aquele campo é chamado até ao dia de hoje - Campo de Sangue.Cumpriu-se assim o que fora dito pelo profeta Jeremias: «Tomaram as trinta moedas de prata, preço em que foi avaliado Aquele  que os filhos de Israel avaliaram, e deram-nas pelo campo do oleiro, como o Senhor me havia ordenado».

Jesus perante o tribunal romano:
Jesus foi conduzido à presença do governador, que Lhe perguntou: «És Tu o rei dos Judeus?» Jesus respondeu: «Tu o dizes». Mas , ao ser acusado pelos príncipes dos sacerdote e anciãos, nada respondeu. Disse-Lhe então Pilatos: «Não ouves tudo o que dizem contra Ti?». Mas Ele não respondeu coisa alguma, de modo que o governador estava muito admirado. Ora, por ocasião da festa, costumava o governador conceder a liberdade a um prisioneiro à escolha do povo. Nessa altura , havia um preso afamado, chamado Barrabás. Pilatos disse ao povo, que se encontrava reunido: «Qual quereis que vos solte, Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?». Ele sabia que O tinham entregado por inveja. Enquanto estava sentado no tribunal, a mulher mandou-lhe dizer: «Não te imiscuas no caso desse justo, porque muito sofri hoje em sonhos, por causa d'Ele».

Eis o Homen (Ecce Homo)- por Antonio Ciseri

Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram a multidão a que pedisse Barrabás e provocasse a perda de Jesus. Tomando a palavra, o governador inquiriu: «Qual dos dois quereis que vos solte?» Eles responderam: «Barrabás!» Pilatos disse-lhes: «Que hei-de fazer então de Jesus, chamado Cristo?» Responderam todos: «Seja crucificado!» Pilatos insistiu: «Que mal fez Ele ?» Mas eles gritavam cada vez com mais força: «Seja crucificado!» Pilatos, vendo que nada conseguia e que o tumulto aumentava cada vez mais, mandou vir água e lavou as mãos em presença da multidão, dizendo: «Estou inocente do sangue deste justo; Isso é convosco». E todo o povo respondeu: «Que o Seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos!» Soltou-lhes então Barrabás; quanto a Jesus, depois de O mandar açoitar, entregou-Lho para ser crucificado.

Coroação de espinhos:
Então os soldados do governador conduziram Jesus para o pretório e reuniram toda a corte junto d'Ele.

A caminho do calvário- por Adam Elsheimer
Despiram-nO, envolveram-nO com uma clâmide escarlate e, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha sobre a cabeça, bem como uma cana na mão direita. Dobrando o joelho diante d'Ele, escarneciam-nO, dizendo: «Salvé, rei dos judeus!». E, cuspindo-Lhe no rosto, tomavam a cana e batiam-Lhe na cabeça. Depois de O terem escarnecido, tiraram-Lhe a clâmide, vestiram-Lhe as suas roupas e levaram-n'O para ser crucficado.

Crucificação de Jesus:
À saída encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, e obrigaram-no a levar a cruz de Jesus. Quando chegaram a um lugar chamado Gólgata, isto é, «lugar da caveira», deram-Lhe a beber vinho misturado com fel; mas, provando-o, não  quis beber. Depois de O terem crucificado, repartiram entre si as Suas vestes, tirando-as à sorte e ficaram ali sentados, a guardá-l'O. Por cima da sua cabeça puseram um escrito indicando a causa da Sua condenação: «Este é Jesus, o Rei dos Judeus». Foram crucificados com Ele dois salteadores, um à direita e outro à esquerda.


Os soldados lançam sortes- por Raymundo Steen

Os que passavam injuriavam-n'O, meneando a cabeça e dizendo: «Tu que destruias o templo e em três dias o reedificavas, salva-Te a Ti mesmo; se és Filho de Deus desce da cruz». Os príncipes dos sacerdotes com os escribas e os anciãos também motejavam d'Ele, dizendo: «Salvou os outros e não pode salvar-Se a Si mesmo. Se é o rei de Israel, desça da cruz, e acreditaremos n'Ele. Confiou em Deus: Ele que O livre agora, se O ama, pois disse: «Eu sou o Filho de Deus!. Até os salteadores, que com Ele estavam crucificados, O insultavam.

Morte e ressurreição de Jesus:
Desde a hora sexta, até à hora nona, as trevas envolveram toda a terra. E, cerca da hora nona, Jesus clamou em voz alta: «Elli, Elli, lema sabacthani?» Isto é: «Meu Deus, Meu Deus, porque Me abandonaste?» Alguns dos que ali se encontravam, disseram ao ouvi-Lo: «Está a chamar por Elias». Um deles correu imediatamente, tomou uma esponja , embebeu-a em vinagre e, fixando-a na ponta de uma cana, dava-Lhe de beber. Mas os outros disseram: «Deixa, vejamos se Elias vem salvá-Lo!» E, clamando outra vez em alta voz, expirou.
A Crucificação- por Giovanni Baptista Tiepolo

Então o véu do templo rasgou-se em dois de alto a baixo; a terra tremeu e as rochas fenderam-se; abriram-se os túmulos e muitos corpos de santos que estavam mortos ressuscitaram, e, saindo dos túmulos depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. O centurião e os que com ele guardavam Jesus, vendo o tremor de terra e o que estava a acontecer, ficaram apavorados e disseram: «Este era verdadeiramente o Filho de Deus!» Estavam ali, a observar de longe, muitas mulheres, que tinham seguido Jesus desde a Galileia e O serviram. Entre elas estavam Maria de Magdala, Maria, mãe de Tiago, e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.

Ao cair da tarde, veio um homem rico de Arimateia, chamado José, que também se tornara discípulo de Jesus. Foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Pilatos ordenou que lho entregassem. José tomou  o corpo, envolveu-O num lençol limpo, e depositou-O num túmulo novo, que tinha mandado talhar na rocha. Depois rolou uma grande pedra para a porta do túmulo e retirou-se. Maria de Magdala e outra Maria estavam ali sentadas, em frente do sepulcro.

O sepulcro guardado:
No dia seguinte, isto é, no dia seguinte ao da Preparação, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus, foram ter com Pilatos e disseram-lhe: «Senhor, lembrámo-nos de que aquele impostor disse, ainda em vida: «Ressuscitarei depois de três dias».

Jesus sepultado- por Carl Bloch

Ordena, pois, que o sepulcro seja mantido em segurança até ao terceiro dia, não venham os discípulos roubá-Lo e dizer ao povo: Ressuscitou dos mortos. E seria a última impostura pior do que a primeira». Pilatos respondeu-lhes: «Tendes à vossa disposição a guarda: ide e guardai-O como entenderdes». E eles foram por o sepulcro a seguro, selando a pedra e postando a guarda.

A boa nova da Ressurreição - o túmulo vazio:
Passado o sábado, ao alvorecer do primeiro dia da semana, Maria de Mgdala e a outra Maria foram visitar o sepulcro. Nisto, houve um grande terramoto, pois o Anjo do Senhor, descendo do céu, aproximou-se e removeu a pedra, sentando-se sobre ela. O seu aspecto era como o de um relâmpago e a sua túnica branca como a neve. Os guardas, com medo dele, puseram-se a tremer e ficaram como mortos. Mas o anjo tomou a palavra e disse às mulheres: «Nada receeis, sei que buscais a Jesus crucificado. Não está aqui, pois ressuscitou, como havia dito. Vinde ver o lugar onde jazia, e ide deprressa dizer aos Seus discípulos: «Ele ressuscitou dos mortos e vai preceder-vos a caminho da Galileia; lá O vereis. Eis o que tinha para vos dizer».

Aparição às Santas Mulheres:
Afastando-se rapidamente do sepulcro, cheias de temor e de grande alegria, correram a dar a notícia aos discípulos. Jesus saiu ao seu encontro e disse-lhes: «Deus vos salva». Elas aproximaram-se, espreitaram-lhe os pés e prostraram-se diante d'Ele. Jesus disse-lhes: «Nada receeis: ide dizer a Meus Irmãos que partam para a Galileia, e lá Me verão».

A Ressureição- por Carl Bloch

Reacção dos inimigos de Jesus:
Enquanto elas iam a caminho, alguns dos guardas foram à cidade participar aos príncipes dos sacerdotes tudo o que havia sucedido. Estes reuniram-se com os anciãos, e depois de terem deliberado deram muito dinheiro aos soldados, com esta recomendação: «Dizei isto: Os Seus discípulos vieram de noite e roubaram-n'O enquanto dormíamos. E, se o caso chegar ao governador nós o convenceremos e faremos com que vos deixe tranquilos». Recebendo o dinheiro, eles fizeram como lhes tinham ensinado. E esta mentira, divulgou-se entre os judeus até ao dia de hoje.

Aparição na Galileia -  Missão universal:
Os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha designado.


Jesus aparece aos seus discípulos-
por Carl Bloch 

Quando O viram, adoraram-n'O; alguns, no entanto, duvidaram ainda.
Aproximando-se deles, Jesus disse-lhes: «Foi-Me dado todo o poder no céu e na terra: ide, pois, ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai. do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo quanto vos tenho mandado.
E Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo».


Apenas duas palavras acerca desta Narração da Paixão Segundo são Mateus, Evangelho que escolhi para esta mensagem pascal. Todo o Evangelho de São Mateus transmite um empenho especial em demonstrar que é em Jesus de Nazaré que se cumpriram as Profecias.
É o Evangelho da Esperança e da  Fé. Saibamos em momentos bons e menos bons da nossa vida, acreditar e partilhar estes dois fabulosos Dons.





FELIZ E SANTA PÁSCOA PARA TODOS!!! 









domingo, abril 17, 2011

CHOCOLATE - Uma Mensagem Deliciosa


A propósito da quadra que atravessamos, a Páscoa, e também numa tentativa de afastar sentimentos mais amargos, frutos do tempo de crise que atravessamos, mas a qual todos certamente queremos superar, passou-me pela cabeça a ideia de escrever uma mensagem doce, envolvente, deliciosa e também muito agradável ao nosso paladar. Escolhi dissertar sobre o chocolate. Este é o tempo propício para o saborearmos de mil e uma maneiras: os ovos ,os doces, os bombons, uma infinidade de guloseimas...
O melhor bolo de chocolate
do mundo

Pecado confessado é pecado meio perdoado, assumo-me como uma consumidora assídua do chocolate, mas não chocólatra. Felizmente consigo parar a tempo...De não ganhar uns quilos  mais.

Para começar e estimulando o apetite, aqui está uma imagem, ou antes uma fatia, daquele que foi considerado o melhor bolo de chocolate do mundo, cuja receita permanece no segredo dos deuses. Mais adiante juntarei uma outra receita também de chocolate, simples, mas que considero deliciosa. Uma pequena compensação.

Ao lado do café e do chá, o chocolate é um dos poucos alimentos que contém uma substância química natural que excita o sistema nervoso central, servindo de vaso dilator. O que significa dizer que o chocolate possui propriedades químicas que viciam, já que provoca um sentimento de relaxamento e felicidade.
Vários tipos de chocolate

Ocorre que este vício não é propriamente físico, não gera descontrole emocional nem o sentimento de euforia de outras substâncias. Neste sentido é um vício como outro qualquer, aceite pela sociedade, uma vez que não causa directamente prejuízo a ninguém. Um indivíduo consumidor compulsivo de chocolate, que não consegue parar, é denominado de chocólatra...

Há ainda quem considere que o chocolate possui caracteríscas estimulantes, tornando-se eventualmente num antidepressivo e regulador da circulação sanguínea. Os estudos científicos sobre as propriedades medicinais do chocolate remontam ao final século XVI, quando botânicos europeus começaram a investigar o cacau e como ele poderia ser aproveitado económicamente.
Amendoas de cacau

No início da década de 1660, o consumo da bebida de chocolate quente já estava largamente divulgado na corte inglesa. Estendeu-se a França onde se tornou um hábito e símbolo de status entre os nobres.

O próprio cardeal Richelieu encarregou o médico da corte René Moreau de fazer um estudo sobre os efeitos do chocolate. No seu "Discurso sobre o chocolate", publicado em 1643, este académico considerou que além de um bom alimento, o chocolate proporcionava robustez e catalogou-o como um remédio. Richelieu chegou mesmo a utilizar o chocolate para fins medicinais, inalando os seus vapores que, segundo o próprio cardeal acreditava, lhe moderavam o baço.
Fábrica de chocolate em mosteiro espanhol,
do século XVI

Mais tarde o chocolate foi associado à virilidade masculina. Por meados do século XVII, Napoleão Bonaparte, seu consumidor voraz, divulgou a prática do seu consumo obrigatório aos seus soldados, oficiais e generais, como emblema de virilidade e alimento energético para enfrentarem as longas marchas suscitadas pelas campanhas de conquista.

Modernamente este conceito antidepressivo do chocolate alargou-se, considerando este como alternativa aos  exercícios físicos no combate à depressão, devido ao seu alto valor calórico.
Rota do Chocolate

O chocolate, proveniente da torrefação da amendoa da planta do cacau, foi primitivamente cultivado nas Américas, mais concretamente na região do México, desde há cerca de três mil anos. Cristóvão Colombo quando desembarcou no golfo das Honduras, em 1502, teve o seu primeiro contacto com as sementes do cacau ao encontrar canoas de nativos que faziam o transporte destas sementes com grande apreço e cuidado.

Mas foi mais tarde, com a conquista do império Asteca, por Hernan Cortés em 1519, que os espanhois descobriram a sua utilização.
Primeira fábrica Nestlé

Sob a forma de bebida foi largamente divulgado em Espanha, onde se tornou iguaria da nobreza. Daqui passou sucessivamente para França, Holanda, Itália e Inglaterra.

Por centenas de anos, o processo de fabricação do chocolate permaneceu o mesmo, até à chegada da Revolução Industrial, que, introduzindo mudanças, tornou o chocolate nas diversas formas como o conhecemos hoje. Por esta altura surgiram empresas pioneiras do chocolate, tal como a Nestlé.

Hoje o chocolate é obrigatório de festividades populares e tornou-se mesmo tema de alguns filmes da indústria cinematográfica.
Filme "Chocolate"



O Natal, a Páscoa, o Dia dos Namorados, o Dia das Mães são ocasiões propícias para ofertas de chocolate, nas mais variadas formas. Para o dia de aniversário, surgiram ultimamente os telegramas de chocolate...

Como o prometido é devido, aqui está uma receita fácil de confeccionar, simples e que acho deliciosa: os  "fondants" de chocolate.

Bom apetite...



Ingredientes:
  • 150 g de chocolate culinário.
  • 50 g de manteiga ou margarina.
  • 3 colheres de sopa de uísque.
  • 50 g de açúcar.
  • 5 gemas.
Preparação:

Ligue o forno e regule-o para a temperatura de 180 º C.
Parta o chocolate em quadradinhos e leve-o a derreter com a manteiga ou margarina e uísque no micro-ondas ou em banho-maria.
Entretanto bata o açúcar com as gemas até obter um creme fofo e esbranquiçado.
Adicione o chocolate derretido e misture bem.
Distribua o preparado por formas individuais que possam ir ao forno, muito bem untadas.
Leve ao forno entre 8 a 10 minutos.
"Fondants " de chocolate


Sugestão:

Sirva enquanto quente, se gostar pode polvilhar com açúcar ou cacau em pó e faça acompanhar de uma bola de gelado de baunilha.








domingo, abril 10, 2011

MADRE TERESA DE CALCUTÁ (1910-1997) - A Mulher Que Amou a Deus e ao seu Próximo




 



Esperei por este tempo litúrgico da Quaresma para, com esta publicação, encerrar o ciclo das mensagens dedicadas a mulheres que na vida se notabilizaram, eventualmente por amarem em demasia. Dedicando-a a Madre Teresa de Calcutá, é sem dúvida a mensagem para mim mais difícil de escrever, porque os traços psicológicos e a alma de Madre Teresa são um dos segredos mais bem guardados.

Madre Teresa de Calcutá

É uma imagem que ficará para sempre na nossa memória. Teresa, de nome Agnes Gonxha Bojaxhiu, uma mulher baixa, vestida de sari branco com riscas azuis, olhar penetrante, a percorrer as ruas de Calcutá, a ajudar os pobres, leprosos, crianças, os mais necessitados. Esta freira foi a imagem viva do amor a Deus e aos outros.

Segundo uns, terá nascido em 19 de Agosto de 1910, em Skopie, cidade dos Balcãs, hoje capital da Macedónia, quando a região ainda fazia parte do Império Otomano. No entanto, segundo a própria Teresa, nasce a 27, porque foi essa a data do seu baptismo e aquela que, do seu ponto de vista, verdadeiramente contava. Filha mais nova de Nicolai Bojaxhiu, empresário, e de Dranafile Bernai, tinha origem veneziana.

Vivida numa casa espaçosa e confortável, a sua meninice foi muito marcada pela religião, cujas bases recebeu da mãe e também dos Jesuítas do Sagrado Coração, que viviam na sua paróquia. Aos oito anos ficou órfã de pai e viveu a dolorosa experiência das dificuldades económicas, que haveriam de marcar a sua vida futura. Passa então, com sua mãe, muitas horas em oração e faz da biblioteca paroquial, o seu refúgio. É nesta altura que desenvolve o gosto pela leitura.

Madre Teresa e o Papa João Paulo II

Aos doze anos sentiu o seu primeiro chamamento divino. Foi nessa altura que percebeu que queria ser missionária para poder espalhar a palavra de Cristo. Mas teve de esperar seis anos para poder dar forma a esse apelo de Deus, período de meditação aconselhado por um padre jesuíta da sua paróquia. Aos dezoito anos abandonou a casa materna, convicta, sem dúvidas do que iria ser o seu destino - o de que Deus a tinha escolhido para uma missão.

É assim que, a 26 de Setembro de 1926, na estação de caminhos de ferro que a levará a Zagreb, viu sua mãe pela última vez, quando da sua partida para o convento em Dublin. Daqui, passados dois intensos meses de prática do inglês, partiu rumo à Índia, para o convento de Nossa Senhora do Loreto, a norte de Calcutá. É aqui que inicia o seu noviciado, no ano de 1929. Dois anos mais tarde pronuncia os seus primeiros votos de pobreza , obediência e castidade, tomando o nome de Maria Teresa, numa clara homenagem a Santa Teresa de Lisieux, padroeira das missionárias.
Uma das muitas obras de Madre Teresa

Apesar de isolada no convento, Teresa preocupou-se com os acontecimentos que agitavam o mundo, nomeadamente a entrada do Japão na Segunda Guerra Mundial. Com a ocupação da vizinha Birmânia, a pressão sobre Calcutá não tardou e o consequente bombardeamento desta cidade teve lugar, em plena crise da fome de 1942-1943. O afluxo das famílias empobrecidas em Calcutá foi enorme, velhos, jovens e crianças viviam estendidos nas ruas sem terem onde se abrigar, numa miséria absoluta. Impressionada com tudo isto, Teresa fez a profissão perpétua a 24 de Maio de1937.
Presidente Ronald Reagan concede condecoração a
Madre Teresa

Em 1946, com a partida do colégio e a aquisição rápida de um curso de enfermagem, decidiu reformular a sua trajectória de vida. Dois anos depois e após muita insistência, o Papa Pio XII permitiu que abandonasse as suas funções enquanto monja, para iniciar uma nova congregação de caridade, com o objectivo de ensinar as crianças pobres a ler. Assim nasceu a sua Ordem - As Missionárias da Caridade. Como hábito, escolheu o sári, nas cores branco, por significar pureza, e azul, por ser a cor da Virgem Maria. Como  pricípios adoptou o abandono de todos os bens materiais. O espólio de cada irmã resumia-se a um prato de esmalte, um jogo de roupa interior, um par de sandálias, um pedaço de sabão, uma almofada e um colchão, um par de lençois e um balde metálico com o respectivo número.

Princesa Diana de Gales saúda a amiga
Madre Teresa

Começou a sua actividade reunindo algumas crianças, a quem começou a ensinar o alfabeto e as regras da higiene. A sua tarefa diária centrava-se na angariação de donativos e na difusão da palavra de alento e de confiança em Deus.

Em Dezembro de 1948 foi-lhe concedida a nacionalidade indiana e dois anos depois empenhou-se em assistir os doentes com lepra. Em 1965 o Papa Paulo VI colocou sob o controle do papado a sua congregação e deu ordem para a sua expansão a outros países. Centros de apoio a leprosos, velhos, cegos e doentes com HIV surgiram em várias cidades do mundo, bem como escolas, orfanatos e trabalhos de reabilitação de presidiários.

O reconhecimento do mundo pelo seu trabalho concretizou-se com o Templeton Prize, em 1973 e com o Nobel da Paz, no dia 17 de Outubro de 1970. No discurso de aceitação deste prémio, esta mulher de aspecto humilde, com mãos de dedos retorcidos e pés deformados calçados com sandálias grosseiras, disse: " Acho que na nossa família não precisamos de bombas e armas para destruir e trazer a paz, basta juntarmo-nos, amarmo-nos uns aos outros, conseguir essa paz, essa alegria, essa força de presença uns dos outros em casa. E vamos ser capazes de ultrapassar todo o mal que há no mundo".

Presidente de Itália, Sandro Pertini,
recebe Madre Teresa

Madre Teresa conseguiu convencer o Comité Nobel a prescindir do banquete de celebração, e a oferecer o dinheiro àqueles que tinham verdadeiramente fome. O gesto teve repercussões mundiais, com adultos e crianças da Noruega, Suécia e outros países europeus a oferecerem-lhe o dinheiro do seu bolso. Assim, Madre Teresa conseguiu reunir, para os seus carenciados, um donativo de cerca de 430 mil euros...

Madre Teresa lidou com toda a espécie de realidades. Uma das mais frequentes era o aborto. A monja  era uma acérrima opositora da interrupção da gravidez. Condenou-a fortemente em diversas ocasiões, sobretudo nos EUA e na Europa. No discurso de aceitação do Nobel, em Oslo, disse mesmo que "o grande destruidor da paz não era a guerra, mas o aborto".

Morreu em 1967, aos 87 anos, de ataque cardíaco, quando preparava um serviço religioso em memória da Princesa Diana de Gales, sua grande amiga e falecida ela própria 6 dias antes, num acidente de automóvel em Paris. Tratado como um funeral de Estado, vários foram os representantes do mundo que quiseram estar presentes para prestar a sua última homenagem. As televisões do mundo inteiro transmitiram ao vivo durante uma semana, os milhões que queriam vê-la no estádio Netadji.

Casa memorial de Madre Teresa na Macedónia,
onde repousam os seus restos mortais

O seu trabalho missionário continua através da irmã Nirmala, eleita no dia 13 de Março de 1997 como sua sucessora. Madre Teresa foi beatificada em 19 de Outubro de 2003, atingindo assim o terceiro degrau, dos quatro que levam à santificação. A sua beatificação deve-se à ocorrência de um milagre ocorrido com Monica Besra, uma indiana que foi curada de um tumor no estômago de forma inexplicável e cuja cura foi atribuída a Madre Teresa. Segue-se o processo de canonização. Pela primeira vez na história da Igreja o Papa João Paulo II concedeu uma dispensa especial e, dois anos decorridos após a sua morte, a Igreja deu início ao seu processo de beatificação, sem esperar pelo prazo de cinco anos, que a lei canónica impõe.


Arcebispo de Calcutá presta homenagem a Madre Teresa,
no 12.º aniversário da sua morte

Madre Teresa, nas suas cartas dirigidas a alguns conselheiros espirituais e compiladas no livro "Madre Teresa venha, seja minha luz", publicado em Setembro de 2007, descreveu como sentia falta de respostas de Deus.

Nelas afirmou chegar a amar a escuridão e a dor de Jesus neste mundo:

"Hoje senti uma grande alegria - que Jesus já não pode passar pela agonia - mas que quer passar por mim...Abandono-me a Ele mais do que nunca... mais do que nunca estarei à sua disposição...!"










quinta-feira, abril 07, 2011

PORTUGAL PEDE AJUDA - FMI em Portugal


Sócrates levou a sua avante até o país ficar no estado de emergência em que se encontra...Pois por  mero orgulho idiota foi adiando o inadiável, que era o pedido de ajuda ao "FMI". Poderemos não ficar melhores...Mas piores, sinceramente acho que não ficamos. Mas assim como estamos é que não podemos ficar mais...BASTA!!!

Decisão histórica: Portugal pede ajuda ao FMI em 6 de A bril de 2011.

É a terceira vez na história que Portugal pede ajuda ao FMI. Sócrates rejeita responsabilidades pelo agravamento da crise nos últimos dias e responsabiliza chumbo da oposição ao PEC 4, pela actual situação em que Portugal caiu nos últimos dias.
Portugal pede ajuda


Questões:
  • Quem foi o responsável pelo chumbo do PEC4? Não terá sido o próprio José Sócrates que negociou à revelia de todos, incluindo o Presidente da República e da oposição?
  • Quem é o responsável pela actual crise profunda em que mergulhou o País? Não será o próprio governo de José Sócrates que está em funções há seis anos? Afinal o auge da crise económica e financeira internacional foi no Verão de 2008 e neste momento estamos em 2011. Atribuir culpas da Crise internacional à nossa Crise interna é um falso argumento. Sócrates cedeu e pede ajuda externa. Finalmente coloca o orgulho de lado e aceita a ajuda externa. Porque será que demorou tanto tempo a decidir?
  • Quanto terá custado ao País a indecisão de Sócrates?

Conclusões:
  • Pedido de ajuda tardio que já devia ter chegado há muito.
  • O Governo de Sócrates teve um desempenho fraco. Portugal agravou problemas nos últimos anos.
  • Portugal deixa de se financiar pagando altos juros a especuladores.
  • O pedido de ajuda permitirá estabilizar a situação económica e financeira em Portugal e também na Europa.
  • Os Bancos Portugueses respiram de alívio.
FMI

Entretanto, o Mundo acompanha os acontecimentos em Portugal. Madrid afirmou que não seguirá o exemplo dos outros países europeus endividados que pediram ajuda, descartando o risco de contágio na penísula e sustentou que os investidores são perfeitamente capazes de distinguir entre a situação económica dos dois países. 

O jornal "Independent" da Irlanda, segundo país a pedir ajuda externa, também menciona a decisão  portuguesa e o "Irish Times" escreve que o pedido de Portugal ao FMI pode atingir os 75 mil milhões de euros, depois da queda do governo socialista e da rejeição do quarto pacote de medidas de austeridade em menos de um ano.

Junto o comentário de um leitor de um matutino, feito à edição de uma notícia relativa a esta matéria, e que exprime bem o sentimento do povo português quanto ao actual momento político:


"COMENTÁRIO MAIS VOTADO
"Agora quem vai pagar a factura destes imcompetentes e ladrões é o Zé povão.Julgamento em praça pública para todos os ladrões que nos desgovernaram.Num é oh Zé Pinóquio?"

Não deixaremos de olhar, com profunda preocupação o desenrolar dos acontecimentos que tanto comprometem o futuro dos nossos filhos, netos e o próprio Portugal!
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