Não é meu hábito abordar em mensagem, o tema da política. Até porque como anteriormente referi, política, religião e futebol são temas, como todos sabemos, capazes de ferir a susceptilidade de cada um. Todavia, dado o panorama da realidade política e económica portuguesa, achei oportuno abordar este tema do Rating e das suas agências, tão conectado com estas duas realidades e que tanto tem estado na ordem do dia, lançando enorme confusão sobre o nosso país e sobre o nosso imaginário...
Dado que não sou grande especialista nesta matéria, procurarei transmitir opiniões, comentários e também o que são as agências de Rating, tal como nós as conhecemos...Infelizmente.
Historicamente, as primeiras agências de Rating, também conhecidas por agências de classificação de risco ou de notação financeira, foram a Fitch Ratings, a Moody's e a Standard & Poor's, todas norte-americanas, que operam, sob remuneração, por solicitação de empresas e eventualmente de estados que desejam ser classificados.
Classificações essas supostamente feitas com independência em relação aos seus solicitantes, como determinam os seus estatutos.
Ainda ontem um ilustre jornalista de um dos mais conhecidos jornais matinais, mais exactamente o seu sub-director Manuel Catarino, tratava este fenómeno como "mistério do Rating", adoptando uma atitude pioneira nesta matéria, de coragem e vontade de "por tudo em pratos limpos", para que nós, os comuns cidadãos, sejamos conhecedores e entendamos como tudo acontece...Passo a citar:
"O sr.Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo, é um guru dos mercados financeiros, e um exemplo de especulador sério com alto sentido de responsabilidade e de ética nos negócios. Ele até perdeu muitos milhões com a crise. Não é como o malvado do Bernard Madoff, que à conta da crise, desfez a fortuna de muita gente.
Bufett é uma espécie de anjo inspirador da alta finança. Faz parte desse grupo de homens sem rosto que não se têm dado nada mal, por exemplo, com os empréstimos a Portugal: compram dívida pública e cobram os juros que se conhece. O negócio tem regras: quanto mais baixo for o rating (a capacidade de o devedor honrar os compromissos), mais elevados são os juros.
O rating é atribuído por agências especializadas-como a Moody's, a Fitch, a Standard & Poor's-que, como é óbvio, prestam um inestimável e insubstituível serviço aos investidores: Warren Buffet precisa de saber se está a emprestar o seu dinheiro a quem pode deixar de pagar. Mas o critério das agências de rating para avaliarem o grau de cumprimento dos países tem sido um insondável mistério. Tem sido... O jornal britânico "The Observer" esclarece o assunto: o sr. Buffet é accionista da Moody´s. A agência de rating, ao desacreditar, dá mais dinheiro a ganhar ao patrão. O resto é fantasia".
Hoje mesmo este mesmo jornal matutino noticia que: "A Moody´s baixou esta quarta-feira as notações de um conjunto de empresas da esfera no Estado português, depois do recente corte do rating de Portugal", lê-se no comunicado da agência de notação financeira.
A agência de notação Moody's baixou na terça -feira passada em um nível a classificação de risco de pagamento da dívida de Portugal, passando-a para Baa. Já esta quarta-feira, a Moody's cortou o rating de sete bancos portugueses e da Ren, mantendo esta última em análise para um eventual novo corte.
Infelizmente para o Mundo, estes predadores financeiros voltaram a levantar a cabeça, e agora mais arrogantes e com as garras mais afiadas...Podem destruir países, empresas, bancos, de acordo com as suas avaliações!
Até Quando?
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