A vertente da Dança que escolhi para esta minha mensagem, foi o Ballet, com toda a magia do seu movimento elástico em sintonia perfeita com a interpretação do tema musical, qualquer que ele seja. O Ballet é um tipo de dança onde os bailarinos, que executam movimentos planejados acompanhando uma música, apresentam uma história ou desenvolvem algo no conceito abstrato.
Mikhail Baryshnikov - Pas de Deux |
Envolvendo uma componente grande de colaboradores, dançarinos, mímicos, coreógrafos, músicos, figurinistas e cenógrafos, foi a partir da Segunda Guerra Mundial que o Ballet resnasceu para o mundo, com a criação de companhias nacionais ou privadas, mantidas pelos governos ou particulares, fundações, mas sobretudo pelo entusiasmo do público.
Em França, o casamento de Henrique II com Catarina de Médici, em 1533, importou para França o balleto da corte italiana, que deu origem ao Ballet. Luís XIV, patrono das artes e bailarino das danças da corte, fundou a Académie Royale de Danse, em 1661. As grandes reformas do Ballet, até então confinado aos salões e à Corte, dão-se no final do século XVIII e no começo do século XIX, onde se produziram trabalhos que ainda hoje são exibidos e cuja capacidade de experiência era grande.
Estas reformas introduzidas na técnica, resultaram no movimento romântico, liderado pelos mestres do ballet italiano Salvatore Vigano, Carlo Blasi e o francês Charles Didelot, que fomentou o uso da técnica das sapatilhas de pontas para as mulheres. O ballet romântico de Filippo Taglioni "La Sylphide" (1832), foi criado em homenagem à sua filha Marie Taglioni. Foi neste trabalho que foram usados os primeiros tutus e se introduziu o aperfeiçoamento da técnica das sapatilhas de ponta. Tudo aponta para que Marie Taglioni tivesse sido a primeira a utilizar esta técnica.
Entretanto, o Ballet era considerado "coisa de macho". A bailarina não existia, a mulher não podia participar como o homens dançavam, sobretudo por causa das roupas: os homens podiam usar as malhas que lhes libertavam os movimentos, enquanto que as mulheres se viam aprisionadas por montes de folhos, saias sobrepostas e saltos muito altos.
Por volta de 1730, quando a danse haute substituiu a danse basse, as bailarinas rebelaram-se, encurtaram as saias, soltaram os cabelos, baixaram os saltos e começaram a praticar passos de ballet até aí reservados aos homens, como o cabriole, entrecha quatre, e pirueta, embora em meias pontas.
Todavia é na Russia, mundialmente conhecida pelas suas grandes companhias de Ballet, que se cria moda no mundo da dança e se lançam os grandes nomes internacionais. Este fenómeno teve a sua origem no facto do regime político em vigor na Russia, o socialismo, deteriorando os seus ideais políticos de igualdade e liberdade, cedo se mostrar repressivo, encontrando na dança uma maneira de entreter o povo e mantê-lo passivo diante dos pensamentos liberais.
Por isso incentivaram escolas de Ballet, mandaram grandes verbas para as Companhias Nacionais produzirem novos bailarinos e pagavam o transporte para o povo assistir aos espetáculos. Datam desta época de apogeu do Ballet na Russia os nomes mais conhecidos como Ulanova, Nijinsky, Pavlova, Michel Fokine, Diaghileve e tantos outros.
Dentre eles, escolhi três, meus favoritos, para, com as suas maravilhosas actuações de mestria, ilustrarem esta publicação. Rudolf Nureyev, bailarino russo do séc.XX , mundialmente famoso pelos seus saltos e giros e que fez uma parceria sem par com a igualmente famosa Margot Fonteyn. Esta parceria beneficiou ambos porque lhes rejuvenesceu a carreira e lhes proporcionou o vínculo ao Royal Ballet.
De sangue brasileiro, Margot Fonteyn tornou-se uma lenda viva do ballet inglês e do Ballet tal como se pratica hoje.Vinculada desde muito cedo ao Royal Ballet, Margot Fonteyn é um exemplo de integridade profissional e artística e personifica ainda as realizações e conquistas do ballet ocidental dos últimos 50 anos.
Mas as minhas preferências vão para Mikhail Baryshnikov, talvez pela sua espectacularidade, talvez pelos multifacetados aspectos com que a sua carreira constantemente nos surpreende.
Nascido na Letonia, resolveu seguir a carreira de bailarino um pouco tarde (teve a primeira aula de ballet aos doze anos), mas aos 15 anos foi aceite pelo ballet de Leninegrado e aos 18 fez a sua estreia no ballet de Kirov, dançando Giselle.
Durante uma tournée pelo Canadá, com o Ballet Bolshoi, Baryshnikov resolveu fugir da Rússia, ficando no Canadá e indo depois para os Estados Unidos, onde quase de imediato se tornou no bailarino mais caro e disputado de todo o mundo.
Ei-los, prontos para deliciarem os nossos olhos e deixarem muitas saudades...
Em França, o casamento de Henrique II com Catarina de Médici, em 1533, importou para França o balleto da corte italiana, que deu origem ao Ballet. Luís XIV, patrono das artes e bailarino das danças da corte, fundou a Académie Royale de Danse, em 1661. As grandes reformas do Ballet, até então confinado aos salões e à Corte, dão-se no final do século XVIII e no começo do século XIX, onde se produziram trabalhos que ainda hoje são exibidos e cuja capacidade de experiência era grande.
Sapatilhas de pontas |
Entretanto, o Ballet era considerado "coisa de macho". A bailarina não existia, a mulher não podia participar como o homens dançavam, sobretudo por causa das roupas: os homens podiam usar as malhas que lhes libertavam os movimentos, enquanto que as mulheres se viam aprisionadas por montes de folhos, saias sobrepostas e saltos muito altos.
Casse Noisette - Pas de Deux |
Por volta de 1730, quando a danse haute substituiu a danse basse, as bailarinas rebelaram-se, encurtaram as saias, soltaram os cabelos, baixaram os saltos e começaram a praticar passos de ballet até aí reservados aos homens, como o cabriole, entrecha quatre, e pirueta, embora em meias pontas.
Todavia é na Russia, mundialmente conhecida pelas suas grandes companhias de Ballet, que se cria moda no mundo da dança e se lançam os grandes nomes internacionais. Este fenómeno teve a sua origem no facto do regime político em vigor na Russia, o socialismo, deteriorando os seus ideais políticos de igualdade e liberdade, cedo se mostrar repressivo, encontrando na dança uma maneira de entreter o povo e mantê-lo passivo diante dos pensamentos liberais.
Lago dos Cisnes - Morte do Cisne |
Dentre eles, escolhi três, meus favoritos, para, com as suas maravilhosas actuações de mestria, ilustrarem esta publicação. Rudolf Nureyev, bailarino russo do séc.XX , mundialmente famoso pelos seus saltos e giros e que fez uma parceria sem par com a igualmente famosa Margot Fonteyn. Esta parceria beneficiou ambos porque lhes rejuvenesceu a carreira e lhes proporcionou o vínculo ao Royal Ballet.
Pas de Deux |
De sangue brasileiro, Margot Fonteyn tornou-se uma lenda viva do ballet inglês e do Ballet tal como se pratica hoje.Vinculada desde muito cedo ao Royal Ballet, Margot Fonteyn é um exemplo de integridade profissional e artística e personifica ainda as realizações e conquistas do ballet ocidental dos últimos 50 anos.
Mas as minhas preferências vão para Mikhail Baryshnikov, talvez pela sua espectacularidade, talvez pelos multifacetados aspectos com que a sua carreira constantemente nos surpreende.
Nascido na Letonia, resolveu seguir a carreira de bailarino um pouco tarde (teve a primeira aula de ballet aos doze anos), mas aos 15 anos foi aceite pelo ballet de Leninegrado e aos 18 fez a sua estreia no ballet de Kirov, dançando Giselle.
Contemporâneo - Pas de Deux |
Durante uma tournée pelo Canadá, com o Ballet Bolshoi, Baryshnikov resolveu fugir da Rússia, ficando no Canadá e indo depois para os Estados Unidos, onde quase de imediato se tornou no bailarino mais caro e disputado de todo o mundo.
Ei-los, prontos para deliciarem os nossos olhos e deixarem muitas saudades...
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