quinta-feira, março 31, 2011

OS OLHOS MAIS BELOS - Elizabeth "Liz" Edmond Taylor (1932-2011)







Fecharam-se para sempre, faz hoje precisamente uma semana. 

Elizabeth "Liz" Taylor", mais vulgarmente Liz Taylor, foi uma das estrelas mais famosas de Hollywood. Ganhou dois Óscares. Casou-se oito vezes, duas delas com Richard Burton, o seu grande amor, com quem protagonizou um dos mais arrebatadores romances de Hollywood. Foi uma mulher de excessos. Foi apaixonada pelo seu trabalho. Pelos homens. Pela vida. Foi dela que se despediu aos 79 anos de idade, neste derradeiro 23 de Março de 2011.

Liz Taylor e Richard Burton

No auge da sua carreira, Liz foi uma das mulheres mais bonitas do mundo. E uma das melhores atrizes de Hollywood. As décadas de 1950 e 1960 foram os seus anos de glória. Recebeu quatro nomeações para Óscares entre 1958 e 1961. Apenas ganhou dois, pelos papéis nos filmes "Butterfield 8" (1961) e "Quem Tem Medo de Virginia Woolf" (1967), em que fez dupla com o seu marido Richard Burton.

Mas a carreira de Elizabeth Taylor começou muito antes. Liz nasceu em Londres no dia 27 de Fevereiro de 1932, filha de uma ex-atriz e de um negociante, ambos americanos. Os seus pais mudaram-se para a California quando tinha sete anos e mais tarde Liz naturalizou-se americana.

Pela primeira vez o mundo tomou conhecimento dos seus maravilhosos olhos azul-violeta no seu filme de estreia "There's One Born Every Minute", quando Liz apenas tinha dez anos. Usava o cabelo comprido e solto, e foi com este "look" juvenil que entrou no clássico juvenil "Lassie Come Home" e no filme "Blue Velvet".
Liz Taylor em Blue Velvet

A partir deste momento transformou-se em mais uma "child star" da fábrica da Metro Goldwyn Mayer (MGM), a par de nomes como Mickey Rooney e Judy Garland, tempos dos quais Liz guarda memórias agridoces: "Tinha dez anos quando cheguei à MGM e passei os dezoito anos seguintes atrás das paredes daqueles estúdios. Era uma rapariguinha a crescer num sítio estranho, é-me difícil separar aquilo que era real daquilo que não era".

As décadas seguintes foram de exaltação de todo o seu talento. A sua intrepretação de "Cleópatra" colou-se-lhe à pele. Como se a rainha egípcia e a divindade de Hollywood se tivessem transformado numa única substância.
"Cleópatra"

Durante estes anos Taylor alcançou o estatuto de diva. A sua vida era de
excessos. Sobretudo amorosos e financeiros. Tentou o suicídio quando o seu amado Richard Burton lhe disse que não poderia abandonar a mulher.

Quando finalmente o teve para si, transformando-o no seu quarto marido, começou a viver uma vida de luxos. A expressão "spending money like the Burtons" começou a fazer parte do léxico americano. Foram o casal-sensação de Hollywood durante alguns anos. A relação era arrebatada, poética, perdulária. Findo o "Liz&Dick", Elizabeth partiu para outra. A atriz casou-se ainda mais duas vezes.

As suas tragédias pessoais e os seus múltiplos casamentos fizera muitas capas de revista. O seu primeiro casamento, com o multimilionário Nick Hilton, proprietário da cadeia de Hoteis Hilton, durou só um ano, mas mesmo assim valeu-lhe o epíteto de "noiva da América".

A noiva da América

Elizabeth Taylor foi lançada através dos filmes, mas
 tornou-se maior do que eles.

Nos últimos anos, era uma imagem deformada do seu auge. Engordou muito, tinha uma saúde difícil, deslocava-se em cadeiras de rodas...Na década de 1990, Elizabeth Taylor foi sujeita a duas operações de substituição da anca e quase morreu de pneumonia.

Em 1997 foi igualmente submetida a uma complicada remoção de um tumor cerebral. Nessa altura não hesitou em aparecer ao mundo de cabeça rapada. O objectivo, reconheceu então, era o de dar forças a quem, como ela, estivesse a passar por problemas semelhantes.


Liz Taylor no funeral de Michael Jackson

Era muito amiga do também falecido Michael Jackson. A morte do cantor, em Junho de 2009, abalou muito a atriz. Por já se encontrar em avançado estado de fraqueza, Liz não pôde comparecer às cerimónia fúnebres de Michael, mas publicou um comunicado em que dizia: " Irei sempre amar o Michael do fundo do meu ser e nada nos poderá separar".

É igualmente conhecida a sua luta contra o vírus da sida. Em 1991 fundou a American Foundation for Aids Research, após a morte do seu colega e amigo Rock Hudson, em 1985. Nunca deixou de angariar fundos para esta causa, mesmo quando já estava muito debilitada fisicamente.

Liz Taylor e Michael Jackson





Liz Taylor doou mais de metade da sua herança, avaliada em 600 milhões de dólares, para instituições de caridade.


Deverá ser sepultada no cemitério de Westwood Village Memorial Park, em Los Angeles, onde também estão os restos mortais de Marilyn Monroe, Natalie Wood, Farrah Fawcett, Dean Martin e do seu amigo do coração, Michael Jackson.



Entretanto, a família pediu a todos que, em vez de enviarem flores, façam contribuições para a fundação de luta contra a sida, fundada pela atriz, através do seu site.











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