Em dezembro de 1843, Charles Dickens escreveu "A Christmas Carol", conto traduzido em quase todas as línguas, e que conhecemos como "Um Cântico de Natal" ou "Um Conto de Natal". Originalmente escrito em menos de um mês, por Dickens, para pagar dívidas, tornou-se num dos maiores clássicos natalícios de todos os tempos.
Charles Dickens - Francis Alexander (1842) |
Charles Dickens descreveu-o como o seu " livrinho de Natal " e foi publicado pela primeira vez em 19 de dezembro de 1843, com ilustrações de John Leech. A história tornou-se num rápido sucesso, tendo vendido mais de seis mil cópias numa só semana.
Após inúmeras adaptações ao cinema, entre elas o cinema animado, recentemente, em 2009, a Disney, no uso das tecnologias mais inovadoras, lançou o filme em 3D. Esta última versão de "A Christmas Carol" intitula-se em português "Os Fantasmas de Scrooge", e é protagonizada por Jim Carrey no principal papel (Scrooge).
Para quem não conhece ou prefere recordar, Scrooge é um homem avarento que não gosta do Natal. Trabalha num escritório em Londres com Bob Cratchit, seu pobre mas feliz empregado, pai de quatro filhos, que dedica um carinho especial pelo pequeno e frágil Tim, que tem problemas nas pernas.
Numa véspera de Natal, Scrooge recebe a visita do seu ex-sócio Jacob Marley, morto naquele mesmo dia havia sete anos. Marley diz-lhe que o seu espírito não pode ter paz, já que não foi bom nem generoso em vida, mas que ele, Scrooge, tem uma chance e por isso três espíritos o visitariam.
Primeira edição de "A Christmas Carol", 1843. |
O primeiro espírito chega, um ser com uma luz que emanava da sua cabeça e um apagador de velas debaixo do braço, à maneira de chapéu. Este é o Espírito dos Natais Passados, que leva Scrooge de volta no tempo, mostra-lhe a sua adolescência e o início da sua vida adulta, quando Scrooge ainda amava o Natal. Triste com as lembranças, Scrooge enfia o chapéu na cabeça do espírito, ocultando a luz. O espírito desaparece, deixando Scrooge de volta ao seu quarto.
O segundo espírito, o do Natal do Presente, é um gigante risonho com uma coroa de azevinho e uma tocha na mão. Mostra a Scrooge as celebrações do presente, incluindo a humilde comemoração natalícia dos Cratchit, onde vê que, apesar de pobre, a família do seu empregado é muito unida e feliz.
A tocha na mão do espírito tem a utilidade de dar um sabor especial à ceia daqueles que fossem "contemplados" com a sua luz. No fim da viagem, o espírito revela sob o seu manto duas crianças de caras terríveis, a Ignorância e a Miséria, e pede que os homens tenham cuidado com elas. Depois disso, vai-se embora.
A tocha na mão do espírito tem a utilidade de dar um sabor especial à ceia daqueles que fossem "contemplados" com a sua luz. No fim da viagem, o espírito revela sob o seu manto duas crianças de caras terríveis, a Ignorância e a Miséria, e pede que os homens tenham cuidado com elas. Depois disso, vai-se embora.
Cena do filme "A Christmas Carol" |
O terceiro espírito, o dos Natais Futuros, apresenta-se como uma figura alta envolta num traje negro que oculta o seu rosto, deixando apenas uma mão aparente. O espírito não diz nada, mas aponta, e mostra a Scrooge a sua morte soltária, sem amigos.
Após a visita dos três espíritos, Scrooge amanhece como um outro homem. Passa a amar o espírito do Natal, a ser generoso com os que precisavam, e a ajudar o seu empregado Bob Cratchit, tornando-se num segundo pai para o pequeno Tim.
Diz-se que ninguém celebrava o Natal com mais entusiasmo do que ele.
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