ALVORADA
E de súbito
um corpo!
Alvorada sombria,
Alvorada
nefasta envolta nuns cabelos.....
Eram negros
e vivos. Quem sofria,
Só de
vê-los?
Eram negros;
e vivos como chamas.
Brilhavam,
azulados sob a chuva.
Brilhavam,
azulados, como escamas
De sereia sombria,
sob a chuva...
Veio cedo de
mais a trovoada:
O vento me
lembrou
De quem eu
sou.
- Alvorada
suspensa! Contemplada
por alguém
que chegou a uma sacada
e à beira da
varanda vacilou.
DAVID
MOURÃO-FERREIRA
Sem comentários:
Enviar um comentário