sexta-feira, julho 22, 2011

ÚLTIMA CIMEIRA EXTRAORDINÁRIA DOS LÍDERES EUROPEUS - Cimeira Da Salvação?




Os dirigentes da Zona Euro chegaram hoje a um acordo, no final da cimeira extraordinária para resolver a crise grega, anunciou em Bruxelas, o presidente permanente da União Europeia, Herman van Rompuy.
Foto de Família

" A declaração dos chefes de Estado e de Governo da Zona Euro e das instituições foi aprovada", afirmou o responsável, no final da reunião que teve como objetivo encontrar soluções consensuais para a crise financeira da Europa.

Numa reação a esta cimeira de quinta-feira passada, o Presidente da República Cavaco Silva, concorda com as decisões tomadas e declara que "Líderes europeus finalmente compreendem sinais de alerta".
Presidente Cavaco Silva

Com o novo pacote de ajuda à Grécia, decidido durante esta Cimeira Extraordinária dos chefes de Estado e Governo da Zona Euro, Cavaco Silva reagiu afirmando que " a Europa tomou as decisões que se impunham".
Cavaco Silva acrescentou ainda que "Portugal beneficia destas decisões, que funcionam como um estímulo para prosseguir com determinação, tendo em vista a estabilização económica e financeira".

Conclui, dizendo "Os líderes europeus compreendem finalmente os sinais de alerta sobre os riscos que atingiam o próprio projeto da integração europeia. Em causa não estavam apenas alguns países da zona euro, em causa estava o futuro do próprio projeto da moeda única".

E de facto é esta a realidade, a moeda única corre perigo, está em crise.  Há que aceitar que, uma vez nela integrados e muito se discute agora sobre esta opção, no imediato é por ela que temos que lutar a fim de evitar males maiores, eventuais castástrofes financeiras resultantes do seu abandono. Como em todo o lado, também na União Europeia proliferam interesses instalados.

Um conselho de amigo... 

Foi preciso que a ameaça da crise grega pusesse em causa os bancos italianos, fortemente expostos à dívida grega, para que a França, cujos bancos, por sua vez compraram uma grande parte da dívida italiana, também   se inquietasse. O contágio "batia-lhe à porta". E por aí fora...

Assim e, na pessoa do seu presidente Sarkosy, este também já anteriormente contactado por Berlusconi, reuniu-se e chamou "à pedra" a Alemanha, ou seja a sua amiga Angela MerKel, a quem , com as suas políticas de hesitação e contenção, não duvido que a Europa deva muito do contágio desta crise. Com grande regozijo para os mercados financeiros que ganharam que se fartaram, ao sevirem  os diversos interesses globais.

Aguardamos pela criação da tão desejada agência de rating europeia, assim como pela legislação deste tipo de empresas, por forma a por cobro à maneira selvagem e predadora da atuação destas entidades. Que continuam a constituir um grande mistério. Mas isso é outra conversa...
Juntos para sempre...

Assim a chanceler alemã refreou as expectactivas em relação à cimeira dos líderes europeus, alterando a sua posição de conteção à aprovação do plano de ajuda à Grécia, para um discurso diferente, colaborando com os restantes líderes.

Para Durão Barroso, "O momento atual exige o total compromisso de todos na cimeira. Todos disseram que fariam o que fosse preciso para assegurar a estabilidade da zona euro. Pois bem, agora é a altura de cumprirem essa promessa. A situação na zona euro é muito grave e requer uma resposta".

E a resposta veio, a Grécia viu o seu novo pacote de ajuda , de cerca de 158 mil milhões aprovado. E a Europa respirou de alívio. Vamos ver até quando...O desejável seria o "ad eternum", mas...

Para o primeiro ministro Pedro Passos Coelho, e no final desta maratona de oito horas de cimeira consagrada à dívida soberana, considera que Portugal, após esta cimeira, sai de Bruxelas com melhores condições para cumprir com sucesso o seu programa de assistência financeira.
Mercados financeiros

"De uma assentada", disse, os líderes da zona euro acordaram com as condições para resolver, de uma forma credível, a questão da Grécia e alcançar uma reforma a nível europeu que, inequivocamente, permitem a Portugal e Irlanda verem aumentadas as condições de sucesso dos seus programas".

Ainda segundo Passos Coelho, as agências de notação e os mercados não terão mais razões (será que eles precisam disso?) para duvidar das condições de sucesso do programa de Portugal, que até pode aspirar a regressar mais cedo aos mercados.
Primeiro Ministro Pedro Passos Coelho

Contudo o Chefe do Governo sublinhou ainda "não desejar que as boas notícias com que Portugal sai de Bruxelas, constituam qualquer pretexto para que se pense que se pode abrandar o ritmo de aplicação do programa,ou ter menos exigência, dado que os tempos que o País enfrenta são extremamente exigentes e difíceis".

Portugal sai assim desta cimeira com juro mais baixo e mais tempo para pagar o apoio da "troika",  usufruindo do mesmo tipo de condições que foram agora acordadas para a Grécia, a par da Irlanda.

Vamos a ver...


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