QUANTO MORRE
UM HOMEM
Quando eu um
dia decisivamente voltar a face
daquelas
coisas que só de perfil contemplei
quem
procurará nelas as linhas do teu rosto?
Quem dará o
teu nome a todas as ruas
que
encontrar no coração e na cidade?
Quem te porá
como fruto nas árvores ou como paisagem
no brilho de
olhos lavados nas quatro estações?
Quando toda
a alegria for clandestina
alguém te
dobrará em cada esquina?
RUY BELO,
“Aquele
Grande Rio Eufrates”
Sem comentários:
Enviar um comentário