SEM CULPA
Dizes agora que eu quis acabar,
que sou culpada dos teus tristes dias;
que não te amei ou te soube amar;
porém é falsa a teima em que porfias.
Deixavas-me sozinha a delirar
ciúmes, em loucuras e bravias
crispações; começava a agonizar
o meu amor e tu... nada fazias!
Não qu´rias acabar mas insististe
nesta separação tão longa e triste
escrevias-me cartas tão banais!...
Porque quiseste ser o meu ausente?
...se o meu amor já era tão doente
e eu já não podia acreditar-te mais!
L.C.
Inverno,1925
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