No passado dia 10 de julho morreu o ator Omar Sharif, aos 83 anos de idade, em consequência de um ataque cardíaco. Natural do Egito, encontrava-se internado num hospital para pacientes com Alzheimer.
Sharif começou a sua carreira cinematográfica na década
de 1950 e tornou-se mundialmente conhecido no papel de um líder árabe aliado de
Peter O'Toole (T.E. Lawrence) no filme de David Lean "Lawrence of
Arabia" (1962).
O papel de protagonista surgiu em "Doutor
Jivago" (1965), também de David Lean, uma adaptação do romance de Boris
Pasternak, passado durante a Revolução Russa.
Com "Lawrence da Arábia" ganhou o prémio
"Golden Globe" para melhor ator secundário e foi nomeado para o Óscar
de melhor ator secundário. Com "Doutor Jivago" conquistou o
"Golden Globe" para melhor ator.
Foi Genghis Khan e Che Guevara e participou em filmes tão
diferentes como "Mayerling" (1968) de Terence Young, "Funny
Girl" (1968) de William Wyler, ao lado de Barbra Streisand, ou "Os
Possessos" (1988) de Andrzej Wajda.
Depois de um Leão de Ouro no Festival de Veneza, em 2003,
pelo conjunto da sua carreira, Sharif recebeu o César em 2004 para Melhor Ator
em "Monsieur Ibrahim et les fleurs du Coran" de François Dupeyron, no
qual interpreta um velho merceeiro árabe que se torna amigo de um jovem judeu.
De nome Demitri Chalhoub, nasceu a 10 de abril de 1932,
em Alexandria (norte do Egito), numa família de origem libanesa e cristã (da
igreja católica greco-melquita).
Licenciou-se em matemática e física na Universidade do
Cairo, antes de se mudar para Londres para estudar na Royal Academy of Dramatic
Art. Casou-se em 1954 com a atriz egípcia Faten Hamama, depois
de se converter ao islamismo. O casal teve um filho, Tarek, e separou-se em
1956.
Poliglota, Omar Sharif viveu sobretudo em França, nos
Estados Unidos e em Itália. Já doente de Alzheimer, regressou ao Cairo.
Descanse em paz.
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