SONETO
DE INÊS
Dos
olhos corre a água do Mondego
os
cabelos parecem os choupais
Inês!
Inês! Rainha sem sossego
dum
rei que por amor não pode mais.
Amor
imenso que também é cego
amor
que torna os homens imortais.
Inês!
Inês! Distância a que não chego
morta
tão cedo por viver demais.
Os
teus gestos são verdes os teus braços
são
gaivotas poisadas no regaço
dum
mar azul turquesa intemporal.
As
andorinhas seguem os teus passos
e
tu morrendo com os olhos baços
Inês!
Inês! Inês de Portugal.
JOSÉ
CARLOS ARY DOS SANTOS
(ARY
DOS SANTOS)
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