Habanera, Candombe,
Milonga e Vals Payada, são géneros de dança e de música que misturados são apontados
como as origens do que o mundo conhece hoje como ritmos de tango. Reconhecidos
como oriundos da Argentina e Uruguai, no entanto, são o resultado do encontro
cultural entre negros, mestiços e europeus, conseguindo estabelecer-se como uma
disciplina multicultural.
Nasceu no Rio de la Plata, nos portos de Buenos
Aires, entre marinheiros e prostitutas. Dança de sedução e de combate entre
macho e fêmea, em que a mulher acaba sempre por vencer.
Tango |
No início do século XX,
o tango adquire os seus contornos iniciais e adota uma identidade. Com o
aparecimento das primeiras gravações aumenta as suas audiências, e expande o seu
público nos cafés e salões de dança. A Era de Ouro vem com os anos 40 , com a
rádio e o cinema: o tango para além dos limites do River Plate, espalha-se por
todo o mundo. As décadas de 60 e 70 foram tempos mais difíceis. Apenas em 1983,
como género musical consegue forte recuperação e identidade nacional com a democracia
e a estreia do espetáculo de Tango Argentino em Paris.
Alguns associam-no à
palavra africana Tango, que significa "lugar de encontro”, enquanto outros
fixam as suas raízes na palavra Tanpu, de origem quíchua ou ainda no Flamenco, fluxo
musical de cidades da Andaluzia.
O tango paixão e
energia e demanda, tornou-se uma espécie de motor de vida para o especialista
Luis Bravo, um argentino que sucumbiu ao encanto de realizar o maior espetáculo
na história deste género musical: Forever Tango.
Foi em 23 de novembro
1990 que criou as raízes desta produção, em San Diego. Em seguida, fez uma
pequena pausa e continuou a conquistar o público, a tal ponto que até à data
Forever Tango tem sido apresentado ininterruptamente em todo o mundo.
“Forever Tango é para
mim o que significa para qualquer artista de seu próprio trabalho. É o meu maior
trabalho e há já 25 anos que percorro todo o mundo, com temporadas de sucesso
em Londres, Tóquio e muitas das capitais mais importantes”, declarou Luis
Bravo.
O seu trabalho tem
cores e formatos de clássico, não-clássico, popular, antigo e moderno. A
montagem é centrada nos arranjos que fizeram para reposição Matos Rodriguez,
Astor Piazzolla e Carlos Gardel, entre outros.
A
chegada de Forever Tango ao nosso país, sem dúvida, é muito mais do que uma
oportunidade para ver tango, porque é realmente uma janela aberta para a história
deste género, que concilia canto, música e dança no mesmo espetáculo. A dança nacional
da Argentina regressa à nossa capital, Lisboa, num espetáculo marcado para o dia 6 de maio no Teatro Tivoli Bbva. Certamente lá estarei…
Como
diz Luis Bravo, o tango é “um sentimento que se dança, uma história que se
conta em três minutos”.
Forever
Tango embora não seja ”para sempre”, como o título sugere, dura muito mais que
três minutos.
O
resto do tempo é preenchido por sonhos.
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