quarta-feira, fevereiro 22, 2017

"FOREVER TANGO" E LUIS BRAVO NO TEATRO TIVOLI Bbva, DE LISBOA - A não perder...(6 de Maio de 2017)





Habanera, Candombe, Milonga e Vals Payada, são géneros de dança e de música que misturados são apontados como as origens do que o mundo conhece hoje como ritmos de tango. Reconhecidos como oriundos da Argentina e Uruguai, no entanto, são o resultado do encontro cultural entre negros, mestiços e europeus, conseguindo estabelecer-se como uma disciplina multicultural. 

Nasceu no Rio de la Plata, nos portos de Buenos Aires, entre marinheiros e prostitutas. Dança de sedução e de combate entre macho e fêmea, em que a mulher acaba sempre por vencer.

Tango
No início do século XX, o tango adquire os seus contornos iniciais e adota uma identidade. Com o aparecimento das primeiras gravações aumenta as suas audiências, e expande o seu público nos cafés e salões de dança. A Era de Ouro vem com os anos 40 , com a rádio e o cinema: o tango para além dos limites do River Plate, espalha-se por todo o mundo. As décadas de 60 e 70 foram tempos mais difíceis. Apenas em 1983, como género musical consegue forte recuperação e identidade nacional com a democracia e a estreia do espetáculo de Tango Argentino em Paris.
Alguns associam-no à palavra africana Tango, que significa "lugar de encontro”, enquanto outros fixam as suas raízes na palavra Tanpu, de origem quíchua ou ainda no Flamenco, fluxo musical de cidades da Andaluzia.

O tango paixão e energia e demanda, tornou-se uma espécie de motor de vida para o especialista Luis Bravo, um argentino que sucumbiu ao encanto de realizar o maior espetáculo na história deste género musical: Forever Tango.
Foi em 23 de novembro 1990 que criou as raízes desta produção, em San Diego. Em seguida, fez uma pequena pausa e continuou a conquistar o público, a tal ponto que até à data Forever Tango tem sido apresentado ininterruptamente em todo o mundo.

Forever Tango é para mim o que significa para qualquer artista de seu próprio trabalho. É o meu maior trabalho e há já 25 anos que percorro todo o mundo, com temporadas de sucesso em Londres, Tóquio e muitas das capitais mais importantes”, declarou Luis Bravo.
O seu trabalho tem cores e formatos de clássico, não-clássico, popular, antigo e moderno. A montagem é centrada nos arranjos que fizeram para reposição Matos Rodriguez, Astor Piazzolla e Carlos Gardel, entre outros.

A chegada de Forever Tango ao nosso país, sem dúvida, é muito mais do que uma oportunidade para ver tango, porque é realmente uma janela aberta para a história deste género, que concilia canto, música e dança no mesmo espetáculo. A dança nacional da Argentina regressa à nossa capital, Lisboa, num espetáculo marcado para o dia 6 de maio no Teatro Tivoli Bbva. Certamente lá estarei…
Como diz Luis Bravo, o tango é “um sentimento que se dança, uma história que se conta em três minutos”.

Forever Tango embora não seja ”para sempre”, como o título sugere, dura muito mais que três minutos.

O resto do tempo é preenchido por sonhos.






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