TIREM-ME A COLEIRA DE PRATA
Tirem-me a coleira de prata
Com que fui cão do Destino.
Meu coração que se parta
Como um boneco sem menino.
Não saiam das vielas!
Não cantem, que eu já acabo!
Quero beber as estrelas
Num dos cornos do Diabo!
FERNANDO PESSOA
in Cancioneiro, uma antologia.
28-8-1930
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