DOBRE
Peguei
no meu coração
E
pu-lo na minha mão.
Olhei-o
como quem olha
Grãos
de areia ou uma folha.
Olhei-o
pávido e absorto
Como
quem sabe estar morto;
Com
a alma só comovida
Do
sonho e pouco da vida.
FERNANDO
PESSOA,
In
“Cancioneiro”
20-1-1913
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