terça-feira, abril 19, 2016

O PAPA FRANCISCO DEU À EUROPA UMA LIÇÃO CONCRETA SOBRE O ACOLHIMENTO DOS REFUGIADOS



"O caminho privilegiado para a paz é reconhecer no outro, não um inimigo a combater, mas um irmão a acolher. 
Refugiados não são números, são pessoas: são rostos, nomes e histórias, e assim devem ser tratados."

Papa Francisco



O Papa Francisco visitou sábado passado a ilha de Lesbos, ilha grega que é porta de entrada de refugiados para a Europa e assim na linha de frente da crise migratória. A crise dos migrantes e refugiados agravou-se desde a visita de Francisco a Lampedusa, em 2013. Depois disso o drama destas pessoas tem sido tema habitual nas suas intervenções tanto em Roma como nos países a que se tem deslocado.

Desde o ano passado, a Europa enfrenta o maior fluxo de deslocamento forçado de pessoas desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).  

Numa viagem relâmpago, o Sumo Pontífice encontrou-se com os refugiados, ladeado pelo patriarca de Constantinopla Bartolomeu II, líder dos 250 milhões de cristãos ortodoxos e residente em Istambul, por Ierónimo II, chefe da igreja ortodoxa grega e ainda pelo primeiro-ministro grego, Aléxis Tsipras. A visita papal não durou mais que um só dia, à semelhança das deslocações que Francisco tem feito uma vez por mês, no âmbito do Jubileu da Misericórdia.

Os três líderes religiosos visitaram Moria, transformado em centro de detenção, um complexo amplo e cercado que abriga mais de 3 mil refugiados desde que a União Europeia e Ancara fecharam um acordo, no mês passado, para conter o fluxo de imigrantes.
Durante esta visita foi assinada uma declaração conjunta, na qual se espera que os três chefes espirituais enviem uma forte mensagem aos líderes internacionais.

Na sua chegada a Lesbos, o arcebispo Ierónimo destacou que o objetivo da visita à ilha é tornar o problema dos refugiados tema internacional, que não é só responsabilidade da Grécia, mas também da Europa e do mundo.

Desde que assumiu a liderança da Igreja Católica, em março de 2013, o papa Francisco faz apelos de ajuda aos imigrantes. Um de seus primeiros compromissos como Pontífice foi visitar a ilha italiana de Lampedusa, no Mar Mediterrâneo, onde diariamente dezenas de embarcações com imigrantes tentam chegar ao continente europeu.
O papa Francisco disse ainda que, durante sua visita a Lesbos, viu "muita dor" e tristeza:
"Havia tantas crianças. Algumas dessas crianças viram seus pais, seus amigos, morrerem no mar. Vi tanta dor!", declarou no passado domingo, dia 17.

Francisco relatou a história de um homem muçulmano de cerca de 40 anos que era casado com uma cristã, de quem gostava e "se respeitavam mutuamente". Ela, no entanto, foi degolada por terroristas após não aceitar a renunciar a Cristo e abandonar a sua fé. "É uma mártir!", concluiu. O objetivo de Jorge Mario Bergoglio na ilha foi levar uma mensagem de apoio aos imigrantes:
"Os migrantes, em vez de serem simples números estatísticos, são, acima de tudo, pessoas que têm rostos, nomes e histórias individuais. A Europa é a terra pátria dos direitos humanos, e quem coloca os pés em solo europeu deveria sentir isso, e assim tornar-se mais consciente do dever de respeitar e defender esses direitos,” afirmou o Papa

O Papa Francisco levou consigo, para o Vaticano, 3 famílias de refugiados. Estes refugiados pertencem a “grupos vulneráveis” e “chegaram a Lesbos antes da entrada em vigor do acordo entre a União Europeia e a Turquia”, que permite o reenvio dos migrantes para a Turquia. Grupo composto por 12 refugiados muçulmanos sírios, entre os quais 6 menores.

Ativistas aproveitaram o momento para se manifestarem e criticarem a ação da União Europeia face aos refugiados: “União Europeia és uma vergonha” foi uma das frases gritadas durante este protesto

São imagens chocantes  e impressionantes as que os vídeos inseridos mostram. O mundo não as pode ignorar e muito menos continuar indiferente a este drama dos refugiados que buscam o acolhimento da Europa!




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