(...)Manhãzinha seguinte, viram Vivalma sair de casa, canteirando pelo jardim, a encher as mãos com petalazinhas brancas.
Haveria quê nessas flores alegria de quem se ilude vencer?
Ou eram pequenitas raivas, desapercebidas como lágrimas em seu rosto molhado?
Só ela, a matinal vendedeira, sabe do valor dessas minusculinhas naturezas em seus dedos decepados.
Dizem, finalmente, que sob o véu de seus enegrecidos olhos havia, nessa manhã, uns fiapos de satisfação.
Poderá ela, alguma vez, ser sabida? Se, como diz nenhuma canção, a água corre cm saudade do que nunca teve: o total, imenso mar.
MIA COUTO
in "Contos do nascer da terra"
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