segunda-feira, julho 22, 2013

PELA NOITE...Com Manuel Bandeira








O ÚLTIMO POEMA

Assim eu quereria o meu último
poema.

Que fosse terno dizendo as coisas
mais simples e menos intencionais

Que fosse ardente como um soluço
sem lágrimas

Que tivesse a beleza das flores
quase sem perfume

A pureza da chama em que se
consomem os diamantes mais
límpidos

A paixão dos suicidas que se
matam sem explicação.



MANUEL BANDEIRA









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