A ilha
italiana do Mediterrâneo, entre a Sicília e a costa da Tunísia e da Líbia, é
uma das principais portas de entrada para a União Europeia, juntamente com a
fronteira entre a Grécia e Turquia. Desde Janeiro, 4000 imigrantes chegaram já
à ilha – esse número é três vezes maior do que os do ano passado. 2011, com as Primaveras Árabes, foi particularmente
movimentado. Nesse ano, cerca de 50 mil imigrantes e refugiados desembarcaram
em Lampedusa, metade dos quais vindos da Líbia e da Tunísia, cuja costa fica a
pouco mais de 100 quilómetros da ilha.
A
escolha de Lampedusa para a primeira deslocação fora de Roma é altamente
simbólica para um Papa que colocou os pobres e os excluídos no centro do
seu pontificado e lançou um apelo à Igreja para que regresse à sua missão de os
servir.
“Oremos
pelos que hoje não estão aqui”, disse o Papa a um pequeno grupo de imigrantes
acabados de chegar, no domingo, a este primeiro porto seguro para milhares de
pessoas que tentam chegar à Europa. "Perdemos
o sentido da responsabilidade fraterna e esquecemo-nos de como chorar os mortos
no mar”, lamentou. “Ninguém chora estes mortos", acrescentou, criticando "os
traficantes" que "exploram a pobreza dos outros."
Depois o Papa Francisco lançou ao mar uma coroa de crisântemos (brancos e amarelos, cores do
Vaticano) antes de se recolher em silêncio...
Sem comentários:
Enviar um comentário