Evangelho segundo São Mateus ( 5, 1-12 ):
Ao ver a multidão, Jesus subiu a um monte. Depois de se ter sentado, os discípulos aproximaram-se d'Ele. Então, tomou a palavra e começou a ensiná-los, dizendo:
Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino do Céu.
Felizes os que choram, porque serão consolados.
Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Felizes os puros de coração, porque verão Deus.
Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu.
Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o género de calúnias contra vós, por Minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque grande será a vossa recompensa no Céu; pois também assim perseguiram os profetas que vos precederam.
No dia 1 de novembro, a Igreja Católica celebra a Festa do Dia de Todo os Santos, festa de todos os cristãos que se encontram na glória de Deus, tenham ou não sido canonizados e que também se comprometeram, de maneira radical, com os seus semelhantes. Por isso, nesta Festa, todo o Povo cristão é convidado a entrar em comunhão com Deus e com todo o Homem de boa vontade. Em Portugal, este dia é feriado nacional e dia santo de guarda.
Evangelho Segundo São Mateus |
Como Jesus de Nazaré, somos convidados a fazer da nossa vida uma Eucaristia, uma oferenda viva. Na Igreja antiga, os santos eram entregues às chamas, às feras, às torturas cruéis. Hoje, também milhares de justos são entregues à morte, são torturados pela fome, pelo desemprego, pela doença, e silenciados pela repressão, pela intimidação, pelas ameaças de morte dos que se julgam senhores deste mundo. Mas é nas entranhas dos que sofrem, dos aflitos, dos esquecidos, que germinam, nascem e dão fruto as sementes do Evangelho de Jesus Cristo. Assim, desta maneira, esta é também a Festa dos justos dos nossos dias, uma enorme multidão cujo testemunho vivo é fonte perene de renovação para a Igreja.
Em Portugal, no Dia de Todos os Santos, é tradição crianças saírem à rua em pequenos grupos, para pedir o "Pão-por-Deus", de porta em porta. Quando pedem o Pão-por-Deus, recitam versos e recebem uma oferta, em troca: pão, broa, bolos, romãs, frutos secos, nozes, castanhas ou amêndoas, que guardam nos seus tradicionais sacos de pano. Em algumas regiões, é também usual os padrinhos oferecerem aos afilhados um bolo, o Santoro. Daí este dia também ser conhecido, em certas povoações, como o "Dia dos Bolinhos".
Tradição do Pão-por-Deus |
A tradição é atribuída à grande fome que aconteceu em Lisboa, como consequência da catástrofe do Terramoto de 1755, e que levou milhares de pessoas da população, agora ainda mais pobre, a pedir de porta em porta. Infelizmente este costume de pedir o Pão-por-Deus tem vindo a desaparecer, substituído por outras comemorações mais novas e importadas de outras culturas, como o Halloween.
Bem falta faz, nestes tempos de carência e de grande crise, sempre bem mais severa para quem menos tem...
No dia do Pão-por-Deus,
Vais levar uma saquinha,
Com alguns versos meus,
Gratos pela esmolinha.
(Quadra popular)
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