O
cantor britânico George Michael, conhecido como "Faith" e
"Freedom! '90", morreu ontem, 25 de dezembro de 2016, aos 53 anos. A
informação foi confirmada pelo seu assessor de imprensa: "É com grande
tristeza que confirmamos que o nosso amado filho, irmão e amigo George morreu
em paz, em casa, durante o Natal. A família pede respeito e privacidade neste
momento difícil e emotivo. Não haverá mais declarações".
Michael
sofreu uma paragem cardíaca.
George
Michael preparava atualmente uma edição de luxo do álbum "Listen
Without Prejudice Vol 1", celebrando os 25 anos do seu lançamento. O álbum, que
vendeu 8 milhões de cópias, foi responsável por um desentendimento de Michael com
a gigante Sony Music, que acusou de o escravizar e de não divulgar o disco como
merecia.
Michael,
cujo nome real era Georgios Kyriacos Panayiotou, nasceu em 25 de junho de 1963
em East Finchley, norte de Londres. Filho de um restaurador cipriota e de uma mãe bailarina, começou o seu envolvimento com a música como DJ,
tocando em clubes e escolas.
Já
na adolescência, interessou-se pela música e começou a tocar ska com o amigo de
escola Andrew Ridgeley. Na primeira metade dos anos 1980, os dois criaram o duo
pop "Wham!", que daria o pontapé inicial na carreira de George Michael, com êxitos
como "Young Guns", "Wake Me Up Before You Go-Go" e
"Careless Whisper". Esta parceria durou até 1986, vendendo mais de 25
milhões de discos.
George Michael |
Quando
os "Wham!" estavam ainda no auge, com sucesso internacional, Michael decidiu
seguir a sua carreira solo. Em 1987, lançou "Faith", o seu primeiro
disco solo, que continha ainda êxitos como "Father Figure" e
"Kissing a Fool". Chegou mesmo a vender 20 milhões de cópias pelo
mundo. Carregados de sensualidade, os videoclipes do álbum ajudaram a
fortalecer a imagem de Michael como um dos grandes sex symbols do pop da década
de 80.
Ao
longo dos seus 40 anos de carreira, chegou a vender mais de cem milhões de
discos. Foi premiado por três vezes, e ganhou três Prémios Brit Awards e duas
vezes o Prémio Grammy.
Pessoalmente,
o cantor foi conhecido por uma rotina de excessos, com prisões por porte de
drogas e por atentado ao pudor numa casa de banho pública de um parque. Já nos
anos 1990, assumiu publicamente a sua homossexualidade e criou a música
"Jesus to a Child" em homenagem ao estilista brasileiro e seu
namorado Anselmo Feleppa, que morreu de sida. Mas, antes disso, teve namoros
com mulheres, entres elas a atriz Brooke Shields .
Sempre
que possível, manifestou críticas à então primeira ministra britânica Margareth
Tatcher, ao primeiro-ministro britânico Tony Blair e ao então presidente dos
Estados Unidos, George Bush. Por causa de seu posicionamento político, começou
a ser boicotado pelos jornais norte-americanos de direita.
Em
2011, Michael foi forçado a cancelar uma série de shows por causa de uma
pneumonia. Segundo a BBC, o cantor chegou a ser submetido a uma traqueotomia
para poder respirar e chegou a ficar inconsciente durante a sua estadia no
hospital.
Nada
disso impediu que Michael continuasse a fazer planos no domínio da música.
Recentemente anunciou o lançamento de um novo álbum com o produtor e compositor
Naughty Boy. No próximo mês de Março de 2017, planeava lançar um documentário,
"Freedom".
Este
Natal foi, de facto, o seu “Last Christmas…”
Descanse
em paz.
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