FELICIDADE
é
abrir-te devagar como uma porta
rangendo
murmúrios
para
o meu corpo entrar.
E
depois, depois voltar a fechá-la atrás de mim
e
caminhar em ti em ritmos certos
para
que os meus passos se confundam com o
bater
do teu coração.
E
depois, depois semear em ti trigo novo
e
soltar papoilas nuas da minha boca
para
que se misturem com o teu sangue.
E
depois,
depois
perder-me nesse sonho sem regresso
só
com a luz dos teus olhos
a
levarem notícias do mundo!…
JOÃO
MORGADO,
in
RIO DE DOZE ÁGUAS, 12 POETAS,
(Coisas de
Ler Ed., 2012)
1 comentário:
Lindíssimo poema..felicidade...todos a queremos, mas a maior parte das vezes passa por nos é nem damos por ela!! Obrigada pela partilha, adorei!! Boa noite, beijinhos!!
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