Um mar de fotografias de vítimas da ditadura de Augusto Pinochet foi
espalhado em frente ao palácio presidencial, em Santiago.
O Chile homenageou na passada sexta-feira dia 11, o golpe de Estado que
derrubou em 1973 o governo de Salvador Allende instaurando a ditadura de
Augusto Pinochet, ainda com dívidas na busca por verdade, justiça e reparação, afirmou
a presidente chilena, Michelle Bachelet:
"Ainda faltam entes queridos cujos paradeiros desconhecemos, ainda
existe verdade para conhecer e justiça para aplicar", disse a presidente
de esquerda no Palácio de La Moneda, ao liderar a homenagem ao socialista
Allende.
Isabel Allende |
Bachelet pediu: “a Derrubada dos muros de silêncio que nos impedem de
avançar, ainda há privilégios que o Chile de hoje em dia não tolera, a
consciência do Chile exige que eles sejam superados. Eu me encarregarei de que
o cumprimento da justiça seja igual para todos, é um compromisso inevitável que
assumo pessoalmente”, acrescentou a presidente, que viveu na própria pele a
repressão militar, no que pode ser um aceno para as vozes que pedem o encerramento
da prisão especial.
A prisão, localizada a 50 km de Santiago, abriga uma centena de ex-membros
das Forças Armadas condenados por sequestro, tortura e assassinato das mais de
3.200 vítimas fatais deixadas pela ditadura de Pinochet (1973-1990).
A senadora e escritora Isabel
Allende, filha do presidente deposto Salvador Allende, participou da
manifestação em frente ao palácio presidencial, em Santiago.
Com a homenagem a Allende, que se suicidou em 11 de setembro de 1973, durante
o bombardeio contra o Palácio de La
Moneda, o Chile viveu um dia preenchido pelos várias cerimónias em memória das
vítimas da sangrenta ditadura de Pinochet. Incidentes que, quase todos os anos, registam episódios sangrentos na periferia de Santiago.
Pablo Neruda, Victor Jara e Salvador Allende |
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