Para
quem não sabe, o Alta Definição - programa de entrevistas da SIC apresentado
por Daniel Oliveira - acabou de comemorar 5 anos de existência há duas semanas,
para mim um dos programas mais interessantes e intimistas da televisão portuguesa.
Creio
que desde 2009 os acompanho, praticamente na sua totalidade.
Tenho um
"ritual" todos os Sábados que me faz ver o programa, mesmo que os
convidados, por vezes, não me digam nada.
Sinceramente,
há quem não goste do tipo de "jornalismo" (ou entretenimento)
apresentado por ele. Que é muito “lamechas”, que é aborrecido, que ali até o
Hitler conseguiria passar a imagem de boa pessoa. E é precisamente por isso que
o programa é excelente. Pela capacidade que o Daniel tem de trazer ao de cima o
melhor de cada figura pública, mesmo que, quem lá esteja, não nos seja
particularmente simpático.
Mas esta
entrevista sobre a inqualificável tragédia de Auschwitz certamente ficará na
nossa memória, e por isso a partilho convosco. Aqui temos a reportagem, da
autoria de Henrique Cymerman, de quem sou fã pelas suas reportagens de guerra.
E recentemente, naquela hora, pudemos ficar a saber quem é que era o homem, e
não o jornalista, que aparecia para, literalmente, dar o corpo às balas,
colocando a sua vida em risco permanentemente.
Enfim. O
Alta Definição acaba por ser uma enorme "pedrada no charco" na
televisão portuguesa, porque foge às entrevistas "só porque sim".
Quem critica a sua sensibilidade é porque, tendencialmente, prefere formatos
mais cinzentos.
Serão
essas pessoas capazes de saber o que dizem os seus olhos?
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