HEI-DE
ESCREVER-TE
Hei-de
escrever-te um dia
Quando
apertar a saudade
Para me
lembrar da alegria
Que abraçava
a cidade.
Mas enquanto
não chegar essa hora
Irei
recordar com carinho
Aquele teu
beijinho
Que num
instantinho
Veio sem
demora.
Hei-de
escrever-te, minha garota do Ipanema
Quando as
horas forem cruéis e duras
Quando as
tuas mãos, leves e puras,
Entrelaçaram
as minhas naquela noite,
Em
Copacabana, no cinema.
(Lembras-te
do tempo feliz naquelas noites
Em que
adormecíamos nas areias das praias?)
Mas hei-de
escrever-te
Hei-de
escrever-te outras palavras
palavras ao
som da cuíca e do piano e do tambor
Mais belas e
frescas
Que acabem
com esta fria tristeza
E tragam
beleza e Sol à palavra Amor.
GONÇALO VIANA DE SOUSA
2 comentários:
Delicia de poema. Um canto ao amor e à saudade.
Parabéns pela escolha que são sempre excelentes.
Alice Ferreira
Gostei muito de ler este poema!! Foi mais uma bela escolha!! Parabéns!! Beijinhos!
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