Este ano a Festa dos Tabuleiros, em Tomar, realizou-se com a presença de cerca de meio milhão de pessoas, do Presidente da República Aníbal Cavaco Silva e do Primeiro Ministro Pedro Passos Coelho.
Esta festa realiza-se de 4 em 4 anos, em honra do Divino Espírito Santo. Constituíndo-se numa das romarias mais importantes em Portugal, atrai milhares de turistas ao nosso país, sempre que se realiza. Sendo uma das festividades religiosas mais antigas, a sua origem parece ter surgido nas festas das colheitas à deusa Ceres. A sua cristianização pode dever-se à Rainha Santa Isabel, que lançou as bases da Congregação do Espírito Santo, movimento que em muitas localidades do reino absorveu as primitivas festas pagãs.
Esta Festa de "Ação de Graças" e de oferendas manteve as suas características inalteráveis até ao século XVIII. Presentemente apresenta novas características que lhe foram adicionadas ao logo do tempo, no sentido de lhe conferir maior grandiosidade.
A tradição continua em muitas das suas cerimónias como o Cortejo da chegada dos Bois do Espírito Santo, que tem o nome do Cortejo do Mordomo, o Cortejo dos Tabuleiros e a sua bênção, a forma do tabuleiro, a forma dos vestidos das raparigas portadoras dos Tabuleiros e a Pêza ou distribuição do pão e da carne (desde há alguns anos, também se procede à distribuição do vinho).
A principal característica desta Festa dos Tabuleiros é o Desfile ou Procissão, com um número variável de tabuleiros representativos das dezasseis freguesias do concelho e que este ano atingiu o número recorde de 704 Tabuleiros, num total de 1700 figurantes.
O Tabuleiro deve ter a mesma altura da rapariga que o leva à cabeça e é constituído por trinta pães enfiados em cinco ou seis canas ornamentadas com flores, e que partem de um cesto de vime ou verga, rematado no alto por uma coroa encimada pela Pomba do Espírito Santo ou pela Cruz de Cristo.
Este Cortejo percorre as ruas de janelas engalanadas com colchas e ormentadas com milhares de flores, num percurso de cinco ou seis quilómetros.
O início da Festa dos Tabuleiros é marcado pela chamada do povo para uma reunião pública, convocada pelo Presidente da Câmara, para o Salão Nobre dos Paços do Concelho onde se decide se há Festa dos Tabuleiros no ano seguinte: se a opinião do povo for favorável, é escolhido o Mordomo. Após decisão sobre a Festa, se o povo decidir que há Festa, são lançados três foguetes a anunciar que há realmente Festa...
Ao Mordomo compete organizar a Comissão Central, que deverá ser responsável pela gestão da organização dos diversos Cortejos e eventos: o Cortejo das Coroas, o Cortejo dos Rapazes, o Cortejo do Mordomo ou a Chegada dos Bois do Espírito Santo, a abertura das ruas populares ornamentadas, os Jogos Populares, os Cortejos Parciais, o Grande Cortejo ou o Cortejo dos Tabuleiros e a Pêza.
A eleição do Mordomo e decisão da realização da Festa são feitas num período de alguns meses antes da data provável da festa, que deverá ter lugar no ano seguinte, de modo a haver tempo para se proceder à realização de todos os preparativos.
As cerimónias da Festa têm início no Domingo de Páscoa do ano seguinte.
O Cortejo das Coroas é o primeiro ato solene da Festa dos Tabuleiros e destina-se a anunciar à população a celebração da Festa Maior. O Cortejo sai da Misericórdia, dirige-se para a Igreja de S.João Batista ou Igreja de Santa Maria do Olival onde é celebrada a Missa Solene do Espírito Santo na presença das Coroas e Pendões que são colocados na capela mor.
Terminada a Missa, o Primeiro Cortejo das Coroas percorre o itinerário da Festa dos Tabuleiros. Há 7 saídas do Cortejo das Coroas. Sete é o número perfeito para a Igreja Católica: 7 dias da semana; o 7.º dia é o dia do descanso; 7 Dons do Espírito Santo e 7 domingos da Páscoa ao Pentecostes.
A rotatividade destes cortejos pertence às juntas de freguesia, que só se voltam a juntar no Cortejo dos Tabuleiros.
O Cortejo dos Rapazes é feito como se se tratasse do Cortejo dos Tabuleiros do adultos: os trajes da tradição, os tabuleiros à altura das meninas, e os rapazes trajando de preto, levam o barrete preto no ombro e a gravata da cor da fita da menina.
Este Cortejo é integrado pelas diversas Escolas do 1.º Ciclo do concelho de Tomar, e realizado com tal entusiasmo que se chegou a tingir os dois mil participantes.
Cortejo dos Mordomos: mantém a tradição dos bois enfeitados com colares e brincos de flores, desfilando pelas ruas da cidade ao som dos foguetes, gaiteiros e banda de música. A acompanhar vão algumas charretes que transportam os Mordomos, convidados e diversos cavaleiros. Desde 1966 que os bois não são abatidos, sendo posteriormente entregue aos talhos, e a sua carne distribuída pelas famílias carenciadas.
As Ruas Populares Ornamentadas são abertas ao público, numa deslumbrante festa de cor e alegria.
Os Cortejos Parciais decorrem no sábado de manhã e consistem na apresentação individual dos Tabuleiros de cada uma das freguesias que se irão concentrar na Mata Nacional dos Sete Montes, onde, contando com as presenças dos Mordomos e de toda a Vereação, deverão ficar em exposição até ao Cortejo dos Tabuleiros, no domingo.
Os Jogos Populares vêm de tempos recuados e era o grande acontecimento que atraía a Tomar a população das redondezas. A corrida dos burros era a parte mais interessante da festa. Estes Jogos Populares foram adaptados aos tempos atuais.
Cada freguesia tem um representante para cada jogo: o corte dos troncos, a corrida das carroças, subida do mastro, corrida de sacos, de pipas, etc..
O Cortejo dos Tabuleiros é o motivo principal da Festa dos Tabuleiros. Adquiriu tal importância, que deu o nome à Festa que hoje só é conhecida por Festa dos Tabuleiros.
As raparigas, figuras principais, desfilam em duas longas filas ao lado dos seus ajudantes (os rapazes), que seguem do lado de dentro, mas sempre atentos às suas companheiras.
Dirigem-se à Praça da República onde o cortejo enrola harmoniosamente até preencher a placa central.
Um representante da Igreja vem à Praça, paramentado, dar a bênção aos Tabuleiros.
Depois, a um sinal do sino, é a elevação, um momento inesquecível. Uma enorme moldura humana aplaude este momento pela sua grandiosidade, simbolismo e beleza, único nestas festividades.
O Bodo ou Pêza ou ainda os bodos do Espírito Santo, instituídos pela Rainha Santa Isabel em Tomar, hoje somente designados por Pêza, constituem o último ato de cada Festa dos Tabuleiros.
Acontece no dia seguinte (segunda feira) e seguindo a tradição, numa forma de agradecimento a Deus, consta da partilha do pão, da carne e do vinho agora só com os mais pequenos, os mais necessitados.
A tradição continua em muitas das suas cerimónias como o Cortejo da chegada dos Bois do Espírito Santo, que tem o nome do Cortejo do Mordomo, o Cortejo dos Tabuleiros e a sua bênção, a forma do tabuleiro, a forma dos vestidos das raparigas portadoras dos Tabuleiros e a Pêza ou distribuição do pão e da carne (desde há alguns anos, também se procede à distribuição do vinho).
A principal característica desta Festa dos Tabuleiros é o Desfile ou Procissão, com um número variável de tabuleiros representativos das dezasseis freguesias do concelho e que este ano atingiu o número recorde de 704 Tabuleiros, num total de 1700 figurantes.
Os Tabuleiros |
O Tabuleiro deve ter a mesma altura da rapariga que o leva à cabeça e é constituído por trinta pães enfiados em cinco ou seis canas ornamentadas com flores, e que partem de um cesto de vime ou verga, rematado no alto por uma coroa encimada pela Pomba do Espírito Santo ou pela Cruz de Cristo.
Este Cortejo percorre as ruas de janelas engalanadas com colchas e ormentadas com milhares de flores, num percurso de cinco ou seis quilómetros.
O início da Festa dos Tabuleiros é marcado pela chamada do povo para uma reunião pública, convocada pelo Presidente da Câmara, para o Salão Nobre dos Paços do Concelho onde se decide se há Festa dos Tabuleiros no ano seguinte: se a opinião do povo for favorável, é escolhido o Mordomo. Após decisão sobre a Festa, se o povo decidir que há Festa, são lançados três foguetes a anunciar que há realmente Festa...
Rua engalanada de Tomar |
Ao Mordomo compete organizar a Comissão Central, que deverá ser responsável pela gestão da organização dos diversos Cortejos e eventos: o Cortejo das Coroas, o Cortejo dos Rapazes, o Cortejo do Mordomo ou a Chegada dos Bois do Espírito Santo, a abertura das ruas populares ornamentadas, os Jogos Populares, os Cortejos Parciais, o Grande Cortejo ou o Cortejo dos Tabuleiros e a Pêza.
A eleição do Mordomo e decisão da realização da Festa são feitas num período de alguns meses antes da data provável da festa, que deverá ter lugar no ano seguinte, de modo a haver tempo para se proceder à realização de todos os preparativos.
As cerimónias da Festa têm início no Domingo de Páscoa do ano seguinte.
Cortejo das Coroas |
O Cortejo das Coroas é o primeiro ato solene da Festa dos Tabuleiros e destina-se a anunciar à população a celebração da Festa Maior. O Cortejo sai da Misericórdia, dirige-se para a Igreja de S.João Batista ou Igreja de Santa Maria do Olival onde é celebrada a Missa Solene do Espírito Santo na presença das Coroas e Pendões que são colocados na capela mor.
Terminada a Missa, o Primeiro Cortejo das Coroas percorre o itinerário da Festa dos Tabuleiros. Há 7 saídas do Cortejo das Coroas. Sete é o número perfeito para a Igreja Católica: 7 dias da semana; o 7.º dia é o dia do descanso; 7 Dons do Espírito Santo e 7 domingos da Páscoa ao Pentecostes.
A rotatividade destes cortejos pertence às juntas de freguesia, que só se voltam a juntar no Cortejo dos Tabuleiros.
Cortejo dos Rapazes |
O Cortejo dos Rapazes é feito como se se tratasse do Cortejo dos Tabuleiros do adultos: os trajes da tradição, os tabuleiros à altura das meninas, e os rapazes trajando de preto, levam o barrete preto no ombro e a gravata da cor da fita da menina.
Este Cortejo é integrado pelas diversas Escolas do 1.º Ciclo do concelho de Tomar, e realizado com tal entusiasmo que se chegou a tingir os dois mil participantes.
Cortejo dos Mordomos: mantém a tradição dos bois enfeitados com colares e brincos de flores, desfilando pelas ruas da cidade ao som dos foguetes, gaiteiros e banda de música. A acompanhar vão algumas charretes que transportam os Mordomos, convidados e diversos cavaleiros. Desde 1966 que os bois não são abatidos, sendo posteriormente entregue aos talhos, e a sua carne distribuída pelas famílias carenciadas.
Cortejo dos Mordomos |
As Ruas Populares Ornamentadas são abertas ao público, numa deslumbrante festa de cor e alegria.
Os Cortejos Parciais decorrem no sábado de manhã e consistem na apresentação individual dos Tabuleiros de cada uma das freguesias que se irão concentrar na Mata Nacional dos Sete Montes, onde, contando com as presenças dos Mordomos e de toda a Vereação, deverão ficar em exposição até ao Cortejo dos Tabuleiros, no domingo.
Rua popular engalanada |
Os Jogos Populares vêm de tempos recuados e era o grande acontecimento que atraía a Tomar a população das redondezas. A corrida dos burros era a parte mais interessante da festa. Estes Jogos Populares foram adaptados aos tempos atuais.
Cada freguesia tem um representante para cada jogo: o corte dos troncos, a corrida das carroças, subida do mastro, corrida de sacos, de pipas, etc..
O Cortejo dos Tabuleiros é o motivo principal da Festa dos Tabuleiros. Adquiriu tal importância, que deu o nome à Festa que hoje só é conhecida por Festa dos Tabuleiros.
As raparigas, figuras principais, desfilam em duas longas filas ao lado dos seus ajudantes (os rapazes), que seguem do lado de dentro, mas sempre atentos às suas companheiras.
Cortejo dos Tabuleiros |
Dirigem-se à Praça da República onde o cortejo enrola harmoniosamente até preencher a placa central.
Um representante da Igreja vem à Praça, paramentado, dar a bênção aos Tabuleiros.
Depois, a um sinal do sino, é a elevação, um momento inesquecível. Uma enorme moldura humana aplaude este momento pela sua grandiosidade, simbolismo e beleza, único nestas festividades.
O Bodo ou Pêza ou ainda os bodos do Espírito Santo, instituídos pela Rainha Santa Isabel em Tomar, hoje somente designados por Pêza, constituem o último ato de cada Festa dos Tabuleiros.
Bênção dos Tabuleiros |
Acontece no dia seguinte (segunda feira) e seguindo a tradição, numa forma de agradecimento a Deus, consta da partilha do pão, da carne e do vinho agora só com os mais pequenos, os mais necessitados.
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