quinta-feira, julho 14, 2011

O ADEUS AO ATLANTIS - (NASA)










Esta sexta-feira passada, foi a última vez que o Atlantis se fez aos céus, informou a NASA. O vaivém espacial conta com 30 anos de conquistas, mas também de algumas tragédias, derrapagens orçamentais, e muitas dúvidas sobre o futuro do programa espacial norte-americano.
Bandeira da NASA

Depois do Discovery, em fevereiro, e do Endeavour, em maio, o segundo space shuttle mais jovem da frota da NASA, partiu para a sua missão final (STS-135), ao fim de 197 milhões de quilómetros percorridos e de ter lançado as sondas planetárias Magalhães e Galileo, entre outros equipamentos de investigação espacial.

Com o passar dos anos, estes intercâmbios tornaram-se vulgares na Estação Espacial Internacional (EEI), destino das últimas missões dos vaivéns, para a entrega de módulos e abastecimento.
O space shuttle Atlantis

Foi sob o signo da "mudança" que o Presidente Barack Obama chegou à Casa Branca em 2008, e também que em abril de 2010 foi ao centro Espacial Kennedy, palco do lançamento dos vaivéns, traçar o rumo para a NASA na "exploração espacial do século XXI".

"O que foi outrora uma competição global (entre russos e norte-americanos durante a Guerra Fria) tornou-se numa colaboração global", disse Obama, perante os executivos da NASA e alguns dos seus mais ilustres astronautas, como Buzz Aldrin.

A era da "colaboração" passa no imediato pela entrega a privados e aos russos de missões às estações espaciais e órbita inferior da Terra. Com o desenvolvimento de um novo vaivém capaz de alcançar as profundezas do espaço previsto pela administração norte-americana apenas para 2025 (Marte, Júpiter?), não faltam críticos a este hiato na capacidade de projeção da NASA, e à falta de planeamento que o causou, incluindo do administrador da agência espacial norte-americana.

"Não é aceitável que a nação mais poderosa do mundo se encontre numa situação em que não foi feito o devido planeamento para ter um veículo pronto para substituir o vaivém quando este fizer a sua última aterragem", afirmou Charles Bolden numa recente entrevista à CNN.
Camisolas da NASA

Embora por detrás do vaivém estivesse o embaratecimento dos voos espaciais, com um custo estimado de 10 milhões de dólares nos anos de 1970, hoje uma missão custa aproximadamente mil milhões de dólares, um valor proibitivo em maré de corte geral nas contas públicas norte-americanas, ainda mais, se comparado com os custos da agência espacial russa.

Um estudo recentemente citado pelo Philadelphia Inquirer, estima o custo total do desenvolvimento e das cerca de 135 missões dos vaivéns em 192 mil milhões de dólares, entre 1970 e 2010.

Se desde o lançamento, em 1981, os vaivéns representaram a superioridade tecnológica sobre Moscovo, esta imagem foi em parte danificada pelos acidentes do Challenger em 1986 e do Columbia em 2005, que causaram a morte de 14 astronautas.

Assim e após três décadas de atividades, a frota será aposentada. Milhares de pessoas perderão os seus empregos: o futuro do país, no espaço, é incerto.
Equipa do Atlantis

Enquanto os outros vaivéns serão distribuídos por museus em Los Angeles, Virgínia e Nova Iorque. o Atlantis ficará "em casa", no Kennedy Space Center (Flórida), no seu regresso definitivo à Terra.

No logotipo do Atlantis, que inseri no cabeçalho desta publicação, o ómega simboliza o fim das viagens deste space shuttle.






Sem comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...