Portugal
está oficialmente de luto, que durará 3 dias.
Pelo
menos 62 pessoas morreram e cerca de 62 pessoas ficaram feridas num incêndio
que deflagrou na tarde de sábado passado em Pedrógão Grande, Leiria. Números
que poderão aumentar, se a situação dos fogos evoluir, uma vez que temperaturas
acima dos 40 graus e fortes trovoadas assolam grande parte do território do
país.
A
maior parte das vítimas foi apanhada pelas chamas quando seguia de carro e se
viu encurralada pelo fogo, mas há várias aldeias com casas que o mesmo fogo
destruiu. Os mortos confirmados até ao momento serão todos civis. Muitas
pessoas estão ainda dadas como desaparecidas, situação agravada pela
dificuldade das comunicações no local. Durante a madrugada, foi noticiado o
desaparecimento de dois bombeiros, mas terão sido localizados, com ferimentos.
Entre os cinco feridos mais graves estão quatro bombeiros e uma criança. Na
manhã do dia de ontem, domingo, o fogo ainda ardia com muita intensidade, com
quatro frentes, duas delas muito violentas.
A
PJ garante que o fogo teve origem num raio que atingiu uma árvore.
Marcelo
Rebelo de Sousa deslocou-se na madrugada de ontem a Pedrógão Grande. À chegada, o Presidente da República
emocionou-se ao abraçar o secretário de estado da Administração Interna, Jorge
Gomes. Após reunião com as equipas de comando das operações no local, o
Presidente da República apresentou as condolências à família das vítimas
mortais e manifestou um "profundo calor humano" e apoio a todos os
meios envolvidos no local, destacando os bombeiros, a GNR, o Exército e a
Segurança Social. Disse ainda que no caminho até ao teatro das operações viu
"cabos caídos e acessos difíceis".
Nos
últimos anos, Portugal tem sido atingido por incêndios florestais que já
mataram centenas de elementos dos Bombeiros e civis. A tragédia de Pedrogão
Grande é das mais graves de sempre no que toca a vítimas mortais. Na
memória está ainda os grandes incêndios da Serra do Caramulo em 2013,
que vitimaram quatro bombeiros, encurralados pelas chamas. Mais recentemente no
ano passado, na Madeira, violentos incêndios varreram a ilha provocando
três mortos e dezenas de feridos, num cenário dantesco que correu o mundo. Em
2006, seis bombeiros chilenos, que vieram auxiliar os seus companheiros portugueses
num incêndio na Guarda, acabaram por não conseguir escapar à força do
fogo. Dois anos antes, já dois especialistas chilenos tinham perdido a vida num
incêndio na Chamusca. O pior ano de sempre em termos de mortos devido a
incêndios foi em 2003. Na altura morreram 21 pessoas. 25 militares morrem na Serra
de Sintra Em 1986, 14 bombeiros e dois civis morreram num violento incêndio
que deflagrou em Castanheira do Vouga, no concelho de Águeda. As chamas que acontecem agora no Distrito de Leiria,
onde 62 pessoas perderam a vida e outras 62 apresentam ferimentos graves, devido
a estes incêndios começados no Pedrógão, mas que se alastram já por 3
distritos, constituem de longe, a maior tragédia de sempre em Portugal, ocasionada
pelos fogos florestais.
Durante
a oração dominical do Angelus, no Vaticano, o Papa Francisco convidou todos os
fiéis a rezarem em silêncio por todas as vítimas do incêndio que já provocou a
morte a 61 pessoas. “Eu transmito a minha proximidade ao querido povo
português, atingido por um incêndio devastador que causou mortes, feridos e
destruição", disse Francisco ao longo da oração.
Ao
terminar esta triste e dolorosa menagem, não posso deixar de enaltecer e
homenagear esses heróis anónimos, os Bombeiros Voluntários e Civis de Portugal,
que nem por um instante deixam de generosamente oferecer as suas vidas em prol
das vidas que não hesitam em resgatar a estes fogos pavorosos e ainda a tantas
outras circunstâncias de perigo.
Sei
que a comunicação social e as redes sociais fazem recolha de alimentos, roupas,
leite, tudo o que possa ajudar quem nada tem agora.
Ficam
algumas sugestões, para quem quiser ser solidário:
Para
as vítimas do incêndio, o Correio da Manhã e a CMTV abriram uma linha solidária. Basta
ligar para o 760 202 101 (custo da chamada 0,60€+IVA) para ajuda. A receita das
chamadas feitas para esta linha reverte por inteiro para ações de solidariedade
com as vítimas e respetivas famílias.
Também
a Caixa Geral de Depósitos abriu uma conta solidária "Unidos por
Pedrógão" (Conta Solidária Caixa 0001 100000 330), sendo que ao banco público
fez uma doação inicial de 50 mil euros. A todos os que quiserem ajudar, podem
fazê-lo com o IBAN PT50 0035 0001 00100000330 42.
A
Uber
associa-se a tragédia de Pedrógão Grande A plataforma tecnológica Uber irá
disponibilizar a partir de segunda-feira uma opção gratuita para os usuários
doarem bens alimentares e material médico aos bombeiros e vítimas da tragédia
de Pedrógão Grande. A recolha destes bens será feita pelos motoristas da
empresa e não tem qualquer custo para o utilizador. Ajudar os bombeiros com comida, água e
medicamentos
A
corporação dos Bombeiros Voluntários de Leiria deixa um apelo para que
entrenguem, em qualquer um dos quartéis da região, garrafas de água, enlatados,
bolos secos, produtos de higiene e bens não perecíveis. Aceitam-se ainda
donativos, cobertores e roupa para as vítimas, leite e barras energéticas.
Noutras
corporações da os pedidos variam, sendo que em alguns casos os donativos serão
depois encaminhados para as corporações que mais precisarem:
Bombeiros
Penela:
Água e fruta
Bombeiros Voluntários de Góis: Águas, fruta e outros alimentos,soro fisiológico, pomadas para queimaduras
Bombeiros Voluntários de Góis: Águas, fruta e outros alimentos,soro fisiológico, pomadas para queimaduras
Bombeiros
Voluntários de Miranda do Corvo:
Águas, enlatados, fruta, leite, soro fisiológico
Bombeiros
Voluntários de Oliveira do Hospital:
águas e enlatados Bombeiros Voluntários Ansião: Águas, fruta, barras
energéticas e bolachas, sumos
Bombeiros
Voluntários de Coimbra:
Água, leite, barras enegéticas
Bombeiros
Sapadores de Coimbra:
Aceitam donativos que serão depois entregues nas corporações mais necessitadas
Bombeiros
Voluntários de Brasfemes:
Águas, barras de cereais
Bombeiros
Condeixa:
águas, barras energéticas, leite, sumos, conservas e enlatados, fruta
Bombeiros
Voluntários De Alvaiázere:
Água, fruta, barras energéticas
Bombeiros
Voluntários Marinha Grande e Bombeiros Voluntários Vieira de Leiria: Almofadas, cobertores e lençóis
para posterior entrega em Pedrógão Grande.
Bombeiros
Voluntários De Lisboa:
Aceitam donativos para posterior entrega em Pedrógão Grande .
BEM
HAJAM. PORTUGAL E OS PORTUGUESES AGRADECEM!
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