O
meu amor, o meu amor, Maria
É
como um fio telegráfico da estrada
Aonde vêm pousar as andorinhas...
De
vez em quando chega uma
E
canta
(Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,
Mal chega, vai-se embora.
A
última que passou
Limitou-se a fazer cocô
No
meu pobre fio de vida!
No
entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:
As
andorinhas é que mudam.
MARIO QUINTANA
( Preparativos de Viagem,1987)
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