TUAS
MÃOS
Tuas
mãos,
são
as únicas mãos que nunca me tocarão.
E,
mesmo assim, foram as únicas mãos que me tocaram.
As
mãos que tocaram minha alma perdida, que
deram
vida à minha poesia esquecida.
Empoeirada,
arquivada em um canto escondido
da
estante do tempo.
Tuas
mãos, fizeram eu reviver, e viver.
Fizeram
eu acreditar que eu podia,
que
as minhas palavras, podiam.
Que
o meu sonho era real.
Tuas
mãos, hoje são as minhas mãos,
que
acarinham, que sentem, e escrevem.
Que
deliciam momentos nunca vividos,
que
choram, que riem.
São
mãos que vivem.
Graças
às tua mãos,
as
minhas podem ser, as minhas mãos.
Mãos
que definem, que decidem,
que
são livres.
Livres
para serem mãos que unificam,
mãos
que escrevem às mãos que nunca me tocarão,
às
mãos que jamais sentirão o toque do óleo que escorre em minha pele, e ao cheiro
que dela exale.
As
tuas mãos, serão para sempre as mãos,
que
nunca me tocaram,
mas,
tocaram a única coisa que conseguiram tocar,
-
minha alma.
HARI
TRINDADE
Imagem
– Internet
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