Este artigo, inserido num jornal matutino, além da minha própria indignação, indignou o resto do mundo.
Vejam...
Na
Europa dos 28, com a crise e o aumento do desemprego, havia em 2012 (os dados
são da Rede Europeia Anti-Pobreza, EAPN, e são os mais recentes) cerca de 124,5
milhões de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social. Uma dúzia de
Portugais, um número assustador. E isto apenas na União Europeia.
Ora
nas sociedades desenvolvem-se duas formas de lidar com a pobreza: uma é o
assistencialismo, a ajuda a partir de instituições privadas ou estatais, uma
forma de minorar o problema e sobretudo aliviar as carências dos que pouco ou
nada têm; outra é a repressão, a intimidação, a ameaça, escondendo os pobres à
força em instituições para que não “incomodem” (isso foi feito durante o
salazarismo, a coberto de uma política de sanidade pública) ou afugentando-os
para que vão “incomodar” para outro lado. Tratados como animais vadios, não
como pessoas com os mesmos humanos direitos de todos os outros.
Foi isto que aconteceu agora num edifício do centro de Londres e que, pelas
informações conhecidas, já é norma noutras cidades: num lugar onde dormiam
sem-abrigo foram colocados picos de metal para os afugentar, como se faz aos
pombos.
Numa Europa onde com o que é gasto num só “almoço de negócios” podiam
alimentar-se dezenas de pessoas! Não se trata de gritar igualdade, essa
inatingível quimera, mas de exigir humanidade onde começa a imperar o desprezo
na sua forma mais vil.
Finalmente sugiro uma visita ao link deste blog, inserido em baixo, para, uma vez mais e através desta mensagem, viverem a realidade dos sem abrigo mesmo num tempo em que a atual crise não existia.
Hoje, a sua situação é bem pior.
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