O diretor artístico do
conceituado Teatro Bolshoi foi atacado com ácido. Tudo aconteceu durante a
noite de quinta-feira perto de casa em Moscovo, no estacionamento. Serguei
Filine ficou gravemente ferido na cara e nos olhos e pode ficar cego.
A autoria ainda é desconhecida
mas as autoridades e amigos pensam que o crime está ligado a lutas internas no
teatro. Desde que assumiu a direção artística em 2011, Filine foi alvo de
ameaças.
“Apenas sabemos que aconteceu
algo para lá nossa compreensão, algo horrível. É difícil imaginar que algo como
isto pudesse acontecer no mundo da arte. “Estamos a regressar aos anos 90”, diz
Anastasia Meskova, bailarina.
A porta-voz do teatro espera
que os responsáveis sejam capturados. “A reputação do nosso país está em riso,
por isso temos a esperança de que as autoridades investiguem e resolvam o caso
porque é uma questão da reputação global do nosso país e a imagem da Rússia”,
declarou Yekaterina Novikova.
Depois de ser operado aos
olhos, Serguei Filin vai ser transferido para um hospital belga.
Sergei Filin, no hospital, descreve aos jornalistas o horrível atentado que o vitimou |
ODiretor do Ballet Bolshoi ficou com o rosto
muito queimado e os olhos de Sergei Filin foram muito atingidos, segundo
médicos, que não rejeitam a hipótese de o bailarino poder ficar parcialmente
cego.
O "Canal 1" da
televisão russa revelou que os médicos estão preocupados com a vista de Filin,
já que seus olhos foram muitos atingidos. A equipe que cuida do artista estima
que ele necessitará de pelo menos seis meses para recuperar-se das queimaduras.
Os colegas de Filin no lendário
teatro russo, um dos mais importantes do mundo, relacionam o ataque com a
atividade profissional do mestre na companhia de ballet.
"Sergei sempre esteve
ameaçado, desde que assumiu o cargo. Antes de sua chegada, os seus antecessores
também foram ameaçados. “Nunca tínhamos pensado que a guerra pelos papéis, não
pelo petróleo ou por propriedades, pudesse chegar a esses extremos
criminosos", lamentou a assessora de imprensa do Bolshoi, Katerina
Novikova.
Os colegas de Filin lembram que
alguém furou os pneus do seu carro na véspera do ataque. Além disso, asseguram
que a vítima era objeto de constantes ligações telefónicas ameaçadoras.
A polémica e os escândalos
perseguem o Teatro Bolshoi, a pérola das artes cénicas russas, cujo lendário
cenário principal esteve fechado para obras durante seis anos e reabriu em
outubro de 2011.
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