“Quando perdemos um personagem, quando alguém ganha, quando alguém perde, quando alguém desaparece
– em todas as vezes eu controlo, constantemente,
o que é suposto o coração sentir.”
Morreu nesta segunda-feira o compositor James Horner
(1953-2015), responsável por grandes sucessos musicais na indústria
cinematográfica de Hollywood. É o autor de bandas sonoras de filmes como Titanic e Avatar. O músico de 61 anos, morreu num acidente devido à queda do
seu avião pessoal em Santa Barbara, Califórnia, EUA, que pilotava. Era o único
a bordo.
Com o filme Titanic, de James Cameron, em 1997, Horner recebeu dois Óscares, um pela banda sonora e outro para melhor canção original com o tema My heart will go on, cantado por Celine Dion. Neste último, o músico partilhou o prémio com o compositor Will Jennings. Ao todo, em todo o mundo, venderam-se mais de 27 milhões de cópias desta banda-sonora.
James Horner foi ainda nomeado oito vezes com a música de
produções cinematográficas como Avatar
(2009), Uma Mente Brilhante (2001),
Apollo 13 (1995), Braveheart (1995) ou o segundo filme da
saga Alien (1986).
A sua parceria com James Cameron tornou-o no compositor dos dois filmes mais lucrativos de sempre em Hollywood: Avatar fez mais de 5 mil milhões de euros em bilheteiras e Titanic somou 4,4 mil milhões de euros.
Horner começou a estudar música aos cinco anos quando
começou a ter lições de piano. Estudou no Royal College of Music, em Londres,
antes de se mudar para a Califórnia nos anos 1970. Já nos Estados Unidos,
continuou os estudos na área da música, dedicando-se à composição. O seu
primeiro grande trabalho como compositor aconteceu em 1982 quando compôs a
banda sonora de Star Trek II: The Wrath of Khan, de Nicholas Meyer.
Começava assim a sua aventura em Hollywood, onde trabalhou com nomes maiores da arte como George Lucas, Steven Spielberg ou Oliver Stone, além de James Cameron e Ron Howard. James Horner tem hoje o seu crédito em 158 composições para filmes, televisão e documentários.
Começava assim a sua aventura em Hollywood, onde trabalhou com nomes maiores da arte como George Lucas, Steven Spielberg ou Oliver Stone, além de James Cameron e Ron Howard. James Horner tem hoje o seu crédito em 158 composições para filmes, televisão e documentários.
James Cameron ainda não reagiu à morte do compositor de vários dos seus filmes mas em 2011 quando este foi homenageado no EDIT Filmmakers Festival, em Frankfurt, o realizador falou de como Horner reinventou a música romântica no filme Titanic. “Eu desafiei-te para fazeres uma banda sonora poderosa sem violinos”, contou então. “Avatar foi um desafio diferente – capturar o coração e o espírito de uma cultura alien sem alienar o público. Ao combinar a extensão de uma partitura orquestral clássica com instrumentos indígenas e vocais, criaste um som único que deu uma dimensão épica ao filme e também um sentido infantil de maravilhar e experienciar esse mundo fantástico pela primeira vez.”
Sempre ocupado e cheio de trabalho, James Horner deixa trabalho feito ainda por chegar às salas. É o compositor de três filmes ainda por estrear: Southpaw, o drama de boxe com Jake Gyllenhaal e Rachel McAdams e que chegará aos cinemas em Julho; Wolf Totem, de Jean-Jacques Annaud com estreia marcada para Setembro; e The 33, sobre o desastre dos mineiros do Chile em 2010 e que se estreia em Novembro.
Descanse em paz.
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