sábado, outubro 22, 2011

"A PERSPECTIVA DAS COISAS - A NATUREZA MORTA NA EUROPA" - Museu Calouste Gulbenkian



Girassóis-Claude Monet (1840-1926), Telefone Afrodisíaco Branco-Salvador Dali (1904-1988),
O Retrato--René Magritte (1898-1967), Maçãs e Laranjas-Paul Cézanne (1839-1906).



Raramente Lisboa tem a oportunidade de apreciar uma exposição de pintura tão qualificada e monumental como esta. Acontece de vez em quando. Agora, o museu Calouste Gulbenkian põe à disposição dos lisboetas, uma vasta coleção de obras dos mais famosos pintores, como Picasso, Van Gogh, Dali, Matisse Cezanne, Monet, Gauguin, que estarão representados através de obras de referência.
Pote de Gengibre e Beringelas-Paul Cézanne (1839-1906)

Esta exposição, que se manterá desde 21 de outubro de 2011 até 8 de janeiro de 2012, é uma continuidade da exposição apresentada em 2010 sobre o tema da natureza-morta na Europa. Esta segunda parte será dedicada à modernidade do século XIX  e às alterações fundamentais ocorridas na primeira metade do século XX.

A renovação do interesse pela natureza-morta, por parte dos artistas da vanguarda francesa, será documentada através de obras dos Realistas e também da da nova linguagem do Impressionismo. Em exposição estará uma peça-chave desta contexto, a Natureza-Morta de Claude Monet, que faz parte das coleções do Museu Calouste Gulbenkian. A natureza-morta foi, no final do século XIX, tema que interessou de sobremaneira os pintores Pós-Impressionistas como Cézanne, Van Gogh e Gauguin, que estarão representados através de obras de referência.

Jarro, Taça e Limão-Pablo Picasso (1881-1973)

A exposição demonstrará como a natureza-morta, enquanto género pictórico, se transformou em veículo de uma experimentação ainda mais radical com Picasso, Braque e Matisse. Poder-se-á entender como permitiu a alguns artistas um olhar reflexivo sobre a sociedade contemporânea, enquanto outros se envolveram nas novas realidades da experiência subjetiva, como é o caso de Magritte e Dalí. A fragmentação e reinvenção da própria categoria de natureza-morta serão exploradas através da amostragem de peças escultóricas ou objectos de uso corrente transformados em obras de arte.

Esta é a viagem que nos é proposta através dos vário tempos e geografias da natureza-morta na pintura ocidental, ilustrada com obras maiores dos autores que mais reflectiram sobre este género. A natureza-morta foi sem dúvida pretexto para as indagaões dos pintores e é hoje motivo de fascínio para o público em geral.

A exposição será comissariada por Neil Cox, Professor da Universidade de Essex, especialista em arte francesa do século XX, com tese de doutoramento sobre Picasso e uma vasta obra publicada.


Pessoalmente, conto deslocar-me lá, já na próxima semana...







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