Indo eu, indo eu,
A caminho de Viseu,
Encontrei o meu amor,
Ai Jesus que lá vou eu!
Viseu é uma cidade portuguesa, capital do Distrito de Viseu, na região centro e subregião de Dão-Lafões, com cerca de 47.250 habitantes (68.000 no perímetro urbano). Para além de sede de distrito e de concelho, Viseu é igualmente sede de Diocese e de Comarca. Segundo um estudo da DECO de 2007, Viseu é a melhor cidade, entre as 76 do estudo, para se viver em Portugal.
Cidade de Viseu |
E o nome de Viseu parece ser oriundo do facto de, nos tempos da reconquista, os guerreiros cristãos, ao passarem por Viseu, um deles ter perguntado:
"-Que viso (vejo) eu?" Desta pergunta surgiu o nome de Viseu.
Quanto às origens de Viseu, a lenda conta que, muito antes de se ter constituído o reino de Portugal, havia em Viseu um rei chamado D. Ramiro II. Um dia, D. Ramiro partiu em viagem para outras terras. Numa dessas viagens, conheceu Sara, irmão de Alboazar, rei do castelo de Gaia, por quem se apaixonou.
Quando voltou da sua viagem, a sua paixão por Sara era tão grande, que nunca mais se importou com a sua esposa D. Urraca. Muito apaixonado, resolveu raptar Sara.
O irmão de Sara, ao saber do sucedido, ficou furioso e resolveu vingar-se. Então raptou D. Urraca e levou-a para o seu castelo. D. Ramiro, ferido no seu orgulho, regressou à cidade de Viseu e aí escolheu os seus soldados mais valentes. Ao chegarem ao castelo de Gaia, os soldados esconderam-se num pinhal e o rei, disfarçado de peregrino, escondeu-se no castelo. Como Alboazar tinha ido à caça, o peregrino encontrou o caminho livre e chegou facilmente junto da rainha D. Urraca, a sua verdadeira esposa. Ao vê-la, D. Ramiro despiu o disfarce e tentou abraçá-la. D. Urraca, conhecedora da traição de seu marido, afastou-o, furiosa.
Nesse momento Alboazar chegou da caçada. Ao ver que D. Ramiro não podia fugir, D. Urraca confusa, escondeu-o num armário. Todavia, quando viu entrar Alboazar, resolveu vingar-se e abriu as portas do armário. D. Ramiro foi condenado à morte. Ao chegar ao lugar da execução, pediu que o deixassem despedir-se dos sons da sua busina, antes de morrer.
Obtida a autorização para realizar o seu desejo, D. Ramiro pegou na buzina e tocou três vezes, com todas as suas forças. Era este o sinal que ele tinha combinado com os seus soldados para que estes, ao ouvi-lo, lhe acudissem imediatamente.Assim de repente, saindo do pinhal onde estavam escondidos, os soldados cercaram o castelo e incendiaram-no. Alboazar morreu às mãos dos soldados de D. Ramiro.
Esta lenda ficou lembrada para sempre na História da cidade de Viseu, representada no campo (centro) do Brasão da cidade. Na imagem do Brasão que adicionei, um círculo azul assinala este episódio, D. Ramiro a soprar a buzina...
Esta lenda ficou lembrada para sempre na História da cidade de Viseu, representada no campo (centro) do Brasão da cidade. Na imagem do Brasão que adicionei, um círculo azul assinala este episódio, D. Ramiro a soprar a buzina...
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Apresentando-se como uma "espécie de cidade gémea de Viseu", a Feira de S. Mateus está de regresso de 14 de agosto a 21 de setembro e oferece aos visitantes, durante seis semanas um panóplia de exposições, provas desportivas e espetáculos que vão do folclore, ao rock e à música popular.
Esta Feira, inicialmente conhecida por Feira Franca, foi criada por D. Sancho I em 1188. Só mais tarde, já no século XVI, passou a chamar-se Feira de São Mateus. A história diz que a Feira Franca (a mais antiga da Península Ibérica) foi uma prenda de D. João I, Mestre de Avis, por Viseu ter sido a única cidade portuguesa a estar a seu lado durante a crise portuguesa de 1383-1385. A primeira Feira de São Mateus data, assim de 1392
A ligação de D. João I a Viseu não acaba aqui: os seus filhos D. Duarte e D. Fernando, foram os primeiros duques de Viseu.
Ao iniciar o percurso, numa área de 18.000 metros quadrados, o visitante depara com a iluminação que confere ao certame o seu ar de festa e que o conduz até ao espaço das tasquinhas e dos restaurantes, onde se pode comer, entre outros petiscos, uma simples bifana ou uma vitela à moda de Lafões. Para a sobremesa a proposta são as tradicionais farturas, algodão doce e pipocas. A partir daí, o visitante pode dar uma espreitadela aos 270 expositores e feirantes, passando pelas barraquinhas de artesanato ou, se preferir, visitar os pavilhões de exposições, dedicados aos mais diversos artigos para casa.
Iluminações da Feira de São Mateus |
Nomes como o de Tony Carreira, James, Paulo Gonzo, Pedro Abrunhosa, Jorge Palma, animarão a Feira até ao dia 21, dia do seu encerramento.
Parece que ingredientes não faltam para, num final de férias e de festejos sazonais, se justificar um passeio até à bela cidade de Viseu e uma visita a esta tradicional e tão apelativa Feira de São Mateus...
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