Já existe há quase 20 aos, mas agora passou também a apostar na internet: chama-se Museum of Bad Art (MoBA) e assume-se como um espaço de mau gosto. O objetivo é mesmo esse, apresentar as piores obras de arte de todo o Mundo...
A coleção é já formada por 600 peças, mas a sede do MoBA instala-se, por enquanto, numa casa privada. Há rostos desfigurados, borrões de tinta e alusões a famosas obras de Van Gogh ou Leonardo Da Vinci.
A ideia de criar o MoBA partiu de Michael Frank, que começou a sua carreira por criar animações para crianças e interessou-se pela pintura, que é tão má, que merece ser mostrada. Para evitar ser repetida. E é sob este mote que foi criado este Museum of Bad Art, fundado em 1994 nos Estados Unidos, pelo negociante de antiguidades Scott Wilson, que recolheu boa parte do acervo em latas do lixo.
Uma das galerias do Museum of Bad Art |
Desde então, a instituição mantém um "site" na internet, e duas galerias abertas ao público: uma no porão do Sommerville Theater e outra, também no subsolo do Dedham Theatre Community, ambos em Massachusetts.
Devido ao sucesso de público e acesso, o museu também lançou um catálogo,"The Museum of Bad Art: Masterpieces", sob a direção de Michael Frank e Louise Reilly Sacco.
A "valiosa" coleção deste museu gira em torno de cerca de 600 obras, como já referi, e pode ser, parcialmente, conferida online.
Organizada por categorias muito para lá de sui generis, como "unlikely landscapes" (paisagens com muita licença poética), "poor trays" (um trocadilho com a qualidade dos portraits), "blue people" (tons de pele literalmente azuis), "here the symbols crash" (uma celebração ao obscuro), "unseen forces", obedece sempre à escolha dos quadros segundo a sua sua péssima qualidade estética e técnica, mas sempre respeitando uma premissa: a de terem sido concebidos com o honesto intuito de fazer arte.
"Dog bites Man"- Vlademar Cher |
A ironia e o bom humor que presidem a este empreedimento atingem o seu auge com interpretações feitas por convidados, com destaque especial para o genial quadro "Dog Bites Man", do sueco Vlademar Cher.
Neste tempo de discussão sobre o fim e limites das criações contemporâneas, nada como uma brisa fresca de bom humor e irreverência, para questionar o valor das obras artísticas...
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