Esta
semana, o Papa Francisco, chamou a atenção do mundo para dois factos que não
podemos de todo ignorar.
As
palavras “Recordar os pais fundadores da União Europeia para encontrar o
caminho do futuro” foram a mensagem do Papa Francisco que ecoou na sala Régia
do Palácio Apostólico, num
encontro inédito com os 27 chefes de Estado e de Governo da União Europeia.
Na
véspera do 60º aniversário do Tratado de Roma, o Sumo Pontífice procurou guiar
os líderes de uma Europa que, segundo o Papa, “se desnorteou e vive a década
das crises”.
“A
Europa descobre uma nova esperança quando o homem está centro e no coração das
suas instituições. Estou convencido que isso confere uma preparação imbuída de
confiança para escutar as pessoas que constituem a União. Infelizmente, existe
com frequência um sentimento de separação entre a cidadania e as Instituições
Europeias”, proferiu o Papa Francisco.
Antes
do Papa usar a palavra, coube ao primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, e
ao Presidente do Parlamento Europeu, António Tanjani, discursarem:
“Podemos
derrotar o terrorismo e o problema da imigração e acabar com a crise económica
crónica e com o castigo do desemprego jovem, apenas se formos capazes de
redescobrir e apreciar as razões que nos juntaram”, afirmou Tanjani.
Um
encontro inédito num momento difícil da construção europeia, sem dúvida. Precisamente
no 60º aniversário do Tratado que oficializou a criação da Comunidade Económica
Europeia, a União prepara-se para, pela primeira vez, perder um Estado-membro:
o Reino Unido…
Na
véspera deste encontro inédito, numa nota divulgada pela sala de imprensa, a
Santa Sé explica que o Papa Francisco recebeu em audiência o cardeal Ângelo
Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.
Durante
a referida audiência, o Papa autorizou a Congregação para as Causas dos Santos
a promulgar um conjunto de decretos, entre os quais o atribuído a Francisco
Marto, que nasceu a 11 de junho de 1908 e morreu a 4 de abril de 1919, e ainda
a Jacinta Marto, que nasceu a 11 de março de 1910 e morreu a 20 de fevereiro de
1920.
A
canonização dos dois pastorinhos, beatificados pelo papa João Paulo II, em
Fátima, estava dependente do reconhecimento deste milagre.
Protagonistas
das aparições de Fátima, os
dois pastorinhos, que assinalam este ano o seu centenário, foram beatificados
pelo papa João Paulo II a 13 de maio de 2000, em Fátima.
O
processo arrancou em 1981, com a alteração da disciplina eclesiástica que
permite às crianças serem canonizadas. Passou por diferentes papas e, se
terminar este ano, como agora se prevê, serão três os líderes da Igreja pelo
qual o processo de beatificação e canonização dos dois pastorinhos passou: João
Paulo II, Bento XVI e Francisco.
Promulgação do Decreto da Congregação das Causas dos Santos, 23.03.2017 |
No
entanto, em 2013, surgiu um caso que despertou o interesse da postuladora. Das
"centenas e centenas de graças" que passaram pelas mãos de Ângela
Coelho, a atenção voltou-se para o caso de uma criança no Brasil, para o qual
foi alertada "dois meses depois de ter ocorrido".
É
essa a graça agora considerada milagre pela Igreja Católica e que permitirá
tornar os dois beatos de Fátima em santos.
Com
a canonização, os dois beatos poderão ser os mais jovens santos da Igreja
Católica. A
data e local para a cerimónia de canonização vão ser decididos num próximo
consistório (reunião de cardeais), no Vaticano, marcado para 20 de abril.
Em
Portugal, considera-se que “não será nada de extraordinário” se a data decidida
for o dia 13 de maio e o local a Cova da Iria, uma vez que o Papa estará em
Portugal para participar na comemoração do Centenário das Aparições.
Sabemos
que o programa da peregrinação do Papa Francisco para o centenário das
aparições, anunciado em simultâneo em Fátima e em Roma, prevê um “encontro
privado” com Marcelo Rebelo de Sousa na Base Aérea de Monte Real, a 12 de maio,
e com António Costa, na manhã de 13 de maio.
Depois
de aterrar às 16:20 de 12 de maio na Base Aérea de Monte Real, o papa visita a
capela da base, antes do encontro privado de 30 minutos com o Presidente,
Marcelo Rebelo de Sousa.
Segue
depois da base em helicóptero até ao estádio de Fátima, deslocando-se numa
viatura aberta até ao santuário, de acordo com o programa.
Às
18:15, tem prevista a primeira oração, na Capelinha das Aparições. À noite,
fará uma saudação durante a Benção das Velas, também na capela.
A
manhã de sábado, 13 de maio, começa com um encontro com o primeiro-ministro,
António Costa, e com uma visita à Basílica de Nossa Senhora do Rosário de
Fátima.
Pelas
10:00, começa a missa no recinto do santuário, com uma homilia de Francisco,
além de uma saudação aos doentes.
Depois
do almoço com os bispos portugueses na Casa Nossa Senhora do Carmo, o Papa
Francisco deverá regressar ao Vaticano a bordo do seu avião, estando prevista a
cerimónia de despedida na base de Monte Real, segundo o programa anunciado em
Fátima e em Roma.
De
facto, foram duas novidades surpreendentes e maravilhosas, numa altura em que,
logo pela manhã, somos surpreendidos pelas notícias dos loucos derrames de
sangue que quase diariamente assolam o conturbado mundo de hoje…
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