The Pool, a peça que esteve no
festival Burning Man, nos Estados Unidos, e que entra na Europa, através de
Lisboa, (depois irá para Praga e para o Reino Unido), é um conjunto de
100 discos independentes mas interactivos, com leds que mudam de cor e produzem
som quando são pisados pelo público.
No âmbito da iniciativa A Arte
Chegou ao Colombo, a peça de grandes dimensões instalada na Praça Central,
estará disponível, das 10h às 24h, para toda a gente saltar em cima dela até
dia 9 de Novembro.
"The Pool"no Centro Comercial Colombo em Lisboa. |
Das sapatilhas de ballet aos
LED’s
Jen Lewin nasceu numa reserva de
índios no Utah e aos 4 anos a família - o pai médico e a mãe coreógrafa -
mudou-se para Maui, no Havai. "O Havai é um sítio lindo, mas bastante
isolado. Quando atingi os 18 anos senti que era altura de ir ver o mundo".
Primeiro mudou-se para o Colorado
e viveu depois em vários sítios: Austrália, São Francisco, Los Angeles,
Nova Iorque. Acabaria a voltar ao Colorado onde tem actualmente, em Boulder, o
seu estúdio, local de trabalho da sua equipa que constrói, com as suas próprias
mãos, as peças sempre em grande escala que Jen Lewin idealiza. Conhecida
pelos seus trabalhos escultóricos altamente tecnológicos e que implicam sempre
a manipulação interactiva por parte do público, Jen Lewin teve um passado que
parecia não levar a este caminho de grande especialização.
" The Pool" de Jen Lewin. |
"Fui treinada como bailarina
de ballet clássico. E também pintava, adorava arte e passei a minha infância
toda a dançar. No início dos meus 20 anos sabia que não queria ser bailarina
porque iria ter uma carreira muito breve: reformar-me aos 30. Mas queria mesmo
fazer qualquer coisa de artístico, sem saber exactamente o quê"
Durante muito tempo, conta Jen,
dedicou-se a estudar: "Estudei por todo o mundo". E acabou por
perceber que aquilo de que realmente gostava era de escultura e de integrar o
passado como bailarina. "É um facto que em todas as peças que faço há
pessoas a movimentarem-se. As pessoas intervêm na escultura com o seu próprio
corpo e isso é pôr as pessoas a dançar".
Dessa percepção para a utilização
da electrónica foi um outro caminho.
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