segunda-feira, outubro 02, 2017

PELA NOITE, COM ROBERT FROST: "THE ROAD NOT TAKEN"



THE ROAD NOT TAKEN


Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;

Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,

And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.

I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I--
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.


ROBERT FROST





Robert Frost
Robert Lee Frost nasceu na cidade de São Francisco, Califórnia, em 29 de Março de 1874 e morreu em Boston, no dia 29 de Março de 1963.  converteu-se num dos mais significativos poetas norte-americanos do século XX, talento reconhecido ao conquistar quatro vezes o Prémio Pulitzer.
Os seus pais representaram dois lados opostos para o jovem. Enquanto o pai foi um alcoólatra incorrigível, com personalidade extravagante e génio colérico, a mãe foi culta e devota, a responsável pela introdução do jovem no universo literário. Depois do falecimento paterno, em 1885, Robert passou a residir na Nova Inglaterra com os seus familiares.

O poeta adotou esta região como a sua cidade natal, a qual foi sempre aclamada nos seus poemas. O ano de 1890 marcou o início do seu percurso literário, quando então Frost lançou o seu primeiro poema. Neste mesmo período começou a lecionar e, para complementar o seu rendimento, trabalhou por algum tempo em fazendas e moinhos.
O estilo existencial de Robert moldou profundamente a sua escrita. Seguindo a vertente da própria vida, aliou na sua obra a cultura popular e a veia modernista, o regional e o universal. Em 1895, Frost contraiu matrimónio com Elinor White. Desta união resultaram seis filhos. Preocupado com o sustento da sua família, o poeta dedicou a maior parte de seu tempo ao trabalho rural. Em 1901 alcançou o status de fazendeiro próspero.

A partir de então passou a escrever apenas à noite, recluso no recinto de sua cozinha. Ao mesmo tempo, de 1906 em diante, Robert dedicou-se a dar aulas integralmente na Pinkerton Academy, não mais se afastando do campo da literatura. Outra atividade que também não mais abandonaria, seria a realização de palestras e conferências.
Ao longo da vida, Robert Frost viveu em várias regiões, residindo maioritariamente em Michigan e na Flórida. De 1912 a 1915 estabeleceu-se em Inglaterra, lançando aí as suas duas primeiras publicações poéticas, A Boy’s Will, de 1913, e North of Boston, de 1914.
A sua obra foi bem acolhida pelos meios críticos da Europa. Frost teve então a oportunidade de conhecer outros escritores célebres, tais como Ezra Pound, Ford Madox Ford e W. B. Yeats. O seu regresso aos Estados Unidos ocorreu em 1915, quando aproveitou para lançar na sua terra os dois primeiros livros.

Em 1938 o poeta sofreu com a perda da mulher, e em 1940 sobreviveu a um novo e terrível golpe, o suicídio da sua filha Carol. Estes trágicos acontecimentos, abalaram profundamente a sua mente. Um ano depois foi para Cambridge, e nesta cidade permaneceu pelo resto de sua existência. Nesta época viveu com a sua secretária Kathleen Morrison, que rejeitou uma proposta de casamento de Robert.
Frost viajou em trabalho para o Brasil e proferiu palestras no Rio de Janeiro e em São Paulo, no ano de 1954. No final dos anos 50 voltou à Europa, contactou com nomes como W. H. Auden, E. M. Forster, Graham Greene, entre outros. O poeta morreu já consagrado, na cidade de Boston, em 29 de janeiro de 1963.


A produção literária de Frost é variada e abundante. A sua poesia inclui sonetos, poemas em forma de diálogo, poemas curtos, poemas longos. Escreveu três peças teatrais (A Way Out, In an Art Factory e The Guardeen). São numerosíssimos os registos das suas conferências. A correspondência, os ensaios e as histórias merecem o mesmo comentário. Frost teve a capacidade de dar um tratamento simples e ao mesmo tempo profundo a temas elementares (fogo, gelo, natureza), tirando verdadeiras "lições de moral" das suas observações do mundo natural (lições nem sempre otimistas, como se pode notar em Nothing Gold Can Stay). Tal característica, aliada à modernidade da sua linguagem (Frost era um defensor do uso da linguagem vernácula em obras literárias), fez com que Frost jamais deixasse de figurar entre os escritores prediletos dos norte-americanos, ao lado de nomes como Whitman, Emerson e Thoreau. O seu poema The Road Not Taken é obra obrigatória em qualquer antologia poética da lingua inglesa. Prova adicional da sua popularidade, são as várias referências em filmes como a Sociedade dos Poetas Mortos e Daunbailó.




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