Em ambiente de confiança, a candidatura do Fado a Património Cultural Imaterial da Humanidade foi apresentada oficialmente esta sexta-feira, no Teatro São Luís, em Lisboa. A candidatura já foi entregue à UNESCO e a decisão deverá ser revelada em Novembro deste ano.
"São vários os trunfos do Fado para vencer a candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade, há um fascínio pelo mundo fora por esta expressão musical", disse a ministra da Cultura, Isabel Canavilhas, na apresentação oficial da candidatura. Acrescenta ainda: "O Fado é uma das expressões mais identitárias e quase iconográficas, diria. Há outro factor importantíssimo, também, que é a forma como o Fado se foi dispersando pelo mundo. Nós encontramos japoneses a cantar fado, chilenos a cantar fado", argumenta Isabel Canavilhas.
A Confiança é partilhada pelo Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, na apresentação oficial da candidatura do Fado. "Tenho muita confiança no trabalho científico que foi feito, foi um trabalho de grande importância. Independentemente do que venha a ser a decisão da UNESCO, hoje já temos um museu, um conhecimento do Fado muito mais aprofundado do que tínhamos, portanto, é uma candidatura que já valeu a pena", sublinha António Costa.
Esta candidatura, cujo resultado só deverá ser conhecido em Novembro deste ano, foi escrupulosamente preparada para recuperar as fontes verdadeiras que contam a história do Fado.
Juntaram-se, num esforço coordenado, todas as instituições que possuem espólios arquivísticos e museológicos que preservaram a História do Fado ao longo dos dois últimos séculos. Agregaram-se colectividades culturais e recreativas dos bairros de maior tradição fadista, associações representativas dos músicos, autores e dos editores ligados ao género, com a larga comparticipação de figuras centrais do universo fadista, de entre as quais se destaca a do fadista Carlos do Carmo, como um dos embaixadores desta candidatura.
Também o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, apadrinha esta causa, assim como o encenador Fernando Pais, com a realização do seu espectáculo em exibição no teatro municipal S. Luís, "Sombras", que deverá percorrer o país até ao final deste ano.
Merecedor de muitas mais palavras, o Fado, mesmo que não consiga vencer esta candidatura, nunca morrerá . O Fado nunca morre. O Fado, Futebol e Fátima sempre existirão em Portugal. Ainda que não surgissem mais fadistas novos, haveria sempre alguém que mantivesse a tradição do Fado, porque ela faz parte da cultura portuguesa.
2 comentários:
O Fado não morre, porque faz parte da nossa identidade. Se não, veja-se como as novas gerações aderiram ao fado, provando que isso não é coisa passada, retrógrada e de cotas!
Oxalá consiga vencer esta candidatura mas, se tal não acontecer, o Fado não morrerá pois faz parte da nossa identidade.
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