UM
GRITO
Estão
cansadas as palavras,
os
rios secos, a erva a cheirar a estio
antes
de tempo vencida
e
as hastes
onde
quiz enrolar os sonhos...
caíram
com o vendaval
numa
terra entorpecida.
Tanto
tempo levei,
tanto
o tempo me levou,
pouco
o tempo me deixou
no
relógio que parou.
Não!
Por
favor,
não
prometas mais nada!
Sempre
as tuas promessas
foram
rasuradas,
borradas
e apagadas
não
restando delas
nem
um gemido de morte,
uma
súplica, um grito...
Um
grito fui eu,
de
revolta!
ADELAIDE
MONTEIRO
Sem comentários:
Enviar um comentário