quinta-feira, maio 30, 2013

PRÉMIO CAMÕES 2013 - PARABÉNS, MIA COUTO!







"Eu vejo acontecer o esquecimento. Aconteceu em Moçambique com a guerra civil, em 1922. Ninguém se lembra de nada, não existe, nunca houve, ninguém morreu, ninguém matou. E é espantoso como isso é agressivo. Há um apagamento profundo, feito por uma decisão, um consenso silencioso.
É como se toda uma nação se tivesse sentado numa mesa e sem falar tivesse decidido esquecer."

MIA COUTO, (in Jerusalém)



Deus já foi mulher. Antes de se exilar para longe da sua criação e quando ainda não se chamava Nungu, o atual Senhor do Universo parecia-se com todas as mães deste mundo. Nesse outro tempo, falávamos a mesma língua dos mares, da terra e dos céus...

MIA COUTO (in primeiro capítulo do livro A Confissão da Leoa)


Este é Mia Couto. O Escritor, o Poeta, o Operário das Palavras, o Africano, o Homem da Terra, o Dono de todos os Corações. O meu Mia, como simplesmente o chamo. Também a ele dedico esta publicação, parca em palavras, mas milionária em corações, quando acaba de ganhar o tão ambicionado Prémio Camões 2013,  galardão máximo da cultura portuguesa.

PARABÉNS, MIA.