NA MÃO DE DEUS
Na mão de Deus, na sua mão
direita,
Descansou afinal meu coração.
Do palácio encantado da Ilusão
Desci a passo e passo a escada
estreita.
Como as flores mortais, com que
se enfeita
A ignorância infantil, despojo
vão,
Depois do Ideal e da Paixão
A forma transitória e
imperfeita.
Como criança, em lôbrega
jornada,
Que a mãe leva ao colo
agasalhada
E atravessa, sorrindo
vagamente,
Selvas, mares, areias do
deserto...
Dorme o teu sono, coração
liberto,
Dorme na mão de Deus
eternamente!
ANTERO DE QUENTAL, in
"Sonetos"
Lindíssimo
ResponderEliminarLindíssimo
ResponderEliminarObrigada pelo comentário, Germana. Ainda bem que gostou. Um blogue simples,sem pretensões, mas elaborado com muito carinho! :)
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